37 reviews liked by Calabi


Um dos Hack and Slash mais lineares e com pouca liberdade que já vi, eu diria até que o jogo vira um Walking Simulator quando ele não é um HnS fraquinho.

Mas é também um dos melhores jogos de ação que já joguei. Se tu só quer lutinhas cinematográficas e guerrinhas com intriguinhas em uma ambientação muito bem-feita do Império Romano, isso aqui vai te entreter tanto quanto um bom filme de ação badalado por aí.
Pelo que vi, o jogo tem algumas imprecisões históricas e descaracterizações de personagens históricos, tipo o Nero e a Boudica, mas acho só deve incomodar se tu for um professor de história ou se importar muito com essas coisas.

Não curto muito Quick Time Event mas até que eles não incomodam tanto.
Os gráficos são bonitos até hoje, de fato surpreende que o game saiu já há mais de 10 anos.

Enfim, com esse jogo aprendi que ninguém falava Latim no Império Romano e todo mundo era fluente em inglês moderno, até os povos Celtas bárbaros. Geral devia fazer Fisk na época.

Meeeh, juro que eu tentei querer ter gosto pra jogar... Mas já é o terceiro dia consecutivo que eu tô me obrigando a jogar e não tá sendo legal simplesmente. Então, no auge duma dor de cabeça, eu droppo do vice city.
É obviamente inferior ao San Andreas em absolutamente tudo, mas desnecessário dizer isso, eu acho.
Por nunca ter jogado mas sempre ter ouvido falar muito bem, eu achei que era um jogo muito melhor do que é. Mas é isso, não bateu...

"Ain Osny, por que você está jogando um jogo da Barbie de mais de 15 anos atrás?", e o motivo é:
Quando bem criança, com uns 8 anos de idade, pedi um game de ps2 de presente. Meu bondoso pai foi lá e voltou segurando esta pedrada nas mãos e me entregou... Eu lembro de ter ficado absolutamente desapontado, eu estava esperando um GTA ou alguma coisa assim, mas fingi empolgação e agradeci pra não fazer pouco caso. Essa memória é tão viva na minha cabeça que eu sinto que poderia desenhar a capa desse jogo de olhos fechados, de tão profundo que foi a decepçãokkkkk
Então resolvi dar uma revisitada hoje pra ver como é esse jogo que fez parte dessa pequena e calorosa lembrança que volta e meia eu relembro e dou uma risada.

Minha conclusão final foi que esse jogo é uma cura para a tua insônia, tente se forçar a jogar isso depois dum gole de chá de camomila, tu capota em segundos. É tão chatinho que a tarefa de descrevê-lo é penosa, então nem vou tentar. Acho mil vezes melhor que qualquer jogo ultra casual mobile, mas ainda sim é bastante casualzão e monótono. Se esse jogo me trouxe algo de bom foi relembrar a ideia de que, às vezes, você precisa experimentar algo ruim pra voltar a dar valor para as coisas boas e entender mais porquê são boas.

Pra não dizer que não gostei de nada, os sons das Corruíras pessoalmente me pegaram muito. É um ponto fraco meu, eu amo som de Corruíra e só este aspecto mereceu 2 estrelas para mim.

"Eu era um Red Dead guy e ela uma Barbie Horse Adventures: Riding Camp girl".

Está longe de ser o jogo que eu mais joguei, mas com certeza é o jogo que eu mais vi outras pessoas jogando, desde vendo meu irmão quando eu era criança até séries no youtube e live streams.

Classicão. Mesmo com o ótimo remake que saiu agora, eu duvido que vão deixar de jogar ele.

Os temas das safe rooms de Resident Evil são uma maravilha. São tão calmas e passam um ar de segurança, como uma música que se colocaria pra uma criança dormir em um berço, mas também dão um sentimento de perigo constante, como um aviso de que a morte está chegando. E a safe room de RE4 e o tema do Mercador se destacam entre os outros Resident Evil, ouço já há anos.

