moonallie
2023
One Piece Odyssey é carregado de ideias boas, só que executa mal a grande maioria dela durante a maior parte do jogo; apesar de ser cheio de propostas interessantes, principalmente na ideia de trazer uma nova ilha com novos mistérios e de tentar trazer um sistema de combate que apesar de simples tinha bastante potencial pra ser divertido, eu sinto que a maioria das coisas que o jogo tenta não consegue sair do campo de medíocre, isso quando chega lá.
Eu me senti animada quando comecei o jogo, gostei da ideia de ser levada até algo novo pra One Piece, e não só reviver a história de alguns arcos, e como eu disse, a parte em Waford é realmente boa, eu gostei do mistério ao redor da ilha e gostei também dos novos personagens, principalmente da Lim, eu realmente gostei de como ela foi sendo construída ao longo da obra, as interações e relações dela com os outros personagens são bem boas, tanto com os Mugiwara (principalmente de como o que ela sentia sobre eles foi mudando conforme eu jogava) quanto com o Adio, o drama da personagem foi muito bem dosado, os momentos que as cenas focadas nela vinham ficavam em ótimos momentos, alimentando o mistério da obra e também tornando a personagem cada vez mais relacionável, ela foi de longe a melhor coisa do jogo. Agora o Adio... Ele tá longe de ser tão bom quanto a Lim, eu não chego a achar ele de todo ruim, mas nossa, ele é tão pior, a apresentação dele em si já é horrível, e é muito difícil chegar a sentir algo sobre o personagem porque ele é extremamente caricato, as ações dele costumam ser extremamente óbvias, e toda cena que tem ele como único foco (ou o maior) acabam sendo meio repetitivas por conta disso, ao menos as cenas dele com a Lim são muito boas (mais por causa da Lim) e ele no capítulo final conseguiu se tornar um personagem bem melhor, apesar de ainda não chegar a passar de decente. Eu acho que Waford em geral conseguiu ser boa ainda, as partes onde você enfrenta os gigantes elementais são legais por conta de tudo isso do desenvolvimento da Lim com os outros personagens e também por conta das dungeons serem realmente divertidas, elas são bem feitinhas, os puzzles são simples mas são legais, e eles também usaram bem a temática de cada uma. Mas a melhor parte é o capítulo final mesmo, tudo que foi construído durante o jogo conseguiu ser bem usado no final, as cenas em geral foram bem impactantes, uma delas até me surpreendeu bastante, causando uma luta final que conseguiu até ser um pouco épica pra mim.
Pena que sobre quase tudo além disso o jogo não funciona nem um pouco. O jogo parecia que ia se focar nessa nova aventura, mas depois de umas 2 horinhas ele insere as Memoria no jogo, um espaço onde os personagens vão passar por jornadas passadas dentro das memórias deles; e nossa, como o jogo lida mal com isso na maior parte do tempo, ele não tem noção de como fazer aquelas jornadas um pouco mais interessantes. Eu sinto que ao abordar aqueles arcos através de memórias o jogo poderia trazer algo de diferente, talvez acontecimentos diferentes pra alterar um pouco da obra, ou pelo menos diálogos para brincar com o fato dos personagens já terem passado por aquela realidade no tempo do jogo, (Sabiam que até Pokémon Let's Go faz isso?) mas o jogo apostou mais em repetir as coisas da forma mais fiel e desinteressante possível, eu imagino que pra alguém que nunca consumiu One Piece possa ser até que interessante, mas pra mim que li pouco mais da metade da obra acabou sendo bem chatinho, não puramente por repetir a história, (eu amo muitos jogos de Dragon Ball que contam a mesma história, né) mas sim por tudo envolta disso, a questão de serem memórias e o jogo não usar isso pra nada, e também a forma como as coisas acontecem lá.
