Veredito: Um ótimo adventure chorável, o que infelizmente saiu de moda.

Me lembra um pouco To the Moon e outros jogos da Freebird: é tão curto, linear e limitado que parece até uma visual novel sem ramificações. O foco é 100% na beleza da história e, fora a mecânica a la músicas de Zelda antes de Zelda, Loom tem quase zero jogabilidade além de andar e observar/conversar.

Loom é um jogo infantil com uma história infantil sobre fantasia, poderes mágicos e música. Mas como toda boa história infantil (Peter Pan, Pequeno Príncipe e Corda Bamba vêm logo na cabeça) ele pega temas bem adultos sem deixar de ser acessível pras crianças. O medo, esperança, recomeço, solidão e o limite das nossas capacidades pessoais são pontos chave da trama. A parte visual e (o pouco que tem da) sonora é lindíssima também, o que óbvio não atrapalha.

Também ajuda que joguei com um monte de amigos assistindo no Discord, com direito a lágrimas e a conversas depois sobre o jogo, ressuscitando a ideia (tão rara numa pandemia) de jogos 'para um' sendo uma experiência coletiva.

Espero que outros estúdios além da Freebird peguem carona nesse bonde. Todo mundo só tem a ganhar.

Reviewed on Sep 26, 2021


2 Comments


2 years ago

PS: Joguei a versão original, mas não devo demorar muito pra rejogar na dublada. Deu um pouco de trabalho no Retroarch, mas consegui botar um shader de dithering chamado 'mdapt.glslp' que deixou ele bonitasso igual era nos monitores da época, sem o pontilhado típico de quando joga jogo velho em monitor atual.

2 years ago

Dever de casa para você: "Classic Game Postmortem: LucasFilm Games' Loom".