Em Death Stranding, diferente de Metal Gear, a mensagem transmitida é sobre a importância das conexões humanas e como elas deveriam ser mais valorizadas e preciosas. Vivemos em constante conexão com outras pessoas, seja no ambiente familiar, de trabalho, na faculdade, entre outros, e os laços que formamos são especiais. Assim como no jogo, só é possível saltar para a "praia" de uma pessoa se houver uma conexão forte entre elas ou algo pessoal em comum. Na vida real, quanto mais forte a conexão, mais íntimos nos tornamos das pessoas, o que abre espaço para conhecermos a verdadeira essência delas, assim como a "praia" representa a individualidade de cada ser humano.

No jogo, a vulnerabilidade ao confiar em outras pessoas e levá-las à sua "praia" é abordada, como no caso de Amelie e Sam. A ação de confiar pode nos tornar mais humanos. Kojima sempre compreendeu o uso de armas e, como um japonês, entende a mentalidade em torno disso, assim como em Metal Gear. Em Death Stranding, existem armas letais e não letais, e as consequências são abordadas em relação à letalidade. Kojima sempre foi um homem da paz, mas não um pacifista. Ele compreende a existência das armas, da menor até a mais perigosa, e sempre será contra guerras, revoluções e o uso desnecessário de armas. Seu desejo é a paz, amor, prosperidade e que os humanos vivam em harmonia.

No jogo, o preconceito é abordado através dos personagens Deadman e Lockne, que sofrem por conta de suas individualidades. Mas Sam os aceita, tornando-se amigo de ambos ao longo da jornada. Death Stranding transmite a mensagem de que, como seres humanos, gastamos mais tempo nos destruindo e encontrando novas formas de nos destruir do que aproveitando a vida enquanto podemos. Afinal, nossa extinção é iminente em milênios. Então, por que não aproveitar enquanto estamos aqui e amar uns aos outros?

Sam é um personagem introvertido, recluso e com dificuldade para se comunicar sobre o que sente, sempre se esquivando quando confrontado sobre seu passado. Ele passou a vida fugindo da dor e se sentindo morto por conta da perda de pessoas que amava, optando por se isolar de tudo e de todos. Encontrando conforto na solidão, ao ponto de ela não mais o incomodar. Sam acostumou-se a lidar com a solidão, pois para ele o mundo dele morreu. Desde então, o vemos forçar conexões, seja no sentido literal ou figurativo, salvando vidas e se tornando um herói e símbolo para muitos.



Se você leu até aqui tmj vc é lindo e LEMBRE-SE, Kojima n é diretor é figura paterna

Reviewed on Jan 25, 2023


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