Pena que sobre quase tudo além disso o jogo não funciona nem um pouco. O jogo parecia que ia se focar nessa nova aventura, mas depois de umas 2 horinhas ele insere as Memoria no jogo, um espaço onde os personagens vão passar por jornadas passadas dentro das memórias deles; e nossa, como o jogo lida mal com isso na maior parte do tempo, ele não tem noção de como fazer aquelas jornadas um pouco mais interessantes. Eu sinto que ao abordar aqueles arcos através de memórias o jogo poderia trazer algo de diferente, talvez acontecimentos diferentes pra alterar um pouco da obra, ou pelo menos diálogos para brincar com o fato dos personagens já terem passado por aquela realidade no tempo do jogo, (Sabiam que até Pokémon Let's Go faz isso?) mas o jogo apostou mais em repetir as coisas da forma mais fiel e desinteressante possível, eu imagino que pra alguém que nunca consumiu One Piece possa ser até que interessante, mas pra mim que li pouco mais da metade da obra acabou sendo bem chatinho, não puramente por repetir a história, (eu amo muitos jogos de Dragon Ball que contam a mesma história, né) mas sim por tudo envolta disso, a questão de serem memórias e o jogo não usar isso pra nada, e também a forma como as coisas acontecem lá.
Principalmente em Alabasta, nossa, foi um arco horrível, é extremamente enrolado, (Curioso que os outros arcos mal passam de 2 horas e meia, e nesse eu demorei 10) tem momentos em que você parece estar fazendo side quest pra progredir a parte principal do jogo, é literalmente parte em que você tem que parar pra pegar um remédio pra um cara aleatório, só que depois de ir até a farmácia eles falam que o remédio não tá mais lá, aí você tem que ir pro outro lugar e depois voltar novamente, isso se repete um tanto nesse arco, momentos que não progridem a história em nada, mas que tão lá pra inflar um pouco mais o tempo do jogo, e não só isso, tem outros desses momentos lá dentro, a parte de ter que entrar em uma memória dentro da própria memória, ter que ficar caminhando no meio de um vasto deserto sem nada de interessante repetidas vezes até liberar a fast travel na reta final do arco. E nem pro final ser um pouco interessante, a forma como a luta contra o Crocodile acontece é horrível, tiraram todo o peso que ela tinha pela forma que escolheram inserir ela lá, foi bem ruinzinho. O arco seguinte, Water 7 ainda sofre disso, mas ao menos eu sinto que eles tentaram um pouquinho mais, pena que não foi lá muito útil, o arco acaba sendo menos pior puramente por ser mais curto mesmo, porque de problemas ele ainda tem bastante, é cheio de momento chato de se passar por, ainda é um tantinho enrolado, mesmo sendo bem mais curto, e também tem uma parte em que você é obrigada a usar o Usopp que nossa, é de dar raiva, porque a gameplay com os personagens além de Luffy, Sanji, Zoro e as vezes Nami (tem o Chopper que é só suporte também) é MUITO pior, eles são visivelmente mais fracos que o resto, mesmo que você use os itens certos, jogar com eles ainda é horrível. Ao menos eu posso dizer que Marineford foi incrível no jogo, o jogo finalmente soube fazer o que fazer com as Memorias, as coisas finalmente mudaram, os personagens faziam coisas diferentes e que eram relevantes para aquela parte do jogo, e eles usaram as dores dos personagens sobre os acontecimentos daquele arco muito bem, foi realmente bom, nem parecia o mesmo arco, pena que só durou 30 minutos. Dressrossa também é um pouquinho melhor, principalmente na batalha final contra o Doflamingo, sinto que depois de 13 horas de jogo eles finalmente conseguiram fazer algo de bom com as ideias, pena que isso não chega a fazer valer a pena passar por toda aquela parte horrível até chegar aqui.
Uma coisa que eu definitivamente queria achar melhor é o combate do jogo, além do pedra papel tesoura normal, o jogo tem a ideia de separar os inimigos em grupos que vão estar em diferentes núcleos da batalha, e teoricamente você teria que agir de acordo com isso, deixando o jogo um pouquinho mais complexo, visto que você teria que pensar em como dar dano nos inimigos sem deixar uma parte livre, mas é, isso fica só na teoria mesmo, porque geralmente os inimigos aleatórios que você encontra só são fracos ao ponto em que você pode passar deles apertando só um botão e não pensando em nada do que você faz, ignorando totalmente as mecânicas do jogo. Já os inimigos principais, como os chefes dos arcos são fortes ao ponto em que não importa muito o que você faça, não adianta tentar enfrentar eles de uma forma mais estratégica, você ganha deles abusando de item, do Chopper curando a party (única função dele) para dar dano com Luffy, Sanji e Zoro, que como eu disse um pouco acima, são realmente as únicas fonte de dano do jogo; já que além do péssimo balanceamento perante os inimigos, ele também é porcamente balanceado entre sua própria party, é num ponto em que mesmo que os outros personagens estejam perfeitos eles NUNCA vão dar 10% do dano que os outros 3 dão; a Robin, eu só usei pra reviver personagem quando precisava, porque ela era completamente inútil pra gameplay, a Nami só era útil porque era a única personagem com global antes de Dressrossa, mas ela era tão papel e dava tão pouco dano que ela só era útil pra limpar cenário de inimigo fraco, o Franky também não parecia dar dano, muito menos o Usopp, que só serve pra aplicar debuff, o que nunca me pareceu ser útil no jogo, porque mesmo quando os personagens tomam ele, parece que nada muda, ainda tem o Brock, só que ele foi inserido muito depois no jogo, então eu acabei usando ele só em 2 batalhas, nessas duas ele também pareceu pior que os outros e por isso eu tive zero vontade de usar ele um pouco mais.
