Veredito: o único da sua espécie.

Alguns jogos usam tomadas com atores e atrizes, mas em geral é só um pedaço de um vídeo entre uma cena jogável e outra. Her Story não: ele usa isso como a mecânica central.

Anos atrás a polícia investigou um assassinato, e você tá assistindo aos depoimentos gravados da esposa, acusada de ser a assassina. Mas não tem como simplesmente ver todos os vídeos do jeito que quiser. É um banco de dados com muitos clipes (entre 5 segundos e 2 minutos cada) e você tem que buscar por palavra-chave, tipo o YouTube só que bem mais limitado.

Toda a graça está no roteiro bem escrito pra caralho por Sam Barlow, e na atuação impecável de Viva Seifert. Dá pra zerar em uma sentada (literalmente 1~2h de jogo pra descobrir os principais spoilers e considerar o jogo 'zerado', o que mais vier depois disso é lucro) mas gostei tanto que quis extrair absolutamente tudo que ele tinha a oferecer. E lá se foram quase 20h assistindo, catalogando e anotando cada detalhe.

Não me arrependo de nada. Com certeza, o único jogo do tipo que já vi na vida. E é muito bem feito. Espero que eu consiga jogar mais coisas como ele no futuro. Aguardo com carinho.

Reviewed on Jul 28, 2021


2 Comments


2 years ago

Em tempo, o jogo mais recente do Sam Barlow, Telling Lies (https://www.backloggd.com/games/telling-lies/), parece ser tão criativo quanto Her Story em seu uso de FMVs e narrativa não-linear.

2 years ago

PORRA, SIM!!! ❤

Telling Lies tá na fila CERTEZA!!!