Fabuloso.
Em 5 min fiz tudo o que dava e nunca achei que um jogo pudesse ser tão tosco, mal acabado, ineficiente e podre sendo de futebol.
Super recomendo.

Não é à toa que essa franquia é uma das que ajudou a pavimentar o gênero, esse jogo é absurdamente bom.
DMC3 é ridiculamente insano, possui um combate ridiculamente bom, arrumou o excesso de ângulos de câmera do primeiro jogo, o ritmo das batalhas é mais frenético, a liberdade que tu tem com o Dante é muito alta, a nova vibe mais humorada se levando menos a sério é perfeita, as cutscenes são incríveis, a trilha sonora tá maravilhosa, os inimigos tem bons designs, todas as armas são muito divertidas e a dificuldade é bem desafiadora e recompensadora, fazendo com que você queira se esforçar e vá melhorando no jogo gradativamente, que é um dos meus maiores prazeres jogando videogame, você sente que tá melhorando mesmo sendo surrado infinitas vezes.
Esse jogo tem muita liberdade e isso potencializa demais o fator replay, tanto que quero demais rejogá-lo no futuro para usar outro set de armas e estilo, é fenomenal.
Os problemas são que alguns inimigos são ridiculamente chatos e atrapalham no propósito do jogo de ser rápido e eficiente, como os fantasmas e os fallens que me dão vontade de cometer suicídio; a terceira fase do jogo, mais ou menos após a missão 13, onde a progressão do jogo parece meio enrolada para render mais horas, principalmente com a fase de girar a torre que é muito chata e na minha rejogada com o Vergil foi bem mais rápida, mas ainda assim. E também a própria campanha do Vergil. Não me entendam mal, o personagem é divertido e difere do Dante, o que é muito bom, ele não é só uma skin, porém, também é bem limitado e sua inserção, embora traga bastante virtude, também me pareceu muito apressada.
Sua campanha possui apenas uma cutscene extra, que é a inicial, o que tira todo o potencial de mostrar mais situações que não foram apresentadas nas cutscenes do Dante, ok que até naquela campanha, tínhamos a perspectiva do Vergil, mas tinha como incrementar algumas coisas aqui, como o que acontece após a missão 14. Isso não é tão grave pois a ideia do jogo não é tecer dois pontos de narrativa ou algo do gênero, só acho que acaba tornando a campanha do Vergil mais desinteressante e não te dá nenhum motivo para zerá-la a menos que você queira bastante. Também tem o problema de que ele não possui variações de tempo nos ataques, se por um lado isso deixa sua gameplay mais simples e direta, por outro a torna mais repetitiva, dado que falta variações se comparados com o Dante, que tinha um leque de possibilidades muito maior e interessante.
Mas o maior problema disso e que reforça minha teoria de ter sido meio apressado, é que nas fases onde, na campanha do Dante você enfrenta o Vergil, aqui você não enfrenta o Dante, mas sim o Vergil de vermelho. Isso é tão tosco e sem sentido, pois o Dante e seus ataques já foram programados no jogo já que os utilizamos, era só programar uma IA para fazer as lutas, não era tão difícil, fazendo com que a campanha do Vergil seja exatamente igual a do Dante. Isso incomoda ainda mais na missão 19, que me fez brochar tanto que nem hypei para matar o chefe.
Esses são os maiores problemas de DMC3, mas não destroem a experiência, embora tenham me feito abaixar a nota de 8.5 para 8, são apenas tropeços que podem ser melhorados no futuro. As qualidades aqui se sobressaem demais.
DMC3 é apaixonante, possui bons personagens, cutscenes maravilhosas até hoje, um combate absurdamente divertido sendo um dos melhores do PS2, trilhas ótimas, uma variedade absurda que te traz um leque de experimentação enorme já que cada jogador pode jogar a sua maneira, fazendo com que o jogo também tenha um grande fator replay. Uma sequência digna que não só revolucionou o gênero hack-and-slash, como também sua própria franquia e é com certeza um dos melhores jogos da sua plataforma. Ter minha primeira vez com esse jogo agora em 2021 me fez ver o quão bom ele é, que seus defeitos são cobridos por suas qualidades e o quão bem ele envelheceu.

Se você quiser uma opinião mais elaborada, estarei deixando um link da que fiz no twitter. Quando transcrevi para cá, ficou grande demais e cortou muito, o que me desanimou bastante e fez com a que escrevi aqui ficasse bem simples, direta e até meme. Aqui está: https://twitter.com/TetsuyaDeku/status/1428443896498081792

Para os que querem tiro porrada e bomba:
Citando o Flavinha: "um vinho que envelheceu muito bem, mas ainda não está dos melhores".
Quando se trata de detalhes, isso aqui é atemporal. Envelheceu da melhor forma possível com sprites detalhadas e fluidas, junto também dos cenários incrivelmente belos.
A gameplay também é bem divertida, mas mesmo com uma boa variedade de armas, você acabará não usando várias devido aos baixos stats, o que desanima um pouco.
A exploração é gostosa e intrigante, todo o castelo dá um enorme gosto para sair andando e buscando os segredos.
A trilha sonora é ridícula de envolvente com a pegada orquestrada que se encaixa demais com toda a atmosfera.
Esses acertos são enormes e compensam em muito as falhas, mas mesmo assim elas existem e são bem fortes.

O segundo castelo tem uma exploração caótica e deplorável de chata, é arrastado e te força a ficar usando forma de morcego, que é muito lenta, ou o high jump sequencialmente, que é repetitivo e chato.
A dificuldade é quase que inexistente, após um tempo, mesmo evitando itens poderosos, passei a matar boa parte dos bosses sem que, sem exagero, eles não pudessem me desferir um ataque sequer, o que não os torna nada marcantes.
A dublagem é bem ruim mas possui um charme, eu mesmo adoro o Dracula mas o Richter não me desce.