Inclusive, eu acho a forma como os personagens são inseridos no jogo bem ruinzinha, eles geralmente entram em batalhas, sem que você tenha a chance de equipar eles antes, e o jogo é MUITO dependente de item, você não consegue passar por ele sem ter os personagens equipados, os status base não são suficiente pra lidar com os inimigos depois que você passa do início do jogo, se você não usar nada, os personagens vão ter pouco HP, pouca defesa, pouco ataque, fazendo com que eles sejam realmente inúteis, e por isso os personagens quando são inseridos são realmente como se fossem um a menos, como eu teria vontade de usa-los depois de uma primeira impressão tão ruim?
Inclusive, eu acho a forma como os personagens são inseridos no jogo bem ruinzinha, eles geralmente entram em batalhas, sem que você tenha a chance de equipar eles antes, e o jogo é MUITO dependente de item, você não consegue passar por ele sem ter os personagens equipados, os status base não são suficiente pra lidar com os inimigos depois que você passa do início do jogo, se você não usar nada, os personagens vão ter pouco HP, pouca defesa, pouco ataque, fazendo com que eles sejam realmente inúteis, e por isso os personagens quando são inseridos são realmente como se fossem um a menos, como eu teria vontade de usa-los depois de uma primeira impressão tão ruim?
Eu sinto que a grande parte do jogo foi bem ruim, mesmo tendo potencial pra ser bom, é como eu disse, a ideia das memórias poderia ser bem utilizada, mas eles desperdiçam elas por 80% do jogo só repetindo arcos com absoluta zero diferença entre o original e essa versão onde os personagens já passaram pelos acontecimentos. O combate tem boas ideias mas é extremamente maçante visto que ele não traz nenhum desafio, nem algo além disso que o torne divertido, como um peso nas batalhas, ou algo mais visualmente incrível pra tornar ele mais interessante, as animações as vezes são meio estranhas, e quando não são, você só repete tanto elas que acaba enjoando, o combate do jogo não consegue ser bom em nada do que tenta. Já o uso dos personagens enquanto você explora o mundo também passa longe de ser bom, a troca entre eles é extremamente lenta, além de que você só precisa usar dois dos personagens entre os 9, o Luffy pra se mover e o Chopper pra passar pelos espaços pequenos, se era pra se ter alguma diferença entre cada personagem, que pelo menos criassem ela entre todos eles, fazendo com que você tenha um motivo pra usar cada um em alguns momentos, o que o jogo não me dá. Eu realmente sinto que eu só tenho a elogiar poucos momentos nesse jogo, ao menos, é muito a se elogiar, a história de Waford é realmente divertida de se acompanhar, os personagens novos são bons e Marineford foi um momento incrível durante o jogo, só que essas coisas, apesar de serem realmente boas, tão longe de fazer valer a pena o resto do jogo, você gasta muito mais tempo passando pelos momentos do jogo que variam entre ruim e medíocre do que por esses bons. Eu realmente queria gostar mais dessa odisseia, mas sinto que One Piece Odyssey passa longe de ser um jogo recomendável.
Esse texto reflete apenas a minha opinião, é algo subjetivo, eu não tenho a verdade absoluta. Peço desculpas por qualquer erro, espero que tenham gostado, e muito obrigada por lerem <3. Se discordarem, concordarem, ou quiserem falar algo, sintam-se livre pra usar os comentários, vou ler todos!
Esse texto reflete apenas a minha opinião, é algo subjetivo, eu não tenho a verdade absoluta. Peço desculpas por qualquer erro, espero que tenham gostado, e muito obrigada por lerem <3. Se discordarem, concordarem, ou quiserem falar algo, sintam-se livre pra usar os comentários, vou ler todos!
