Star Trek

released on Jul 01, 1971

Star Trek is a text-based strategy video game based on the Star Trek television series (1966–69) and originally released in 1971. In the game, the player commands the USS Enterprise on a mission to hunt down and destroy an invading fleet of Klingon warships. The player travels through the 64 quadrants of the galaxy to attack enemy ships with phasers and photon torpedoes in turn-based battles and refuel at starbases. The goal is to eliminate all enemies within a random time limit.


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The first Star Trek video game, made for the Sigma 7 and then ported to the HP 2000C minicomputer. These were devices that had no screens, but were instead connected to a printer and printed the new game game as you played.

This game was ported to many different systems, under a lot of different names such as Apple Trek, Tari Trek and Dragon Trek. I have chosen a couple that I will go through with significant changes, as the vast majority run the same, just ported to different systems, with the latest major version being released in 2023.

In this game, you need to destroy a set amount of Klingons in a few days. You need to explore the area, as well as dock at stations to repair yourself. Here is one of my complete failure attempts:

ENTER SEED NUMBER 12
INITIALIZING...

YOU MUST DESTROY 19 KINGONS IN 30 STARDATES WITH 6 STARBASES

COMBAT AREA CONDITION RED
SHIELDS DANGEROUSLY LOW
-=--=--=--=--=--=--=--=-
<>
+++ STARDATE 2900
CONDITION RED
QUADRANT 4,2
SECTOR 5,1
ENERGY 3000
SHIELDS 0
PHOTON TORPEDOES 10
-=--=--=--=--=--=--=--=-
COMMAND 2
LONG RANGE SENSOR SCAN FOR QUADRANT 4,2
-------------------
| 008 | 001 | 003 |
-------------------
| 007 | 101 | 008 |
-------------------
| 114 | 003 | 008 |
-------------------
COMMAND 0
COURSE (1-9) 8
WARP FACTOR (0-8) 5
118 UNIT HIT ON ENTERPRISE FROM SECTOR 2,2
(0 LEFT)

THE ENTERPRISE HAS BEEN DESTROYED. THE FEDERATION WILL BE CONQUERED
THERE ARE STILL 19 KLINGON BATTLE CRUISERS

YOU MUST DESTROY 13 KINGONS IN 30 STARDATES WITH 5 STARBASES

COMBAT AREA CONDITION RED
SHIELDS DANGEROUSLY LOW
-=--=--=--=--=--=--=--=-

STARDATE 3200
+++ CONDITION RED
<> QUADRANT 4,4
SECTOR 6,4
ENERGY 3000
SHIELDS 0
* PHOTON TORPEDOES 10
-=--=--=--=--=--=--=--=-
COMMAND 2
LONG RANGE SENSOR SCAN FOR QUADRANT 4,4
-------------------
| 006 | 001 | 007 |
-------------------
| 008 | 106 | 002 |
-------------------
| 002 | 016 | 007 |
-------------------
COMMAND 0
COURSE (1-9) 5
WARP FACTOR (0-8) 3
273 UNIT HIT ON ENTERPRISE FROM SECTOR 5,3
(0 LEFT)

THE ENTERPRISE HAS BEEN DESTROYED. THE FEDERATION WILL BE CONQUERED
THERE ARE STILL 13 KLINGON BATTLE CRUISERS
This game is very difficult, as you need to hunt for Klingons, navigate around and so lots of actual calculations to work out how to navigate as well as aim torpedoes. For such an old game, there is a surprising amount of detail in it, with enemies that attack you, systems that break, scanning and even a built-in calculator for torpedoes.

Your systems breaking are completely random, though, and something like your warp drive breaking can render a playthrough unwinnable as you won’t be able to find a starbase in time. Even without any damage, navigating around is very difficult as you need to set a direction and speed, and take into account both sector and quadrant locations.

Despite all this, there’s just something that’s a lot of fun about trying to do all this with such basic input, having to figure it all out yourself. It’s a fascinating game and it’s definitely impressive for what it was originally made for.

Enjoyed the amusing idea of crew of the Enterprise nervously watching their Captain anxiously scribble down notes from the Starfleet manual as they face the prospect of a Klingon invasion. But pretty easy to get the hang off once you get into the swing of things, combat and diplomacy not really being the name of the game, rather it being an exercise in logical resource management and allocation of the kind that I've seen be a staple of games from this period. Spock would be proud.