Ico

2012

Quando eu comprava jogos de PlayStation 2 em alguma banquinha suspeita por aí e ficava folheando repetidas vezes aquelas capinhas de plástico mole dentro de uma caixa de acrílico - ao ponto de irritar o dono da banquinha -, frequentemente me deparava com a capa de Ico.
A capa europeia/japonesa é uma obra de arte, uma pintura digna de ser colocada em um quadro e pendurada na parede. Por sua vez, capa americana é COLOSSALmente feia. Não vi um 3D tão esquisito nem em filmes da Vídeo Brinquedo. É muito aquém do que o jogo é, do que o jogo entrega. Qualquer print in-game seria mil vezes melhor. Essa capa é considerada como uma das mais feias da história e condenou o jogo a ter vendas fraquíssimas nos lugares que vendiam com ela. Nunca tive a sorte de ver a capa europeia/japonesa e, assim como muitos outros, julguei o jogo pela capa e nunca passei perto de Ico na vida.
Nem me culpo por me afastar e nunca ter dado chance ao jogo e, ao invés disso, ter preferido os mesmos GTAs San Andreas Modificados, o mesmo Resident Evil 4 e os dois God of War de sempre. Acabou que a versão HD de ps3 tirou aquela aberração, não fazendo os olhos de quem vê pela primeira vez sangrar, e colocou essa capa linda que sempre deveria ter sido a definitiva.

Minha primeira impressão, logo de cara, foi "WOW, o quão cativante o jogo é!". O visual dele, a atmosfera desse ambiente gigantesco tanto dentro quanto fora do castelo, com muito espaço aberto, conseguindo explorar razoavelmente tudo, deixa um ar bastante agradável. E isso vai até o fim, é raro ver um mapa e cenário tão bem-feitos assim.
Com poucas linhas de diálogo, já é possível engajar na trama e começar a se fazer perguntas: "Quem são aqueles cavaleiros cobertos de roupa? Que lugar é este que trouxeram o menino? Por que trazem para cá crianças que nasceram com chifres? Como isso protegeria o vilarejo deles? Qual língua essa menina fala e de onde ela veio? Por que prenderam ela nesse lugar, se ela não tem chifres? Por que as sombras a perseguem e tentam tirá-la dali?" etc. Com menos de 10 minutos, sendo a primeira cutscene, a narrativa te acorrenta, te intriga genuinamente, te motivando a querer descobrir mais. Não é nem um pouco comum um jogo causar isso em tão pouco tempo, com a força e competência que foi.
Depois de umas 5 horas de jogo, no entanto, tudo o que eu acabei de falar sobre a narrativa DESAPARECE literalmente. Você conseguiria entender a história de ICO apenas ao ver as cutscenes iniciais e a parte final. Simplesmente mais nada é apresentado nesse meio-tempo, é apenas gameplay. Alguns podem gostar, eu achei uma pena, porque eu amo a forma como o jogo conta sua história, de forma sutil e lenta, deixando partes cruciais subentendidas e mistério maturando com calma.

