Lembrava de ser bom na infância, mas pensei que era só por nostalgia, mas não é bem assim. Vamos lá
A mecânica do jogo é muito básica, e os inimigos são bem genéricos, eu confesso.
A pixel art é bem bonitinha, gosto das artes das histórias e também das animações dos personagens (ênfase na animação de andar na parede, que faz você se sentir maneiro andando nas tubulações).
Tava curtindo o game e quando me deparei, estava jogando a um bom tempo. É bem viciante e vai te divertir naquele tempinho que você tiver reservado.
Dá pra passar rushando com a teia na maior parte das fases (apesar de não ter graça), já que não tem nada pra explorar, ah não ser nas fases que tem que achar a chave.
O objetivo, no geral, é só passear e sair batendo na cara de geral. A história não existe é só homem aranha buscando tia may...
Olha... é definitivamente um dos jogos já feitos, e o melhor do Spider-Man para Game Boy Color, na minha opinião. Recomendo

Um bom joguim de Game Boy.
Eu não joguei o primeiro e pelo que eu ouvi é melhor ficar longe, mas esse aqui foi uma experiência até que gostosa de se ter, vamos aos tópicos porque em si não tem muito o que dizer e não quero enrolar.
A história é simples ao extremo, o Sexteto Sinistro quer capturar o Homem-Aranha, então decidem sequestrar seu amigo Peter Parker para que o Aranha viesse salva-lo, só que ao chegar na casa dos Parker só acharam a Tia May e quem não tem cão caça com gato e levaram a velha no lugar, agora o aranha vai perseguir e cacetar de porrada cada um deles pra salvar sua tia. Como eu disse é simples, mas tem e já tá mais que bom para um jogo de plataforma do Game Boy, além que ela justifica as fases de temas variados já que cada vilão derrotado te passa a informação de outro lugar onde a Tia possa tá, mas sempre ela está em outro castelo heheh.
A gameplay em si é funcional, você bate, anda, pula, balança nas teia que é até bem legal essa parte que dá pra ficar balançando indefinidamente até bater numa parede ou coisa do tipo, grudar nas paredes é muito fácil, literalmente andar na direção dela e pronto já tá grudado, isso às vez pode atrapalhar, mas nada grave, além disso você pode já ir rastejando pelo chão, então o Aranha já conecta direto com a parede que desce. É um pouco estranho dizer que essa é a mecânica de andar nas paredes mais bem feita que já presenciei num jogo do Aranha. Você pode atirar uma bola de teia para paralisar temporariamente os inimigos, bem útil contra gente com arma (que provavelmente são a maior ameaça desse jogo, mas já chego lá), mas ele é bem anti intuitivo só fui entender como funciona por uma review no YouTube e na minha segunda run, sério quem foi um gênio que pensou que seria uma boa ideia que para atirar teia precisa apertar o botão B e depois A bem rápido, se errar o tempo você só pula e chuta no lugar como um idiota, aconteceu mais vezes do que eu gostaria de admitir.
Os inimigos são básicos, tem os manos que andam e batem, tem os manos que fazem a mesma coisa só que com bastão na mão, tem os manos que ficam parados e atiram granadas num ponto especifico, uma maga que faz exatamente a mesma coisa (eu acho porque ela é tão devagar que numa deu tempo dela fazer qualquer coisa antes de levar um combo na fussa), uns manos que atiram em cima e uns cornos que atiram em baixo que me dão ódio porque o timing deles abaixando é quase o mesmo de eu conseguir chegar perto e eles frequentemente escapam do meu chute e me dão