Um jogo de estratégia em turnos baseado na clássica série de ficção científica. O mapa é dividido em vários setores, cada um contendo um determinado número de estrelas, bases estrelares e naves Klingon inimigas. Seu objetivo é vasculhar os setores à procura das naves Klingon e destruí-las antes do tempo limite, ao mesmo tempo que gerencia a energia, escudos e torpedos da Enterprise.

O jogo em si é bem legal, mas, assim como muitas dessas obras pioneiras, a História em volta dele e de sua distribuição é mais fascinante ainda, pelo menos para mim. Mike Mayfield, o designer original, criou o game na mainframe de sua escola, um SDS Sigma 7 (a qual obteve acesso sem autorização), enquanto concluía a high school. Sua intenção era fazer um game espacial como Spacewar!, mas que pudesse ser jogado através de um teleprinter - displays gráficos ainda eram proibitivamente caros e raros em 1971. Sua intenção era concluir o projeto antes de se graduar, mas como muitos projetos de computação ele não concluiu a deadline estipulada. No verão após a sua graduação ele enfim concluiria o jogo, em gloriosa fita perfurada.

Eventualmente Mayfield ganharia acesso a outro computador, um HP 2000c que os funcionários de um escritório de vendas da HP deixaram o jovem brincar sob a condição de que ele portasse seu game para a máquina. Como a versão de BASIC do HP 2000c era diferente da do SDS Sigma 7 em que ele originalmente criou o jogo, Mayfield decidiu reescrever o jogo do zero. Em 20 de Outubro de 1972 o jogo foi concluído e adicionado à biblioteca de Programas Contribuídos da HP em 1973, entrando assim no Domínio Público. Essa versão, conhecida como STTR1, é que foi amplamente difundida e distribuída publicamente, e não a originalmente criada em 1971. Se você procurar pelo código fonte de Star Trek na internet, é o STTR1 com que você irá se deparar. Se bobear, a versão "original", feita pra o Sigma 7 da high school de Mayfield, nunca saiu da fita perfurada.

A história, claro, se complica. Apesar de STTR1 ter sido bem difundido, ganhando espaço até em newsletters e zines populares da época como a DEC Edu e What to Do After You Hit Return or P.C.C's First Book of Computer Games, essa provavelmente não é a versão de Star Trek mais conhecida ou jogada. A já figurinha carimbada David H. Ahl portou o game para a linguagem BASIC-PLUS - sim, outra versão de BASIC; só quando a Microsoft entrasse em cena que a linguagem ganharia uma certa padronização - e o incluiu, junto de vários outros jogos, no clássico livro 101 BASIC Computer Games, originalmente publicado em 1973. Talvez devido a receios legais, ele mudou o nome do game para SPACWR, ou Space War... E não retirou nenhuma das menções a Star Trek.

Mas a coisa não termina por aí, oh não! Em 1974, um engenheiro da Westinghouse Electric Corporation chamado Bob Leedom viu SPACWR em 101 BASIC Computer Games e decidiu portar o game para sua estação de trabalho, um Data General Nova 800. No meio do processo, ele expandiu o jogo e mudou a interface. Concluída sua empreitada, ele mandou uma carta para a newsletter da People's Computer Company descrevendo seu feito, que foi publicada no Volume 3, nº 1 da popular e influente newsletter, em setembro de 1974. Nosso amigo David Ahl, ele de novo, assíduo leitor da newsletter da PCC como era, ficou interessado elas modificações feitas por Bob Leedom e entrou em contato com ele para publicar sua versão em sua revista, a também muito popular e influente Creative Computing. Essa versão, sob o nada modesto nome de Super Star Trek, agraciou o público pela primeira vez em 1976 na revista The Best of Creative Computing. Para vocês terem uma ideia de como o game era considerado um killer app, a capa da primeira edição da revista é nada menos do que o Spock.

Super Star Trek acabou virando a versão "canônica" de Star Trek. Quando 101 BASIC Computer Games foi reeditado em 1978, já não era mais SPACWR que ocupava o espaço no livro, e sim a versão ampliada de Bob Leedom.

Duas observações curiosas sobre Super Star Tek. Primeiro, aparentemente Leedom nunca viu Star Trek antes de se deparar com o game. E, segundo, ele pelo jeito conseguiu autorização dos criadores da série para utilizar o nome "Star Trek". Como uma pessoa com zero contato com uma obra conseguiu criar a versão "canônica" de um fangame com a autorização dos criadores é um dos grandes mistérios de nossa era.