Depois de cerca de duas horas de jogo, percebi alguns pontos que me desagradaram. Às vezes o jogo reutiliza mal os cenários e outras ele reutiliza genialmente. Em alguns momentos, eu não gosto como o jogo te força a ficar dando voltas pelo mesmo cenário como uma barata tonta, muitas das vezes não sendo particularmente claro - talvez pois eu não gosto tanto de plataforma. Você basicamente fica tentando até dar certo, puzzles assim não dependem da sua habilidade, do seu raciocínio, do seu esforço. É um jogo de advinha bobinho e sem sentido, chegando até a ser frustrante. Aumenta o tempo do jogo dum jeito estranho, desnecessário. Você zera o jogo em cerca de 6-7 horas na primeira vez e em menos de duas horas e meia na segunda. Não foi você que não prestou atenção no design, é só que você não adivinhou o que era pra fazer. Isso me fez largar o jogo com quinze minutos de jogatina muitas vezes, porque em alguns dias eu só queria me divertir um pouco e aparece um bagulho imenso e pouco intuitivo... Acaba que de cabeça cheia você não vai ter saco pra experienciar o que o jogo tem de melhor. Esse definitivamente não é um jogo pra você zerar em dias seguidos, pois em muitas das vezes ele não é divertido a ponto de tu continuar disposto a jogar. Existem as partes que ele engrena, e existem essas que descrevi. Até recomendo jogar ICO em paralelo com outro jogo mais descompromissado.
Olha, provavelmente você vai passar muita raiva jogando, em várias oportunidades. Respire fundo algumas vezes, feche os olhos e conte até 30, tome um chá ou uma água e repita pra si mesmo "o jogo é de 2001". Algumas coisas são datadas e você tem a chance de perder vários minutos se você não salvou ou não achou um save point. Eu mesmo já pensei em desistir várias vezes e ir jogar outra coisa e já deixei de jogar ICO durante alguns bons dias, chegando até a uma semana, mas algo sempre me fez voltar pro jogo para tentar novamente depois de esfriar a cabeça e estar mais calmo.
Não tenha vergonha de usar guias se ficar preso em alguma parte (spoiler: você ficará). Reitero, os puzzles desse jogo e brincar de Advinhe o Que Estou Pensando com seu priminho de 6 anos é a mesma coisa. Fiquei embasbacado com uma parte específica: há uma ponte que precisa ser baixada para Yorda poder passar. Explorando para resolver este puzzle, você encontra uma salinha cheia de bombas e uma fogueira próxima para acender essas bombas. Bem, assim como 2 + 2 = 4, você logo deduz que precisa acender a bomba perto da ponte para que ela caia com o impacto da explosão, e de fato você consegue fazer isso. Quando a bomba explode, no entanto, NADA acontece. Depois de uns 20 minutos tentando novamente isso e outras coisas, eu vi em um longplay que você precisa usar uma corda num cantinho para pular em cima da ponte e ela cair... Espera aí, quer dizer que a ponte desce com o PESO DUMA CRIANÇA DE 8 ANOS, MAS NÃO COM O IMPACTO DUMA BOMBA?????? Tudo bem, eu reconheço minha burrice ao não ter achado a corda que é fácil de ser vista, mas é sério que, mesmo tendo a chance de resolver o mesmo puzzlezinho de outra forma bastante lógica, simplesmente não dá?

Eu ouvi falar no quão influente ICO foi pra indústra em geral. De fato, você consegue reconhecer em ICO coisas que outros jogos também fazem. Por exemplo, uma característica que tanto ICO quanto Dark Souls tem em comum é o fato de você conseguir ver cenários e fases que você já passou, muito tempo depois de ter as passado. Além do fato de os cenários "se encaixarem" entre si dentro de um escopo muito grande: você passa da metade do jogo e libera um caminho para você voltar lááá no início do jogo. Isso enriquece a exploração ao passo que a incentiva. Explorar o castelo é bem satisfatório.
Ainda bem que a Yorda é fofinha e o modo como sua relação com o Ico é bem interessante, porque eu me senti jogando uma versão pesadelo extremo de Resident Evil 4 na qual o jogo inteiro é unica e exclusivamente você escoltando a Ashley e impedindo os ganados levarem ela embora. Definitivamente proteger a Yorda não é a melhor parte, mas pelo menos a dinâmica de ambos falarem línguas diferentes e mesmo assim um querer ajudar o outro - afinal, você precisa da Yorda pra passar de fase - faz valer a pena e você realmente sente a necessidade de protegê-la e dá um incômodo ver as sombras a levando embora enquanto você fica um tempo deitado no chão, por ter levado porrada.

Talvez eu tenha sido bem anacrônico em alguns momentos, talvez isso possa até ser um elogio ao jogo, ele é uma fonte da qual muitos jogos de hoje beberam. Então, julgar um jogo de 2001 comparando com jogos atuais e ainda sim ter uma visão positiva em geral e recomendar, é algo considerável.

O jogo é tão bom que deveriam escrever um livro com esse universo e com esse tal de Dante aí como protagonista. Até dou uma sugestão pro nome: "A Divina Comédia".

A ambientação é absurdamente boa. Você tá no Inferno, então tem que sentir o peso e a desgraça dolorosa que é aquele lugar. E p... que pariu, conseguiram entregar isso lindamente. Logo no começo você vê os pecadores caindo lá de cima e se passa horas ouvindo gritos angustiados deles sofrendo e pagando seus pecados naquele lugar horrível e cheio de lava ardendo. Arrepia muito a princípio. Mas devo dizer que depois de um tempo dá uma certa cansada, mesmo assim é incrível.

Toda a estética é pesada, o Dante tem uma cruz costurada na carne do peito, acontecem apenas as mais puras desgraças e só tem "gente do bem" nessa narrativa.

