Comecei a jogar Trine e tive uma primeira impressão um pouco ruim: umas artes meio cafonas e mal diagramadas, uma introdução bem genérica do mundo onde se ambienta o jogo e uma trilha sonora que você ouviria em qualquer jogo de RPG clássico. Mas aí eu sou jogado no comando da Thief em um jogo de plataforma com texturas de jogo 3D e eu me apaixonei. No início, eu fiquei um pouco intrigado pois eu controlei três personagens diferentes (a Thief, o Wizard e o Knight) e eu fiquei pensando se cada fase seria com um personagem em três histórias distintas. Logo eu descobri que na verdade eu vou controlar OS TRÊS personagens ao MESMO TEMPO. Ou pelo menos, eu posso trocar de personagem instantaneamente a qualquer momento do jogo. Bom, deixe-me explicar.

Na história de Trine, você começa como uma Thief bem safada que achou um objeto mítico. Ao por a mão nele, a ladra fica presa ao artefato. Corta pro Wizard. Você é um mago tentando aprender a lançar bolas de fogo pra impressionar mulheres e acaba encontrando o mesmo objeto. Como a sua curiosidade é maior do que a que matou o gato, você põe sua mãozinha nele. Aquela outra mulher grudada nesse mesmo objeto? Ignore-a. Corta pro Knight: você só sai destruindo tudo e encontra o mesmo objeto. Bom, é isto. Os três estranhos ficam ligados ao artefato e eles se tornam um. Traduzindo pra mecânica do jogo: você pode usar os poderes de qualquer um dos três heróis pra conseguir vencer os quebra-cabeças e inimigos que o jogo lança contra você.

Como eu disse, este é um jogo de plataforma. Portanto, apesar dos belíssimos cenários de fundo, toda a sua concentração vai ficar nos perigos que vem da direita e da esquerda. Além de quebra-cabeças, você também terá que lutar contra hordas de mortos vivos que vão aparecer nos momentos mais inoportunos. Seu objetivo no jogo é achar outros dois artefatos mágicos para que seus três personagens consigam voltar a ser três indivíduos separados.

Os movimentos do jogo são meio bugados às vezes, mas nada que me impediu de prosseguir em qualquer momento. Cada personagem tem habilidades distintas que podem vir a ser úteis pra cada tipo de obstáculo. Além disso, à medida que você sobre de nível, você aprende novas magias e ataques, além de melhorá-los gastando pontos de habilidade como bem entender.

Trine definitivamente não é um jogo difícil. Ele é bem leve no quesito morte, pois ao longo de cada fase há diversos checkpoints. Se todos os seus personagens morrem, você só volta ao último checkpoint. Se você passar por qualquer checkpoint, você ganha uma % de HP e mana de volta e qualquer personagem morto é ressuscitado, sem limites de vezes. Claro, ele tem um modo difícil (e também um modo mais fácil), mas eu recomendo pelo menos jogar no modo regular antes de tentar alguma gracinha desse tipo.

Eu senti um pouco de falta de uma história mais envolvente. É apenas uma trama bem genérica de qualquer RPG que você já jogou. As falas de cada personagem são bem clichês também, cada um deles é o estereótipo da própria classe. Tirando isso, eu achei uma experiência divertida e me deixou curioso pra jogar as continuações.

Reviewed on Nov 27, 2021


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