Termino esse pequeno histórico do game com algumas divagações. Pra começar, a forma como muitos desses jogos primordiais foram desenvolvidos e difundidos me lembra muito a própria história da cultura impressa. Tendemos a ver textos como artefatos imateriais que emanam da mente de um autor singular ou um grupo de autores específicos. Mas o processo para a criação e difusão de um texto é muito mais complexo, um verdadeiro fenômeno contínuo em que estão envolvidos múltiplos fatores além da própria vontade do autor: a materialidade do livro, a influência de editores, as revisões textuais, etc, etc. O mesmo raciocínio se vale para games, pelo menos esses primeiros games: temos que considerar a plataforma em que foi lançado, a linguagem de programação, quem fez o port e em que linguagem/versão/plataforma, contribuições de autores posteriores, etc, etc. Tentar achar a versão "original" de um jogo é uma verdadeira arqueologia do saber, com várias camadas que desenterramos revelando novas descobertas e considerações e agentes múltiplos e diferentes circunstâncias moldando esses artefatos lúdicos com o tempo.

Em seguida, o meu dia hoje foi ocupado muito mais lendo materiais paralúdicos do que de fato jogando Star Trek. Gastei cerca de uma horinha com o game, contra mais de quatro só me debruçando por zines e newsletters de computação dos inícios dos anos 1970. Linkei aqui a People's Computer Company, Creative Computing e DEC Edu, mas isso é só a ponta do iceberg - tem também a Homebrew Computer Club Newsletter e a BYTE, só para citar algumas. Uma coisa bem interessante dessa cultura impressa computacional é que a abordagem e as aspirações da época em relação a computadores eram muito mais associadas com as "humanidades" do que com as "exatas", algo que hoje em dia pode parecer contra-intuitivo. Computadores eram vistos como ferramentas que iriam auxiliar avanços nas áreas do ensino, humanidades, artes liberais, etc. Games sempre parecem ter um papel central nesse discurso, especialmente em relação ao seu potencial como ferramentas pedagógicas.

Por fim, uma newsletter que vi sendo citada diversas vezes é uma tal de "Simulation/Gaming/News". Apesar de tanto a DEC Edu quanto a PCC atestarem para a sua existência e até mencionarem alguns jogos e programas que teriam sido publicados nela, não consegui encontrar a dita-cuja em lugar algum da internet. Se alguém achar uma versão digitalizada dela, me dá um toque, por favor.

I mainly played the offline versions of Star Trek that came out in the period, but saving some significant changes in the interface and presentation (some versions definitely look more envolving than others), the core experience tends to be the same. To me, Star Trek is an extreme version of the aesthetic tensions that dominated computers during the seventies and before the codification of the first recognizable genres. They are convoluted, difficult to decipher, ambitious and daunting to understand. Nowadays, it requires a great deal of patience to get the meaning of all the numbers and stats, and I'd rather play a fantasy exploration game than a scifi explorer with simulational elements that always seems to go against you. That being said, the dogfigting pars rule.

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Jugué sobre todo las versiones offline de Star Trek que salieron en esta época, y con excepción de unos cambios importantes en la interfaz y presentación (algunas versiones definitivamente parecen más trabajadas), la experiencia central tiende a ser la misma. Para mí, Star Trek es una versión extrema de las tensiones estéticas que dominaron las computadoras durante los setenta y antes de la codificación de los primeros géneros reconocibles. Son intrincados, difíciles de descifrar, ambiciosos y complicados de entender. Hoy en día, se requiere mucha paciencia para pillarle el sentido a lo que quiere decir cada número números o estadísticas, y me entiendo más con uno que abstrae esa complejidad a una historia fantástica de exploración que con un gesto de naves con espacio aparentemente infinito y que siempre parece ir en tu contra. Dicho esto, las partes en las que luchas contra otras naves molan.

You can play an online recreation of this game over on itch.io, but this game has also been remade a dozen times for various things including DOS. This game also "inspired" the thinly-veiled-title-having "Stellar Track" for the Atari 2600, a dropped license port of Star Trek for that system and probably the most complicated first party game on the console.

Star Trek is fun: it's a strategy game about using limited resources to explore a map to find enemies, keep your ship fueled, and destroy all those enemies within a limited amount of turns. To do that you'll have to employ various weapon types and move very efficiently, only stopping to refuel when you absolutely need to. It's a tense game, and very difficult to win, as well as simply to learn how to play. But learn it, and you'll find yourself addicted for at least an hour or two, which is pretty impressive for 1971.

3.5 - Good: Good but can't compete with the greats