O design dos personagens é muito bom também, principalmente na parte dos Pecados Capitais. Por exemplo, a Gula é representado por uns inimigos gigantes inchados e na parte da Luxúria é só nudez pra todo lado e gemidos que não param mais (JOGA ISSO DE FONE E LONGE DE OUTRAS PESSOAS POR FAVORKK).

Ouvi muito dizer que esse jogo é meio difícil, então prossegui com um pouco de cuidado no começo, mas logo vi que era bem tranquilo. Cheguei até a pensar "Nossa, estavam realmente reclamando disso?", mas aí chegaram partes que eram muitos inimigos em sequência e eu fiquei umas boas horas nisso e finalmente entendi o que falavam. O negócio é bem desafiador mesmo na dificuldade média, no hard pra cima deve ser uma coisa que te faz arrancar teus cabelos. Mas eu gosto da forma como o jogo cria uma necessidade de você sempre precisar dar upgrade pra prosseguir nessas partes mais chatas.

No fim, é isso. Existem defeitos como em qualquer coisa, mas deu pra saciar a curiosidade de ver como seria um God of War com um tema próximo do cristianismo. Se alguém souber de algum padre que fez gameplay desse jogo aqui, avisa que eu revejo tudo de novo.

Ah, e o boss final tem uma surpresinha inusitada...

Joguinho de puzzle com um visual fantástico e uma boa mecânica. É uma baita de um jogo pra quem gosta de resolver puzzles, embora alguns foram facilitados demais, de modo que você só de bater com o controle na testa consiga resolver numa boa. Teve alguns que eu nem sei como eu consegui, mas eu passei só de seguir em frente sem pensar muito.

Música ok, acompanha o visual mas não tem nada marcante em específico.

Eu não entendi absolutamente nada da história, se alguém quiser me explicar por favor... Tô aqui. Mas eu aprecio jogos assim que contam uma história sem ter uma única linha de diálogo, só através do cenário e ações dos personagens, além das coisas que acontecem com eles.

Incrível o quão único Half-Life 2 é. Desde as armas, inimigos, mecânicas até a história, tudo é tão próprio e autoral que mesmo sem jogar por 10 anos tu ainda se lembra quando vê.

Eu gosto muito da variação de cenários e gameplay, uma hora o jogo parece ser de terror, com espaços fechados, munição limitada e os inimigos chegando bem perto de você, tendo até sustos em algumas partes. Em outra hora, o jogo é de ação desenfreada, um exército de inimigos pra você matar, explode helicóptero, munição praticamente infinita, etc. E não importa qual gênero o jogo encarna, ele faz tudo muito bem.

Apesar de ter gostado de alguns personagens, como a Alyx, eu admito não ter prestado muito atenção na história, muito por causa do ritmo do jogo. É bem difícil prestar atenção a um diálogo mais longo depois de ter horas de ação desenfreada. Mas eu ainda vou atrás de entender a narrativa.

O jogo apresentando novas armas é incrível, logo de cara você tem várias possibilidades, porém ele faz isso rápido demais e da metade pra frente do jogo ele não tem muita coisa nova, e isso deixa ele meio repetitivo e deixa um pouco chato. E pessoalmente eu me emputeci com algumas escolhas de game design, fiquei algumas vezes perdido sem nenhuma razão.

Mas sem dúvidas recomendo demais, é um daqueles jogos "obrigatórios" de tão clássico que é.

Logo de cara a pixel art desse jogo se destaca, principalmente nos reflexos da água, que dá um visual bacana pro jogo. Em suma, tudo é muito lindo, apesar de ser simples.

A gameplay se resume em andar por aí com seu cavalo, ganhando moedas pra investir em profissões, se proteger à noite de trolls e outros inimigos, evoluir sua base pra ter muros mais resistentes e liberar mais profissões até você conseguir destruir os portais e zerar o jogo.

Alguns problemas ficam evidentes quando você joga, é normal visto que é o primeiro da série Kingdom. Mas vale a pena listar:

- É impossível cancelar uma ação no jogo. Se você sem querer colocou suas moedas para construir uma torre, por exemplo, já era. A torre vai ficar lá e você vai perder arqueiros à medida que você expande seu
reino.

- A IA dos arqueiros não é muito boa. Já aconteceu de eu estar sendo atacado de um lado, então desesperadamente tento contratar mais arqueiros e eles irem pro lado oposto, o que está tranquilo.

