Capitoro
Brazil
No processo de mudar minhas notas, então tá tudo uma bagunça.
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GOTY '23
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GOTY '21
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Já hoje eu tive essa fase da minha vida colapsando e implodindo como uma supernova. Todas as estratégias e controles foram ofuscadas em uma visão pálida que mandava colocar meu dedo no botão de ejetar. Foi um dia de beber muito, de andar sem rumo, e de esperar o tempo passar para alguma resposta santa chegar dizendo que algo estava prestes a acontecer. Não aconteceu, a única mensagem que veio foi justamente de um amigo preocupado com o meu estado mental.
Esse amigo é e foi meu apoio, nos conversamos por algumas horas até o cansaço da madrugada vencer e adiarmos k diálogo para outro dia. Durante essa conversa, eu fiz aqui e ali uma referência a disco elysium, não de um jeito caricato e reddit (de vez em quando nem tinha essa intenção), mas sim porque é um jogo tão honesto sobre essas questões de saúde mental. "Compressor volumétrico de merda", "Limpar as Salas", "Dedo no botão de ejetar", "Policial Penitente", "Policial Apocalíptico", "A Menor Igreja de Saint-Sècs", todos esses conceitos passaram voando pela minha cabeça, junto de frases, vagas ou não, que espalharam a minha aventura inicial por revachol, que agora fazem tanto mais sentido.
Em um momento de tanta dúvida e tantos problemas querendo competir entre si, fez bem colocar "Instrument of Surrender" pra tocar e caminhar um pouco sem rumo por uma cidade decadente como a minha. jogos não são necessariamente escapismo, como qualquer arte, são uma reflexão de nós mesmos, mas espelhos funcionam em via dupla.
Espero que passe
Vou botar meus haterismos na mesa para todos verem: depois das belíssimas palavras escritas por usuários anônimos da internet, eu estava ansioso para jogar R4, mas fiquei relativamente decepcionado com a parte interativa. É um espetáculo audiovisual, um verdadeiro VIDEOgame, mas acho que até mesmo seu antecessor o ultrapassa na categoria GAME.
Rage Racer peca na sua estética, sendo um jogo bastante genérico nesse aspecto e é, definitivamente, um jogo longo demais, mas ainda assim traz uma boa experiência de "dirigibilidade". Suas 4 faixas, 3 das quais usam a mesma base, podem ficar cansativas depois de repeti-las em cada uma das 5 classes de Grand Prix até poder prosseguir na "história", mas é difícil de negar que elas são de altíssima qualidade. As curvas estreitas, as espirais e o uso criativo da verticalidade criaram verdadeiras montanhas russas virtuais que são deliciosas de serem atravessadas a 150 km/h, especialmente em primeira pessoa. Combinados com os controles mais difíceis e carros pesados, isso criou situações interessantes para mim, que sempre tentou otimizar as corridas para ganhar dos adversários mais difíceis.
R4, para mim, pareceu menos criativo em seu level design, criando faixas que são impressionantes para os olhos, mas simples para as mãos. Conforme o jogo avança, não há um correspondente aumento da dificuldade das fases, que ainda podem ser dominadas na sua primeira tentativa com os controles mais piedosos. Pode parecer uma reclamação longa de um tryhard, só que R4 não me fez tão interessado em dirigir e em melhorar quanto seus antecessores, nem mesmo o primeiro Ridge Racer, que nada mais é que uma demo para si mesmo.
Pessoalmente, se você quer um jogo com uma estética de comercial de luxo, uma soundtrack fantástica e inúmeras formas de customizar sua experiência, jogue OutRun 2/OutRun 2006 que também traz fases e controles muito superiores. Acho que Ridge Racer não é exatamente a série para mim.