tiro de graça, por isso que abusei muito das teias quando descobri. Duas coisas a dizer sobre eles é que a maioria é do tipo "Eu não sei o que faz porque sempre que eu chego na batalha a gente caceta ele de porrada e ele não se mexe" só os com projetil que chegaram a encher um pouco o saco e mesmo assim são de boa, só seguir de boa e não se afobar pra levar dano de graça e morrer por besteira. Contudo teve duas coisa que me irritaram um pouco nesse combate, mas ambas são de boa, uma que era pular para dar um chute neles, daí o Aranha entrava num estado que parte de sua hit box tá no inimigo e outra não, o que significa que seus socos pegam, mas o chute com animação longa não, dando tempo mais que o suficiente para de darem uma porrada nessa brincadeira, e a outra é que eles tem um tempo de reação desgraçado, dropar do teto para bater neles é um erro, pois no tempo de você chegar no chão é menor que o tempo dele te ver e preparar um ataque, então boom dano de graça.
Os chefes são o Sexteto Sinistro original, Mystério, Homem-Areia, Abutre, Kraven, Scorpião e Doutor Octopus (Quase nessa ordem), e todas as lutas são bem de boa, uma vez que você entende o simples padrão deles que geralmente se resumem a dois movimentos, é de boa passar, só o Ock que me dá coisas ainda porque a hit box dele é meio estranha, mas nada grave.
As fases são okay, temas diversos já que a maioria são pontos turísticos de NY, como o parque no porto, o Central Park e o World Trade Center (Sim, tem uma fase nas Torres Gêmeas), mas todas seguem o mesmo padrão, anda majoritariamente para direita com alguns pequenos desvios para dar um chan, e em algum ponto talvez tenha uma porta que precise de uma chave, então dê alguns passos atrás, encontre a chave e prossiga. Além disso, uma coisa que percebi é os corredores geralmente são preenchidos com 1 tipo de inimigo de cada vez, tipo se você ver um cara que bate é quase certeza que só vai ter desse mesmo cara até o fim do corredor, não é ruim é só uma observação e dá até um pouco de segurança de saber o que lhe aguarda. Além disso tem coisa para te curar e recuperar teia por todo lado então se jogar na moral não deve ter muitos problemas.
Por fim o maior destaque desse jogo, os gráficos, todos os sprites são de um estilo simples, mas bem distinto dando para saber exatamente o que é cada coisa e cada inimigo, tudo é epicamente bem animado, o aranha tem uma animação estupidamente fluida, dá gosto ver ele correr e rastejar, os cenários também são super detalhados até com coisas animadas, tipo na fase do Homem-Areia que tem em alguns cantos uma animação de dois ratinhos brigando, é bobo e desnecessário, mas ótimo. Além disso o jogo tem "cenas" que são imagens em pixel arte com falas em baixo, apesar de ser em pixel é bem similar aos estilo dos quadrinhos da época, muito bem adaptado.
As ultimas três coisas que tenho a dizer é que esse jogo é bem curto, zerando três vezes e não devo ter passado de 2 horas de jogo, a dificuldade hard só deixa os inimigos um pouco mais resistentes e batem mais forte, mas não é nenhum grande problema, esse jogo é bem fácil no geral e por fim a música é padrão GBC, não é ruim, mas é uns bip bop que depois de um tempo dá dor de cabeça, deixar o volume no mínimo foi a solução e o próprio deixa mutar só a música se quiser, então é isso.
É um joguinho bem simples e tranquilo pra jogar por um tempinho nos seu portátil tijolão e cumpre bem esse papel.
Muito bom.