Se os bosses não fossem ridículos de fáceis e a exploração no segundo castelo não fosse horrorosa, o jogo subiria muito em nota.

Isso aqui é um desserviço com qualquer um que jogou mais de dois jogos decentes na vida.
O level design não existe, tu só anda reto durante todas as dungeons com 0 de exploração.
As batalhas carecem de qualquer atrativo, são exaustivamente repetitivas, nas quais independente da mudança de inimigo você vai fazer exatamente a mesma coisa, nunca precisando ligar dois neurônios para passar de qualquer fase.
Os personagens também são absolutamente artificiais mas são o mais próximo de um mísero "ok" que o jogo consegue fazer, junto da história que é até legal mas nhe... também é desinteressante em vários aspectos.
Quando mais novo era meu jogo favorito da plataforma por gostar de rpg de ação, mas se isso pode ser considerado um rpg de ação, então mineirinho merece concorrer a game of the year. Rejogar foi triste e deplorável, a ponto de mesmo me esforçando e jogando de pouco em pouco para não saturar, não suportei chegar até o final.
O cúmulo da repetitividade e falta de esforço é o resultado desse produto.

Ok, isso aqui é absurdo.
Apresentação belíssima, com o estilo de anime fantasioso sem ser nível Bandai, lembrando um pouco jogos com gráficos mais realistas, mesmo com o estilo do Nomura.
Gameplay impecável, variada, frenética e tática. O tanto de opção que tu tem é ridícula de grande, te fazendo ter uma boa liberdade de como quer jogar. Mesmo que cada personagem tenta seus pontos mais fortes e fracos você ainda pode modelá-los a sua escolha em certo nível. Junte isso ao belo número de matérias e habilidades únicas de cada personagem que manejar cada um se torna divertido por si só.
Mas bom, não só de gameplay vive o jogo, sua história é outro fator importante e devo parabenizar a equipe pois a história é bem simples. O jogo se dá ao entorno de um mesmo argumento e crítica nada complexa, não sendo nada grandioso, porém, é aí que fizeram bem.
O que torna a história boa não é ela em si, mas sim os personagens. Todos muito memoráveis e principalmente com uma das maiores características do Nomura: a vivacidade e humanidade de cada um.
Todo personagem é muito vivo e orgânico, nunca parecendo cascas vazias. Bem... talvez com exceção da Tifa, mas até ela que é uma porta se mostra ter uma relação até que interessante com o Cloud, então é tragável. Dito isso, a relação do Cloud com Aerith se torna muito maravilhosa. É ótimo ver como ela quebra o garoto.
Junte essa gameplay enorme a vivacidade de personagens, diálogos, belíssima direção, execução e a maravilhosa trilha sonora que pronto, o jogo se mostra ótimo. Cada trilha passa muito bem a emoção que planeja e tornam tanto as cenas épicas ainda mais, como as cenas vivas mais suaves e orgânicas.
Um espetáculo em gameplay e direção é o que resume FFVII Remake.

6.5.
A transposição de jogos antigos para a atualidade. Aquele sentimento de desafio, precisar adaptar-se a padrões, movimentos e principalmente bolar estratégias sem qualquer ajuda é muito interessante. Lembrou-me muito de quando eu zerei Aria of Sorrow mais novo, é um jogo que realmente lembra uma outra época.
Minhas únicas "reclamações" se dão quanto a história ser riquíssima, mas por não ser muito intrusiva, acaba que você não se imerge tanto na narrativa do jogo, fazendo com que ele se pareça realmente isso, um jogo. Isso não é nada ruim, apenas me fazia enxergar o jogo um pouco mais "foda-se" do que poderia se a narrativa me prendesse mais, tanto que isso encaminha para a segunda coisa que me fez desgostar um pouco do jogo: ele é cansativo após um período.
Na minha experiência, estava devorando o jogo, me divertindo bastante e curtindo quase tudo. Porém, no início de Anor Londo comecei a sentir-me cansado e o jogo tornava-se repetitivo. O sentimento intensificou-se depois. Passando mais umas duas áreas após isso eu realmente cansei do jogo.
Meu amigo que é fanboy do jogo e que me permitiu jogar em seu console disse que sente o mesmo. Falou que sempre que passa por Blighttown, fica com uma extrema preguiça de rezerar e por isso até tem muitos personagens diferentes, todos travando mais ou menos nessa área, o que me faz pensar que não é algo que apenas eu senti. Se até mesmo um puta fanboy da FromSoftware sente isso, me parece ser algo real.

Gostoso, amável, lindo e nostálgico para quem gosta de jogos antigos.
Cuphead é o esquema de plataformer dos anos 80 e 90 para o atual, muito parecido com Megaman X.
A dificuldade é desafiadora mas não injusta, é tudo uma questão de esforço e ir se adaptando, passando aquele sentimento de jogo bom, lembrando o próprio Megaman X que eu disse, um Castlevania Aria of Sorrow da vida e etc.
Não só isso como a apresentação do jogo feita a mão é atemporal. O estilo dos primeiros desenhos animados da época caiu lindamente, trazendo uma estética própria e muito marcante.
Impossível não citar a soundtrack, todas as músicas são maravilhosas e facilmente apaixonantes. Mérito também para não serem enjoativas. Elas casam tão bem que mesmo com você morrendo e repetindo muito a mesma fase, nunca cansa de ouvir.