Fazia tempo que eu não me envolvia tanto com um jogo e que um videogame conseguia capturar tanto assim a minha atenção a ponto de eu, por muitos dias, acordar já com vontade de retornar a ele.

O misto de de ser agradável e desafiador na medida certa contribuiu muito para esse sentimento. Tirando raros momentos (só consigo contar dois, de memória), a dificuldade dele nunca foi um fator determinante, nunca me fez passar raiva ou ficar frustrada, foi sempre ideal para ser divertida e motivadora. Ao mesmo tempo que a música, arte e história contribuíram para ser um jogo aconchegante e gostosinho.

A todo momento você está descobrindo algo novo, uma habilidade, que torna a navegação por esse mundo tão ou mais prazerosa que no primeiro jogo, um inimigo diferente, uma área com um novo visual e uma nova música (aliás, que trilha sonora impecável), ou ainda um personagem coadjuvante novo, que foi uma das novidades dessa sequência.

A adição de side quests e personagens secundários contribuíram para o enriquecimento do mundo e da experiência. Sim, pode-se dizer que elas são rasas, simples, mas mesmo assim foram novidades bem-vindas. O sistema de combate também foi uma melhora significativa em comparação ao primeiro jogo, com uma variedade de armas e poderes para que você escolha a melhor para a situação, ou para o seu gosto pessoal. Ainda é um sistema de combate simples e é provavelmente a parte mais fraca do jogo, mas tudo bem, porque não é o foco.

É, Ori and the Will of the Wisps tem alguns defeitos, mas não acho que eles sejam suficientemente significativos para apagar o brilho desse jogo praticamente perfeito. Na minha opinião é uma aula de como fazer uma sequência, mantendo tudo o que funcionou no primeiro, melhorando o que não era bom e adicionando novas ideias.

É uma experiência que vai ficar comigo por muito tempo e eu sou grata por ter tido a oportunidade de ter jogado e pela felicidade que ele me trouxe, provendo um refúgio, mesmo que temporário, para momentos difíceis.


Reviewed on May 31, 2020


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