Dragon Ball Dragon Daihikyou se propõe a contar a história do primeiro arco de Dragon Ball, a primeira busca pelas esferas do Dragão, mas como a maioria dos jogos dessa época, pouco se espera sobre a história disso, ela só é contada no manual e é assumivel vendo o conteúdo que tem o jogo. De coisas interessantes, ao menos posso dizer que esse é o primeiro jogo da história da franquia, curiosamente o único jogo japones a não ser produzido pela Bandai também.
Mas, é, ainda assim eu só tenho a dizer que o jogo é horrível, mesmo em 1986 já se tinham jogos mais interessantes que eram capazes de fazer bem mais do que 7 fases iguais onde cada uma duram 10 minutos; mas que não se contentando a ser um loop MUITO repetitivo, ainda é necessário se lidar com uma gameplay horrível, ela é travada, lenta, absolutamente infuncional, tanto nos momentos em que você está no modo Shoot'em up quanto nas poucas vezes em que você enfrenta o Mestre Kame em um mini-game de luta. É triste dizer que a gameplay ainda soa injusta, por conta do quão mal feita ela consegue ser mesmo sendo extremamente simples, quantas vezes eu vi meu Kamehameha pegar em alguém e esse alguém não ser derrotado porque acharam uma grande ideia dar uma propriedade de "Aerial Attack" ou "Ground Attack" para o ataque do Goku, e deus, como essa mecânica é desnecessária, o jogo já é difícil o bastante, mais que o padrão pra época inclusive, e mesmo assim eles decidiram por botar isso no jogo, é estranho, e mesmo jogando o jogo 2 vezes completas, eu ainda não vi o ground attack pegar em sequer um inimigo; isso sem contar a bizarrarissima hitbox do bastão mágico, vezes e vezes que ele não pegava mesmo claramente colidindo de frente com o inimigo, mas quando eu batia pelos lados, mesmo estando longe, eu sempre conseguia (melhor jeito de zerar, inclusive).
Ao menos os inimigos se movem de forma diferente, como os foguetes que descem e depois sobem na sua direção, ou os cogumelos que vão flutuando pra um lado e pro outro, isso além dos inimigos maiores que são os reais oponentes do Goku que vão atirando diferentes obstáculos em você, ainda assim, mesmo essa "variação na movimentação" não salva eles de serem horríveis. Eles soam exaustivos, se repetem demais a cada fase, já que cada uma é extremamente extensa e costuma a apresentar uma variedade de apenas 2 ou três deles, rapidamente você se cansa do desafio que elas te dão e passa a se entediar com o jogo, várias vezes me peguei pensando "Meu deus, quando isso vai acabar?" só ansiando pelo fim de cada fase; finais de fases que são (como o próprio manual diz) fortalezas extremamente decepcionantes, eu preciso pegar as esferas do dragão e o jeito de conseguir isso é ficar quebrando casinha enquanto mato os minions mais aleatórios, sequer os vilões da franquia são, é real ficar desviando de faquinha no ar enquanto destrói casinha, e isso é tão frustrante, você já fez isso por uma fase inteira e agora tem que fazer mais ainda; seria muito mais interessante caso o boss final fossem os inimigos do Goku, mesmo que eles sejam só minions que demoram mais hits pra morrer e fiquem atirando coisinha, só a presença lá já tornaria um pouquinho melhor o quão ruim isso é, mesmo que ainda fosse ficar horrível.
A única coisa que eu poderia falar do jogo que fica perto de ser algo positivo é como eles conseguiram construir até que bem o trecho da abertura de Dragon Ball durante a fase, eu amo a abertura, então ouvir durante os primeiros 2 minutos de jogo foi até que legal, pena que essa é a única coisa que toca de música no jogo, e é um loop de 20 segundos que vai tocar em toda santa fase por toda a extensão dela, não é tão ofensivo quanto Sonic Eraser era aos meus ouvidos, mas ainda assim era bem irritante, eu realmente só queria colocar o jogo no mudo enquanto jogava ele, mas infelizmente não podia.
