O JOGO NÃO FUNCIONA.

(Dito isso ri pra krl)

This review contains spoilers

Que experiência sofrível é esse jogo, me esforcei muito pra chegar "onde fica bom", tudo pra dropar.

A ideia é excelente como sempre né, o jogo em si é muito bom. Muito melhor que sua comparação principal em Doki-Doki, mas como é um eroge perde pontos instantaneamente comigo. Além disso, é uma visual novel genérica muito chata até chegar em seu clímax e obviamente com bastante merda e culturas reprováveis provenientes da influência otaku japonesa sob o jogo. O "genre shift", pelo que me aparentou por reviews e gameplays é muito funcional e o jeito que o jogo brinca com suas mecânicas e apresenta diversos questionamentos sobre visual novels e seus jogadores é muito criativo. Alguns finais falsos inclusive são até mais interessantes em conceito que o final verdadeiro, chegando a condenar corretamente o jogador, dependendo da forma como o mesmo aborda o jogo e sua história.

Entretanto, não foi pra mim. Não me apeguei a nenhum personagem e não quis prosseguir com o jogo após ser criticado de maneira justa durante o genre shift. Percebi também que foi uma boa escolha, pois iria perder um certo tempo revisitando as memórias da Miyuki sem me importar e consequentemente cairia na crítica do jogo mais uma vez.

Inclusive, eu desgosto da maior parte dos personagens dessa obra, o que colaborou a não terminá-lo. Ao menos a Miyuki funciona melhor que a Monika em Doki-Doki, porém continua nem um pouco crível como personagem que quebra a quarta parede.

O jeito que o jogo aborda traição infelizmente também é muito ligado à cultura japonesa e caso tivesse influências mais atuais e de outros locais do mundo talvez fosse melhor explorado e deixasse a personagem da Aoi mais humana.

Enfim, após todos esses comentários, apenas digo que não vale o tempo gasto para mim, mas por ser curto talvez valha a pena dar uma olhada.

Se você tentar refletir sobre, não é inteiramente perda de tempo. Mesmo que o que temos aqui possa melhorar sua vida, não vale o esforço. Que jornada.

É triste chegar ao final e dar só 6 pra essa obra. O bizarro do jogo é muito problemático, há uma quantidade colossal de "tropes" de anime e costumes podres da cultura otaku japonesa nessa obra. Mesmo que o jogo os critique, soa muito hipócrita durante o decorrer da história e realmente me fez detestar as partes do jogo que estão lá apenas para vender o produto para a audiência tóxica que não irá mudar ou receber tais críticas da forma adequada.

A história de background é bastante simples e vários personagens incomodam na história, quase que inteiramente presentes para ter apenas uma característica em sua composição e fazer o roteiro progredir de forma satisfatória, com poucas nuances sob eles.

Dito tudo isso: uma aula filosófica e uma estrutura de jogo fantástica, completamente inventivo e contemplativo. Utiliza de forma máxima o fator denpa ao seu favor e eleva o gênero para perto do seu máximo potencial. Além disso, o autor usa teorias e discussões de autores da filosofia clássica para abordar diversos tópicos durante a obra, e, surpreendentemente, consegue concatenar todos os pontos em algo bonito e inspirador ao fim da trama, ainda deixando um espaço amplo para o pensamento critico do leitor e explora diversas possibilidades em seu grandioso final.

Dizem se tratar de um jogo que divide muito as pessoas: ou você ama ou você odeia. Eu, pessoalmente, amo e odeio.

This game was trash, but I have some fun memories with it.