Esse jogo mostra que a brotheragem sempre prevalece e que não é porque você é um pênis que a vida precisa ser um saco.


Sim, tô escrevendo essa review de madrugada, porque esse é um daqueles jogos que têm tantos detalhes bons que, se eu deixar pra outro dia, vou acabar esquecendo deles. É aquele jogo de nicho, bem nicho mesmo, mas que não exige um conhecimento profundo sobre a época abordada, já que tem um sumário com várias notas explicando muitos detalhes, tanto geográficos quanto históricos. Isso facilitou muito pra mim, mas algumas palavras como "abadia", tive que pesquisar no Google mesmo. Basicamente, é um jogo investigativo com o foco quase todo em diálogos, feito pra tu ler, pensar no que dizer, convencer e se relacionar com os personagens, tipo um jogo da Telltale, mas menos linear, já que tu transita livremente pela cidade de Tassing.

Esse jogo me passou a mesma vibe de "O Nome da Rosa", filme de 1986, sobre um monge que investiga uma série de assassinatos dentro de um monastério (juro que daqui em diante não vou mais falar grego). Esse negócio de conhecimento proibido é muito presente em ambas as obras de uma forma que envolve todo o mistério da trama. Pra cinéfilos, tá aí uma recomendação.

Como é um jogo onde teu personagem é um prodígio a mestre artista, tu pode escolher no início os conhecimentos que Andreas aprendeu nas viagens de estudos, que vão te dar opções de falas exclusivas nos diálogos. É uma mecânica perfeita, por mais que eu tenha adquirido o "conhecimento da curtição" e não tenha conseguido "macetar" nenhuma das personagens através do diálogo, mas no trailer mostra que dá pra fazer isso sim.

Gostei muito de fuçar na vida de todo mundo e fazer vários amigos e inimigos, mesmo que o jogo todo se passe em um mapa pequeno com algumas localidades secretas a mais, tem uns time skips que vão trazendo novidades e mudanças na cidade com o passar dos anos, sempre te proporcionando aquela curiosidade pra saber como aqueles personagens queridos estão. A parte mais legal disso é ver a influência que você causou na cidade.

A estética e os simbolismos do game contribuem muito pra história, tipo as alegorias daqueles personagens que só existem na mente do Andreas, representando seus pensamentos, e as fontes diferentes nas falas dos personagens pra simbolizar status e nível de escolaridade.

No início do último ato, confesso que fiquei triste pelo que aconteceu e com medo do caminho que o jogo ia seguir, mas logo o game puxou minha atenção de volta à medida que a trama voltava para o núcleo do mistério principal.

E no final, teve uma bela conclusão, com uma explicação que amarra todas as pontas soltas, mostrando que já estava tudo ali, o jogo esfregou na sua cara, mas você não percebeu (pelo menos eu não percebi).

Não acho que esse jogo tenha um fator replay muito grande, já que o mistério depois do fim já foi solucionado, mas tô muito curioso pra saber o que aconteceria se eu tivesse seguido por outros caminhos e escolhido conhecimentos diferentes.

Edit: As crianças são muito fofinhas.

A primeira vista, eu pensei que as críticas poderiam se resumir apenas por ser um simples copia e cola, mas não é o caso. A Bandai conseguiu errar feio até nisso, mas se fosse um copia e cola seria um ótimo game. Por esse motivo, eu imploro: não jogue essa porcaria. Você estará jogando uma versão nerfada da saga Naruto Storm, já que muitos conteúdos foram cortados, incluindo várias lutas icônicas e cutscenes. Para mim, a gota d'água foi perceber que cortaram completamente a luta entre Gaara e Deidara do Storm 2, que é, sem dúvida, uma das batalhas mais empolgantes da franquia.

O lamentável é que finalmente teríamos a oportunidade de ver Naruto totalmente dublado, mas adicionar dublagem a essa versão foi um desperdício.

Se for pra jogar essa saga, compre os Storms separados, vale muito mais a pena.

2015

Senhoras e Senhores, eu me caguei...

Uma baita história e atmosfera bem caracteristica do terror dos desenvolvedores de Amnesia. Sendo o ápice os momentos que ele abusa da escuridão do oceano pra te causar agonia, foram umas 2 ou 3 vezes, mas já é alguma coisa. Enfim, sou fascinado por talassofobia e megalofobia, tenho interesse em qualquer jogo que ouse brincar com esses temas, e aqui, mesmo não sendo o foco da maior parte das tensões, e sim o bicho feio perseguidor e maligno. Ainda assim, esses momentos por si só, valeram o jogo inteiro.