- Baixa variedade. Novamente, é o primeiro da série. É normal ter poucas variações, mas mesmo assim, poderia ter mais profissões, inimigos, construções, etc etc.

No geral é um game muito legal e viciante, é prazeroso explora-lo também. Mas quando você zera e parte pra pegar as conquistas, torna-se muito tedioso e monótono os dias passando. Já me peguei jogando esse jogo e vendo algum vídeo no youtube ou ouvindo músicas.

Recomendo que jogue este pra saber como funciona a mecânica base dos sucessores ou só pra passar o tempo mesmo.

Review escrita em 2020.

Esse tal de President Silver 4ª Edição Remixado é bom, viu...

Antes de começar a elogiar é bom ter em mente que a Capcom não podia errar como fizeram com o remake do 3, Resident Evil 4 é um dos maiores sucessos comerciais dela e o mais vendido da franquia. Ela teria que ser absolutamente estúpida para dar um tiro de bazuca no próprio pé assim.

Dito isso, em um mundo onde Tears of the Kingdom é adiado para 2024, Resident Evil 4 Remake estaria bem à frente para ganhar o GOTY desse ano, mesmo com o original já tendo ganho em 2005. Não que isso seja tão importante assim.

O jogo cumpriu extraordinariamente com a visão de "reimaginação" que tanto a Capcom falava. É um jogo que melhorou muito do RE4 original respeitando-o como o clássico de peso que ele é.

O remake é bem mais maduro e crível. Dá pra perceber isso vendo o quanto eles aprofundaram os personagens centrais e deram pra eles maiores responsabilidades dentro da lore. O Luis é importantíssimo, o que ele fez, os motivos de ter feito e, com base nisso tudo, ter tomado novas decisões que ajudam o Leon mais pro final. A Ashley não é mais aquela cosplay de Dumbo, sem personalidade quase. O Krauser faz coisas (spoiler) que justificam mais a luta contra ele, além de também ter uma motivação a mais que é a Operação Javier, melhorando a conexão com o The Darkside Chronicles. Além da Ada e do Saddler também terem tido consideráveis mudanças boas.

Ainda é um clichezão? Sim, mas não é mais tão escrachado quanto o original. Mudou-se muita coisa para melhor. Ainda nisso, eu já vi tanta gente jogar o RE4 original que, caso eu passasse uma horinha revisando, eu conseguiria recitar toda a história e as fases do original. Mesmo assim, eu me surpreendi com as diferenças e mudanças, porém ainda com um ar de familiaridade forte. Foi um sentimento muito bom: ser surpreendido mesmo sabendo o que vai acontecer.

A mudança de cenário foi muito bem feita. Na parte da vila e da cabana com o Luis foi muito marcante. Você desesperado e encurralado com hordas e mais hordas de Ganados, que fazem uma oração de ameaça em coro... Que parte incrível. Ao fim dela, você fica arfando igual aos personagens. A parte da Ashley ficou muito maior e melhor, com a mecânica de paralisar as armaduras com luz azul e com mais puzzles. A única exceção nisso tudo pra mim é a ilha, tanto no original quanto no remake, essa parte me dá dor de cabeça.

Os bosses em geral também ficaram ótimos: El Gigante, Del Lago, o Mendez, Verdugo, etc. Mas pessoalmente eu achei falta do U-3, a parte dele no original é uma das mais aflitivas do jogo, e não entendi o motivo de terem cortado. Mas dá para relevar isso dado o jogão que entregaram. Quanto a inimigos, só falo que o Regenerator não me deu tanta aflição assim, acho mais assustador ele no clássico.

A trilha sonora é boa, já que a do original também é boa, então teriam que se esforçar muito pra piorar. Mas ainda tenho mais carinho pela ost do clássico.

Num geral é isso, ainda tenho pormenores bons e ruins a respeito do jogo, mas é coisa que tu pega jogando e vê se gostou ou não. O jogo é recomendadíssimo, apesar de eu pensar que ele é melhor aproveitado depois de jogado o 2 Remake (PULAR O 3 Remake POR FAVOR) e partir pra esse.

O jogo original é insubstituível pelas inovações e por tudo que fez, especialmente pra mim que joguei e vi jogarem desde novo. Mas o remake foi muito bem vindo e me agradou bastante.