Como alguém cuja adoração pela série Ace Attorney foi gradualmente sumindo depois do terceiro jogo, devo dizer que The Great Ace Attorney surpreendeu bastante, mesmo depois de ouvir seus louvores de fãs que antes imploravam para o jogo ser importado.

O que me vem a cabeça primeiro é a estrutura de casos, e como ela se difere dos jogos antigos: ao invés de casos quase separados que variam de qualidade entre si, o jogo opta por uma narrativa que liga todos os casos entre os dois jogos da coletânea e cria uma experiência muito mais consistente em sua qualidade. Embora há sim casos melhores que outros, o tradicional "caso filler" não existe aqui: todos revelam uma peça importante do quebra cabeça que se desenrola no final. Só achei que esse ritmo peca um pouco no começo do segundo jogo, mas não se engane - ao jogar os dois jogos da coletânea, julgo que a melhor experiência é aproveitá-los como um só jogo. Tenha a certeza de que os casos seguintes mais do que compensam.

Vou além de dizer que é o melhor Ace Attorney como também digo que era isso que a série precisava. Após duas décadas de jogos focando nos mesmos personagens, era de se esperar que os casos fossem ficando mais e mais desnecessariamente complicados. Great Ace Attorney também vem com o bônus de se passar no passado, uma época onde a ciência forense ainda estava em seu berço, ume época longe de conceitos que se tornaram padrões na série, como análise de impressões digitais, que traz consigo seus próprios tipos de enigmas, simples em contexto mas equivalendo ao ápice da franquia desde Trials and Tribulations.

Reviewed on Aug 07, 2022


1 Comment


1 year ago

'equivalendo ao ápice da franquia desde Trials and Tribulations'

Agora a porra ficou séria.