Até surpreendente esse jogo ser uma sequência daquele desastre de Spider-Man pra Gameboy Color, (https://www.backloggd.com/u/moonallie/review/817919/) foram pra um lado completamente diferente do primeiro e eu achei muito, mas muito melhor.

A coisa que mais me chama atenção aqui é o quão bonito e cheio de detalhes o jogo é, todas as animações são fluídas, principalmente as do Aranha, a forma como ele sobe na parede, como ele faz pra descer, você vê de fato o movimento acontecendo e é surpreendente o carinho que colocaram, quando você bate também, o Miranha tem uma sequência de hits bem bonitinha e que termina com uma SFX de quadrinho, acho bem bacana. Fases também são bem detalhadas, e eu amo isso, na primeira fase dá pra ver as cabaninhas se mexendo, na segunda fase enquanto se luta com o Homem-Areia da pra ver dois ratinhos lutando também, e todas as outras tem um detalhezinho aqui e ali que tornam o cenário mais vivo, é muito bonitinho, parece ter carinho no que estavam fazendo.

Mas não é só a parte visual que funciona muito bem, a movimentação do Aranha é muito gostosa, ela é rápida o suficiente, a forma como você pode se mover pelas paredes, dá pra trocar de parede quando são duas próximas, (é bem bonitinha a animação de trocar também) eu me sentia bem livre com os controles do jogo, portaram muito bem a sensação de ser o Homem Aranha pra um jogo de GBC. Ah, e usar a teia quando é necessário funciona muito bem, não é daquelas duras que duram até você chegar no final igual foi em outros jogos, aqui você segura e pode soltar a hora que quiser, deixa o movimento mais livre e ajuda quando se quer desviar de algo ou fazer algo específico, a única coisa que eu acho que poderia ser melhor é ele poder se virar enquanto você está balanceado, e não ter que sair e soltar outra pra direção oposta, mas não acho nenhum grande problema não ter; também consertaram aquilo do timing de soltar teia, agora tem que apertar os dois botões seguidamente bem rápido, primeiro o B depois o A, bem melhor que aquele desastre de apertar os dois ao exato mesmo tempo.
A única coisa que dá pra falar é que apesar de terem algumas animações que ajudam a diferenciar um pouco, em todas você faz a mesma coisa, aperta quadrado e de vez em quando vê um chutinho ou um uppercut, não parece muito que você realizou aquilo, é mais algo que o jogo fez por você, e também falta impacto nos golpes, e sinto que isso foi mais limitação do console mesmo, e parece que o jogo tem consciência disso, então ele não foca em momentos onde você tem que derrotar inimigos, ele trata eles como obstáculos e é isso que eles são.

E outro acerto nesse sentido são as boss-fights, que escolhem não usar muito do combate de forma direta, abordando de uma forma onde é mais você desviar do ataque do chefe, e acerta-lo enquanto se tem a janela, todos sem exceção são padrões simples e fáceis de se lidar com, o Mysterio é só pular do foguinho, o Kraven pular enquanto ele avança e depois desviar da faca, o Escorpião esperar ele bater, o Homem-Areia é o mais complexo tendo impressionantes 3 ações pra se fazer, (!!) mas mesmos simples eu gostei delas, usarem bem dos acertos do jogo e desviaram de suas limitações. A mais chatinha foi a do Abutre, mas é porque nela tudo que você tem que fazer é ficar PARADA num canto, então acaba meio tedioso, ah, e a do Octopus eu achei também achei ruinzinha, é difícil entender a hitbox e a janela que você tem pra acerta-lo sem tomar dano, ele também repete um ciclo muito curto que não representa perigo algum, você só pula chutando de um lado, cai e pula chutando do outro, o desafio do boss realmente foi ele não dar dano durante o seu pulo. Mas em geral o saldo ainda foi positivo, e eu acho que o jogo soube lidar bem com a maioria.

Mas não é como se fossem só acertos, um dos maiores problemas do jogo é a duração das fases, apesar de elas traçarem seu objetivo com clareza, e você ter um sensor aranha pra te guiar caso queira saber o caminho certo, impedindo que gere situações como a do jogo anterior, onde eu ficava presa por simplesmente me confundir e dar voltas num labirinto, as daqui só são gigantescas, e ainda tem duas áreas, soa muito desnecessário, como se tivessem só enrolando por 10 minutos em cada uma enquanto não tem conteúdo suficiente pra isso pra fazer isso, as vezes parece que só colocaram o objetivo o mais longe possível pra realmente demorar mais.
Eu não acho que isso estrague as fases por completo, eu ainda gostei delas, mas sinto que eu teria gostado bem mais caso elas durassem menos, como uns 5 minutos, 6 pra cada, ou caso quisessem manter a duração de uma hora colocassem mais fases; até mesmo dar uma diferenciada melhor em cada setor da fase, como se fosse um 2-1 e 2-2 seria melhor, o que eles até tentam, mas não conseguem, é essencialmente a mesma coisa, e parece que esse segundo setor de cada fase só existe pro jogo só carregar por motivos de hardware, em especial acho isso uma pena porque o jogo se mostrou bastante capaz de fazer as fases em si soarem bem diferentes uma da outra.

Em geral, esse é um jogo bem simples, e eu gosto dessa simplicidade, principalmente porque se parece ter noção disso, esse não é um jogo em que eu consiga pensar em algo e falar "Meu deus, isso é incrível", mas existem coisas boas, até mesmo muito boas, como é o caso da animação, da mesma forma, também não tem nada que eu pensei "Que horrível", só que ainda tem alguns problemas que acabam prejudicando a experiência, mas eles não foram nem perto de suficiente pra deixar ela ruim.