Undertale é sem dúvida alguma um dos jogos mais peculiares, únicos e geniais já concebidos.

As mecânicas que quebram paradigmas do gênero, o roteiro absurdamente despretensioso que surpreende o tempo inteiro com diálogos cativantes, aconchegantes, divertidos e que não temem em adentrar em temas mais pesados capazes de despertar sentimentos múltiplos no jogador.

Destaque ainda para a belíssima trilha sonora que ultrapassa e muito o conceito de mero acompanhamento, criando momentos especiais, tanto de introspecção e melancolia, como também tranquilidade, motivação e embalo de momentos tanto épicos como tocantes. Uma trilha facilmente figurável no panteão de melhores da mídia dos videogames.

Surpreendente em diversos sentidos, o jogo não tem medo de dialogar com o jogador fazendo extenso uso de metalinguagem e firulas de apresentação para criar momentos extremamente envolventes e marcantes.

Tudo isso com um elenco de personagens cativante não só com personalidades, mas também trejeitos e desenvolvimento encantadores, engenhosamente apresentados com muito humor e extravagância.

É difícil apontar pontos negativos, mas senti que o ritmo do jogo enfrenta alguns momentos mais sonolentos e enfadonhos, além de um sistema de finais que por conta das mecânicas e a metalinguagem pode exigir a odiosa repetição da jornada caso o jogador não se toque, ou não saiba interpretar o direcionamento do jogo (é bastante provável, inclusive) .

Uma obra-prima (pós-)moderna.

Reviewed on Jul 07, 2020


Comments