Em questão de gameplay, alguns puzzles são complicadinhos de entender, teve até um de matematica, nesse eu confesso que vi a resposta no youtube. Já as perseguições e escondições, caracteristicas desse gênero de terror, são bem tensas, talvez não tanto pelo design da maioria dos inimigos, mas pela forma com que eles são trabalhados narrativamente e aparecem em momentos propicios pra te foderem.

A história, sem spoilers, é o classico "acordei em um lugar estranho, veja no que deu", apartir disso ele constroi um universo perturbador e interessantíssimo. Talvez o acidente do protagonista com a namorada dele tenha ficado um pouco de lado, talvez, mas acho que não fez tanta diferença.

A relação do protagonista com uma certa personagem é muito bem trabalhada, faz você ficar com o coração apertado naquele final, principalmente se você entendeu o final. Você entendeu o final, né?

Um jogo no estilo de plataforma cinematográfica muito competente, com um folclore interessante. O ápice da trilha sonora é uma versão épica e satânica de 'In the Hall of the Mountain King' de Edvard Grieg, que se encaixa perfeitamente com o jogo e toda a sua mitologia. A ideia de uma criança fofa e vulnerável enfrentando ou fugindo de um mundo cruel e implacável é um recurso sempre muito envolvente. Isso me deixa ainda mais aflito pelas reviravoltas na história, por isso eu digo, façam mais!

Sinceramente, acho que talvez não precisasse ter um combate tão direto e presente dentro do jogo. Como eu disse, parte da graça é a criança ser indefesa contra certas criaturas, mas ainda assim, existem certas batalhas que me fazem gostar dessa mecânica.

O jogo é muito bonito, apesar de às vezes ter algumas animações que deixam o Bramble (o menino controlado no jogo) um pouco travado ou antinatural. Não sei explicar muito bem, mas parece que ele está com as roupas de baixo lambrecadas, se é que você me entende.

Eu vi que teve bastante gente comparando esse jogo com Little Nightmares, mas para mim, essa comparação não faz tanto sentido, visto que a partir de um certo ponto, Bramble tem essa mecânica de combate bem presente. Agora, pegando aquilo que é semelhante entre ambos, eu acho que o pessoal que acha esse jogo melhor precisa revisitar a franquia dos pesadelinhos. É só comparar as trilhas sonoras, o peso da atmosfera de cada um, o design de personagens e as animações. Entre os gnomos de cada jogo, eu não sei quais eu prefiro, ambos são daoras.

Entretanto, Bramble é bom do jeito dele, apostando em um folclore não muito explorado e em uma narradora com uma voz charmosa.

Eu fiquei com o pé atrás em relação a essa franquia depois de ter zerado a versão clássica do primeiro jogo. Na minha opinião, o jogo tinha envelhecido muito mal, com várias coisas que eu apontei detalhadamente e que me desagradaram como fã de FPS. Enfim, parece que a equipe que fez esse remake sentiu exatamente as mesmas coisas na época, e eles consertaram tudo e ainda adicionaram muito mais conteúdo, tornando o jogo perfeito.

Entre as mudanças, foram implementadas mecânicas novas, novos inimigos, uma nova física com um feedback prazeroso quando nossas armas atingem os inimigos, um salto maior, mais munição para as armas, gráficos mais bonitos e ambientes mais detalhados e amplos. Claramente, eles se inspiraram no Half-Life 2 para fazer essas mudanças.

A maior mudança foi a expansão da campanha, fazendo com que o planeta/dimensão dos aliens ocupasse 50% do tempo de jogo. Isso enriqueceu muito o universo e, por sua vez, a história de Half-Life. O contexto que deram para a raça dos Vortigaunts nesse lugar foi incrível e conseguiram passar tudo aquilo quase sem acrescentar diálogo algum.

Terminando essa review, quero dizer que agora sou realmente fã de Half-Life.


Este foi o primeiro jogo da Nintendo que tive o prazer de jogar no console oficial. Antes de jogar o Mario Kart 7, só havia experimentado o Mario Kart Wii e o clássico do SNES, então não tenho muita base para fazer comparações. No entanto, entre esses três, este é o que mais gostei, pois parece ser muito mais equilibrado e fácil de entender.