É triste que esse jogo seja tão... absolutamente detestável, eu sinto que o primeiro jogo de Dragon Ball merecia algo a mais que isso, merecia algo melhor, ou algo que fosse ao menos jogável; o pior é que ainda dá pra ver pela caixa do jogo e manuais que pode ter tido um pouco de cuidado com o jogo, e eu sinto muito que isso não tenha sido o suficiente pra salvar a tenebrosa experiência que consumir esse jogo foi, eu realmente queria que o primeiro jogo da história de Dragon Ball fosse melhor.
Esse texto reflete apenas a minha opinião, é algo subjetivo, eu não tenho a verdade absoluta. Peço desculpas por qualquer erro, espero que tenham gostado, e muito obrigada por lerem <3. Se discordarem, concordarem, ou quiserem falar algo, sintam-se livre pra usar os comentários, vou ler todos!
2022
Citizen Sleeper é um jogo narrativo (80% do jogo é texto) que se passa em um futuro distópico, um que me lembra bastante de Blade Runner, mas dessa vez você está na posição de replicante, (Aqui um Sleeper) uma consciência vendida ou criada para que "você’' se torne uma máquina a ser explorada com um (proposital) tempo de vida limitado.
Definitivamente esse não é um jogo pra todo mundo, é algo bem nichado e que muitas pessoas podem ter dificuldades em consumir, seja por conta do estilo de sua narrativa (Eu tive um pouco com essa) ou por encontrar barreiras ideológicas com a história anti-capitalista do jogo; por isso não sei se recomendaria o jogo pra todo mundo, mas caso não tenha jogado e se interessar pelo que eu falar a seguir, eu recomendo bastante testar o jogo, pode terminar sendo uma ótima experiência.
Definitivamente esse não é um jogo pra todo mundo, é algo bem nichado e que muitas pessoas podem ter dificuldades em consumir, seja por conta do estilo de sua narrativa (Eu tive um pouco com essa) ou por encontrar barreiras ideológicas com a história anti-capitalista do jogo; por isso não sei se recomendaria o jogo pra todo mundo, mas caso não tenha jogado e se interessar pelo que eu falar a seguir, eu recomendo bastante testar o jogo, pode terminar sendo uma ótima experiência.
Essa posição anti-capitalista é assumida desde o primeiro minuto de jogo, a sua própria posição no jogo traz um pouco disso, já que ao ver o mundo como aquele que é explorado é difícil não pensar sobre o quão cruel sua existência pode ser; além de demonstrar todas as consequências que aquele sistema causou pra aquele mundo, um mundo distópico que soa bastante crível, afinal, temos até mesmo um bilionário que acha mais válido colonizar marte do que cuidar do seu próprio planeta.
Algo que eu enxergo bastante mérito, inclusive, é a forma bastante natural como o jogo apresenta sua ideia, não é como se ele te obrigasse a pensar daquele jeito, ou ficasse jogando na sua cara um diálogo sobre como o capitalismo é ruim; é só que é difícil jogar não pensar no quão cruel é aquele sistema conforme você vai jogando, um onde sua única fonte de comida é paga, onde o remédio que você usa pra se manter viva custa mais que dias e dias de trabalho, onde pra se ter um lugar básico pra dormir é preciso pagar diariamente um absurdo. É difícil conversar com cada personagem e não sentir tristeza perante suas situações, a de um pai solteiro que sequer tem tempo pra passar com sua filha, de um revolucionário claramente habilidoso que nunca vai ser aceito pelo sistema e vive “escondido” por isso, de uma médica que desapareceu após te ajudar ou de muitos outros que ali vivem.
Algo que eu enxergo bastante mérito, inclusive, é a forma bastante natural como o jogo apresenta sua ideia, não é como se ele te obrigasse a pensar daquele jeito, ou ficasse jogando na sua cara um diálogo sobre como o capitalismo é ruim; é só que é difícil jogar não pensar no quão cruel é aquele sistema conforme você vai jogando, um onde sua única fonte de comida é paga, onde o remédio que você usa pra se manter viva custa mais que dias e dias de trabalho, onde pra se ter um lugar básico pra dormir é preciso pagar diariamente um absurdo. É difícil conversar com cada personagem e não sentir tristeza perante suas situações, a de um pai solteiro que sequer tem tempo pra passar com sua filha, de um revolucionário claramente habilidoso que nunca vai ser aceito pelo sistema e vive “escondido” por isso, de uma médica que desapareceu após te ajudar ou de muitos outros que ali vivem.
