Panda Punch é o segundo jogo lançado comercialmente pelo desenvolvedor Ninja Rabbit Studios, indie aparentemente russo (eu pesquisei e não consegui confirmar pois o site está fora do ar) e que se define como puzzle-platformer.

Há a presença de uma pequena variedade de inimigos na forma de robôs e alguns animais que não só oferecem ameaças ao jogador, como também podem servir como parte dos quebra-cabeças em virtude de características próprias de cada um.

A qualquer momento o jogador pode sair de uma fase e visitar a oficina do “pai panda” que oferece melhoramentos de dano e vida, além de habilidades especiais conquistadas após vencer alguns desafios específicos.

Em diversos momentos Panda Punch faz um bom trabalho em executar sua proposta com personalidade e bom design. Algumas placas nas primeiras fases sinalizam que há habilidades ainda a se conquistar, uma espécie de prenúncio de que há locais em casa estágio só acessíveis depois de desbloquear certas habilidades.

Isso parece muito com a revisitação tão comum em jogos do tipo “metroivania”, modelo popularizado por Metroid, mas aqui é um pouco menos orgânico, já que todo o jogo é estruturado em fases sequenciais. Para retornar a uma fase, basta voltar ao mapa central, escolher a fase e jogá-la novamente.

Panda Punch faz uma série de escolhas felizes em matéria de fluxo de jogo e design. Todo final de fase leva diretamente para a próxima, além de não haver longos tempos de espera entre uma fase e outra, ou entre uma falha e uma nova tentativa, mas isso não vem sem também uma série de inconveniências e limitações criativas.

Toda vez que você falha em uma fase é por dois motivos: ou você perdeu toda sua vida tomando dano ou caindo em armadilhas ou você inviabilizou o progresso ao cometer um erro de execução de algum quebra-cabeça.

Designers mais experientes conseguem implementar formas de contornar a falha ou de tentar novamente o quebra-cabeça sem precisar reiniciar um estágio. Aqui em Panda Punch alguns erros provocam um “travamento” da fase, onde se torna impossível progredir e você é obrigado a retornar ao último checkpoint via menu.

Além disso, a variedade de inimigos é muito limitada e há uma enorme e cansativa repetição de inimigos, ambientes e também de trilha sonora. Isso, claro, tem o perdão por se tratar de um pequeno título independente feito sem muitos recursos.

Reviewed on Jan 30, 2023


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