Senti um pouco a falta das motos do Mario Kart Wii, mas é compreensível que haja apenas karts, já que o jogo se concentra nas diferentes combinações de peças que podemos usar para montá-los. No entanto, seria bom se as peças pudessem ser obtidas em menos tempo.

Enfim, é um jogo tão satisfatório que mesmo depois de já tê-lo zerado, eu o pego para jogar sempre que tenho um tempinho livre e não sei o que jogar. Ele se tornou uma daquelas opções infalíveis para mim.



A jogabilidade deste game é bastante desafiadora e às vezes até injusta, como no caso daquele primeiro chefe, aquele coelho desgraçado, que para ser o primeiro boss do jogo é bem difícil. Tanto que eu só consegui passar dessa parte quando o jogo trocou o chefe e eu consegui recrutar um rato muito bom.

O que estragou esse jogo para mim foi o fato de ele ser um roguelike, o que não seria um problema se não tivesse uma campanha tão longa que acaba te vencendo pelo cansaço e pelo azar. Outro jogo de cartas no estilo roguelike é o Monster Train, mas ao contrário deste, a campanha é curta e feita para você zerar diversas vezes com diferentes personagens e combinações novas de cartas.

Se a campanha fosse menorzinha ou talvez tivesse alguns check points no meio, talvez eu até tivesse dado 5/5 estrelas, dada a qualidade no restante das coisas dele.

Já fazia um tempo que eu queria jogar essa franquia, mas não conseguia instalar as traduções. Então, quando vi essa versão já traduzida por um preço justo, fui lá e comprei mesmo sem ter a certeza se iria gostar ou não. Já estava jogando Okami HD, então instalei esse jogo só para testar e ver se era traduzido mesmo. Acontece que era só para testar, mas eu nunca mais quis parar de jogar e foi assim que encontrei uma das minhas franquias favoritas.

The Walking Dead nunca foi apenas sobre zumbis, mas sim sobre até que ponto as pessoas são capazes de manter sua humanidade em um apocalipse, onde não há recursos para todos e onde quem dita as leis são os mais fortes. É uma jornada de decisões difíceis, onde muitas vezes você terá que colocar seu grupo acima de qualquer princípio para mantê-los vivos ou não; você escolhe. Será que vale mesmo a pena manter a humanidade? Independentemente da sua escolha, o jogo continua, e do ponto de vista do jogo, não existem escolhas erradas, visto que até mesmo o silêncio é uma resposta válida para as situações.

Enfim, estou avaliando a franquia como um todo e posso dizer que ela é cercada de personagens que merecem sobreviver e serem amados. No entanto, a terceira temporada não é tão boa quanto as outras. Para minha sorte, a 4ª temporada se apoia apenas nas coisas verdadeiramente boas da 3ª (na minha visão).

A última temporada foi um encerramento muito satisfatório. Entretanto, vai deixar muitas saudades e posso dizer, sem sombra de dúvidas, que isso aqui foi especial para mim. Talvez até tenha me feito perceber coisas da minha vida pessoal que eu nunca enxerguei.

Foi tão bom que agora me sinto órfão e estou revendo a série de tv para preencher esse vazio.

"O mundo que conhecemos se foi, mas manter nossa humanidade... Isso é uma escolha."

~ Velho Dale

É complicado escrever uma review sobre um jogo que todo mundo já conhece muito bem e ainda assim ter um ponto de vista que agregue algo para quem vai ler. No entanto, quero tentar, visto que sempre quis zerar esse jogo desde a minha infância, e por conta disso, vivia criando expectativas sobre ele até este momento.

Quando eu era criança, o mundo aberto desse jogo proporcionava uma imersão muito maior, parecia uma outra vida, como se fosse um jogo infinito repleto de mistérios entrelaçados com a história da campanha, tornando-o quase mágico. Talvez aquela comunidade antiga que vivia caçando mistérios e easter eggs tenha me criado essa impressão estupidamente ambiciosa. Agora que eu zerei, o mundo aberto pareceu ser bem menos atrativo, quase como se as missões fossem as únicas coisas que sustentassem esse jogo, já que não me senti instigado nem mesmo a fazer bagunça pela cidade.