Cada um desses personagem é tão vivo, são tantas pessoas com desejos diferentes, com gostos diferentes, com desejos e objetivos tão distintos, as vezes grandes como poder ir pra outro planeta em busca de uma vida melhor, ou as vezes desejos pequenos como simplesmente cozinhar um cogumelo, e por mais irreal que cada uma dessas coisas possa parecer, por mais difícil que seja conseguir isso, ainda existe aquela esperança que move cada um deles, esperança que dá força de não desistir e somente se render a toda aquela triste realidade; e que decisão boa que foi fazer isso, deixou cada conversa com eles bem mais profunda, eles não só cascas vazias que servem somente pra sofrer e mostrar o quão triste aquilo é, eles são humanos, humanos tão frágeis e tão fortes ao mesmo tempo; eu amei meu tempo com eles, cada conversa que eu tive conhecendo mais sobre ou vendo seu progresso, eu amei tudo isso.
Mas por mais que eu ame muito a parte textual do jogo, eu ainda tive algumas dificuldades com ela. É difícil pra mim imaginar tantos cenários, expressões, sons, situações; os personagens, por exemplo, só tem um único desenho, nenhuma variação de pose, expressão ou qualquer coisa do tipo, e pra isso tudo vai depender de você, ele não usa muito a parte do audiovisual, sabe. Tomar ações como usar um objeto pra algo e sequer ver uma PNG daquele objeto, não ouvir o que você faz ou qualquer coisa do tipo é algo que me incomodou bastante. Óbvio, não é algo que vai atingir tantas pessoas, mas não ter resposta visual ou sonora pode ser bastante complicado pra algumas pessoas, como as vezes foi pra mim, muitas vezes eu tive que parar pra conseguir voltar a jogar. Não sei se é uma escolha ou uma limitação, mas foi algo bem triste pra mim.
O jogo também pode perder o rumo do seu ciclo de gameplay conforme o tempo passa; todo dia você rola 1-5 dados com números de 1 a 6 (a quantidade depende do estado do seu corpo) e o valor depende do quão descansado você estque você vai usar pra trabalhar ou fazer ações específicas, geralmente cada espaço tem duas, que representam diferentes riscos, vantagens e que também são influenciados pela sua habilidade naquele tipo de ação é algo bem simples, mas que diverte bastante por um tempo, e pro curto tempo de duração do jogo, parecia uma ótima ideia. O único problema é que dependendo da forma que você joga, lá pra metade do segundo ato do jogo você simplesmente não precisa mais fazer nada porque já está com dinheiro suficiente pra sobreviver por um bom tempo, mesmo gastando com tanta coisa, você consegue juntar tanto que parece irrelevante, o jogo perde muito a sensação de luta por sobrevivência que ele tinha, e essa sensação de precisar de tanto dinheiro ajudava tanto narrativamente quanto construía um clima de urgência que fazia o jogo se tornar menos tedioso, perder isso atrapalha bastante na experiência, nos últimos dias mesmo eu já sentia que não tinha nada pra fazer, sentia que os dias que se passavam eram inúteis e eu só tava esperando até chegar no fim do jogo. É bem situacional isso, inclusive, pelo que eu vi em twitter, steam e etc, muita gente achou o jogo até mesmo desafiador.
Mas ao final do jogo, esse problema que eu tive com texto as vezes, e também a questão da gameplay ter se tornado pouco importou. O final que eu vi (A Long Journey to a Small Unknow Planet) foi tão bom que eu pude ignorar todos os problemas que eu enfrentei nesse terceiro ato do jogo, foi uma ótima finalização pra uma curta porém linda jornada; o monologo da protagonista é minha parte favorita dele, são ótimas respostas pra como se sentir sobre a sua existência como um Sleeper e a mensagem carregou tão bem o sentimento de esperança que eu senti que o jogo queria me passar enquanto eu jogava, por mais que o jogo tenha acabado ali, tudo que eu senti “sempre vai estar ali.”
Esse texto reflete apenas a minha opinião, é algo subjetivo, eu não tenho a verdade absoluta. Peço desculpas por qualquer erro, espero que tenham gostado, e muito obrigada por lerem <3. Se discordarem, concordarem, ou quiserem falar algo, sintam-se livre pra usar os comentários, vou ler todos!
