Neon White é a cocaína dos videogames. Um jogo que incorpora speedrun como a mecânica básica, em que seu maior inimigo é você mesmo e a leaderboard. É quase impossível parar de jogar, porque sempre fica aquela vontade de tentar tirar mais um décimo do tempo e subir umas 500 posições na tabela.

Infelizmente o jogo não é perfeito. A maior crítica que tenho é que, por ser indie, o jogo não tem o suporte dos desenvolvedores que seria esperado pra alcançar a perfeição técnica. As leaderboards são tomadas por tempos impossíveis, o que é um desastre pra um jogo cuja maior tentação é ser mais rápido que os outros. Alguns estágios são longos demais, e alguns atalhos são um pouquinho mais difíceis do que seria necessário.

Olhando pelo lado positivo, o visual do jogo é marcante, a trilha sonora é fantástica, a jogabilidade é absurdamente intensa, e a sensação que fica é que você é um super-herói invencível voando entre inimigos e chegando ao objetivo. Recomendo sem medo, apesar das imperfeições.

Eu sempre quis um jogo que me fizesse sentir como um jedi mestre do sabre de luz, e É ISSO. Não consegui largar até terminar. A história é competente, o combate é divertido em sua simplicidade, uma delícia quando você pega as sutilezas das suas habilidades. Apenas sensacional.
Sim, o character design não sabe se quer ser realista ou cartunesco, a navegação pelos mapas é confusa, fast travel faz MUITA FALTA, colecionáveis são só cosméticos, e o jogo não se deu muito bem com a minha GPU e travou várias vezes. Mas o importante é que esse jogo é mais Star Wars que os filmes da Disney.

O original alcançou o equilíbrio entre duração e humor pra que você continue sempre entretido e encontrando situações inesperadas. Essa nova versão mantém tudo do original e mais que duplica o conteúdo, mas essa expansão paga o preço de desbalancear a finesse da primeira versão. Eu diria que uns 50% dos novos finais giram em torno da mesma piada, e chegou um ponto que eu estava torcendo pra acabar logo, o que é de partir o coração quando penso no quanto gostei do original. Enfim, recomendo pra quem nunca jogou TSP, mas se você fez tudo que tinha no original, é melhor esperar uma boa promoção.

Um soulslite indie surpreendentemente polido e competente, que parece um cruzamento entre o combate de Dark Souls e a exploração de The Legend of Zelda.
O combate é simplista até em excesso. São 5 armas no total, mas não existe uma diferença tão grande no estilo de jogo entre elas. Seu arsenal também conta com quatro ataques à distância, que são duas ferramentas e duas magias, permitindo uma variedade razoável de formas de atacar os inimigos. Uma fórmula divertida, mas não oferece muita profundidade. Não é um jogo muito difícil, mas é fácil se enrolar em certos momentos quando diversos inimigos te cercam.
Isso é compensado pelo carisma dos personagens e da história, além da direção de arte bastante competente e pela duração que não se alonga nem te deixa com gosto de quero mais (terminei a história principal em pouco mais de 11 horas).
Uma pena que o conteúdo post-game não me prendeu tanto quanto a parte principal do jogo. Vale a pena conferir, especialmente no Gamepass.

2006