Quanto às missões do modo história, eu achava que elas teriam uma conexão muito maior com os mistérios gigatonicos, mas a trama é bem focada naquele núcleo de furtos e agentes do governo. O máximo que se tem são aquelas missões secundarias curtinhas com os doidos espalhados pelo mapa.

A história em si é boa. Os três personagens principais possuem um certo nível de complexidade, ao mesmo tempo em que suas motivações são fáceis de entender. Apesar do Trevor ter sido o meu favorito, o Michael dentre os três é o que me pareceu mais bem trabalhado. Muitas das ações de Michael me fizeram duvidar se Trevor é realmente o personagem mais moralmente errado do jogo, dado o tanto que Michael manipula as pessoas e se faz de coitado.

As missões conseguem ser bem variadas, sendo as de roubo de bancos as melhores e mais épicas, o que me fez ficar bastante decepcionado com a última missão do jogo, que é bem fraca e entrega um final anticlimático para a campanha. Literalmente, matei o que deveria ser um "boss" do jogo atropelando ele e passando reto como se fosse apenas um NPC qualquer na calçada (não teve nem mesmo cutscene).

Não foi nada demais, mas com certeza valeu apena gastar meus 2 contos nisso. Um metroidvania divertido, fácil de se encontrar a progressão e com o tempo certo pra acabar.

Tower Defence raiz, bem divertido, mas diferente de um Plants vs Zombies (que pra mim é o Tower Defence ideal), muitas opções de magia e defesa se tornam obsoletas. Tem uma armadilha que levita os inimigos que passam sobre o chão, que eu sinceramente não entendi qual era o propósito, pois os inimigos nem se quer tomam o dano de queda.

Aquela magia de empurrar os inimigos pra longe é a melhor coisa do jogo. É extremamente satisfatório usar ela e ver todos os orcs indo pra casa do chapéu.

This review contains spoilers

Posso citar diversos pontos positivos pela genialidade do jogo e diversos pontos negativos por ele ter envelhecido mal.

Muita gente diz que jogos antigos ficam com gráficos datados, eu concordo, mas não no sentido de não terem importância no presente ou de serem ultrapassados e sim no sentido de remeterem a uma época específica. Eu de verdade curto os designs antigos, eles me passam um pouco da sensação de viver naquele tempo. Então isso não chega a ser problema para mim em Half-Life, diferente de sua jogabilidade.

O pior inimigo do jogo é a sua dificuldade. Tem muitos bugs, os inimigos parecem esponjas de tiros com granadas infinitas, há pouca munição pras armas maneiras do game e o level design as vezes peca em guiar o jogador.

Outra coisa pra criticar é o gun play, que eu não achei gostoso, pois são poucas armas que os inimigos parecem realmente sentirem e elas ainda têm pouquíssima munição pra quantidade de militares e aliens bizarros que você encontra pelo jogo. Talvez a sensação de impacto não condiz muito com as armas que usamos.

Acho que a dificuldade de Half-Life faz dele um festival de save state, o que é muito ruim, já que faz o jogador pensar 'nem a pau que eu vou fazer tudo isso de novo'.

Agora falando das coisas boas...

O pouco de história que o game tem é muito interessante, mesmo que por enquanto hajam apenas perguntas pra serem respondidas pelo Half Life 2. Fora todos os encontros com o tal do G-Man do BTS, aquela parte que o Gordon é pego pelo exército, tiram todas as armas dele e jogam ele no compactador de lixo é minha parte favorita. Ter que se virar e escapar sem o recurso mais básico do jogo é sempre legal, é como uma certa parte do Outlast 1.

Aquele incrível final inesperado do jogo me criou um hype absurdo pra jogar o 2° título, mas ao mesmo tempo tenho medo de voltar a criar vários saves pra mim não perder todo o progresso preso em uma valvula.

É inegável a importância desse jogo. Apesar de tudo, ele sempre tenta apresentar desafios minimamente diferentes, o que torna possível continuar jogando. No entanto, no fim do dia, talvez eu prefira jogar Crysis 2.

Katamari parece uma ideia que só poderia ter surgido de um jogo indie mais recente, e em uma geração repleta de jogos genéricos, isso o coloca no pódio dos jogos mais únicos que existiram para o PlayStation 2.

A última fase me empolgou muito, tanto pela escala em que o jogo chega, quanto pela excelente trilha sonora tema do jogo.

Já pararam pra pensar que o protagonista é um homicida?