2022
Adoraria jogar mais, só que a paleta de cores é muito, mas MUITO merda, tudo é cinzento demais e atrapalha minha visão e leitura dos inimigos em muitos momentos, isso junto a eles serem pequenos demais ocasionaram diversos momentos em que eu me sentia frustada e acabar não me divertindo muito com o jogo, eu não pretendo droppar o jogo, mas devo jogar ele de forma muito lenta e com várias pausas porque realmente não tem me agradado; espero felizmente por melhora, porque a movimentação do jogo e também as animações da personagem são bem bonitas. Eu entendo as cores mais cinzentas serem a proposta do jogo pra representar um ambiente mais caótico, sem alma e vida, mas falta um trabalho um pouco melhor com as tonalidades aqui, é algo infeliz, mas que atrapalhou bastante minha experiência até então.
2022
Eu geralmente dou 1-2 horas de chance pra um jogo me fazer decidir se eu vou com ele até o final ou não, geralmente mesmo que eu não goste desse início de jogo, por vezes eu resolvo jogar mais por ver esperança de melhora, ou alguma recomendação e as vezes uma vontade estranha de ir até o final pra poder opinar sobre o jogo inteiro. Mas honestamente, depois de 2 horas disso aqui, eu não vejo nenhum motivo pra continuar, o jogo é uma completa bagunça, é difícil até mesmo de definir o que ele é ou o que ele quer ser, já que ele parece querer ser um ARPG e um jogo de sobrevivência junto com alguns outros pontos quebrados de outros gêneros, isso não é um problema por si só, o que torna isso um problema é que o jogo falha em todos eles. E eu também não consigo enxergar melhora porque o sistema e a principal mecânica do jogo te obriga um ciclo que é extremamente tedioso e isso estraga tudo que o jogo possa tentar fazer.
O início do jogo já desperta um desinteresse tão grande, você é jogada no mundo e o protagonista tem um monologo onde ele literalmente fala como ele é uma pessoa fria e que só liga pros seus objetivos, e conforme você joga um pouquinho e começa a ter as primeiras interações dele com outros personagens isso só se intensifica, você nota que ele só vai ser mais um daqueles personagens que tem uma total falta de expressividade, zero traços de personalidade e junto com isso uma apatia incomum sobre tudo que não é seu próprio objetivo, e cara, como isso irrita, tipo, eu não entendo, se no final meu personagem vai ser só uma casca vazia com zero personalidade, zero carisma, zero expressividade e zero motivo pra isso, qual o ponto dele ser algo construído e que tentam dar foco no jogo, ver ele falando com o Verten ou com o doutor lá só é desgosto, parece que eles tão tendo um monologo porque no final tudo que meu personagem vai responder é simplesmente um "Não me chame de amigo, eu só quero fazer meu trabalho." ou um "Eu nasci assim e eu preciso comer, não preciso de você" só me traz profundo desgosto e falta de vontade em acompanhar a jornada do jogo já que aparentemente ele é um dos focos na progressão do jogo.
Mas bom, no final é um jogo, a opção de ignorar totalmente a história dele, skippar todos os diálogos e as cutscenes eu tenho, mas mesmo se eu fizesse isso tudo continuaria horrível, já que o maior problema aqui de longe é a barra de estamina que serve para limitar as suas ações dentro de combate, seja bater, rolar ou se defender, e isso ser divertido num jogo quando bem implementado, mas o problema disso nesse jogo são dois, o primeiro deles é que ele é um jogo onde você enfrenta um grupo de vários inimigos de uma vez só e eles precisam de MUITOS hits (no inicio do jogo chegam a ser mais de 8) para morrer e isso quando junto com o segundo problema desse sistema, torna o funcionamento do jogo tenebroso. Inclusive, explicando esse segundo problema, a questão é que a forma como a barra de energia funciona não é o normal, de ser algo que vai se restaurando com o tempo pra você poder realizar mais ações, ela se gasta permanentemente até ela acabar e você morrer por isso, se as coisas gastassem pouca energia e você tivesse que lidar com isso como um recurso até que poderia ser interessante, mas o problema é que não é assim, tudo no jogo gasta MUITA energia, ao ponto em que no simples ato de andar da sua casa até a cidade onde você vai pegar as quests, sua energia já caiu pela metade. E aí fazendo a missão e ao terminar sua energia já foi embora por inteiro, e isso te obriga a voltar pra sua casa e dormir pra recuperar a energia; isso causa um ciclo de gameplay horrível e muito irritante, já que você sempre ter que ficar indo do ponto A ao ponto B e depois voltando, e como esses dois pontos são bem longe um do outro a tarefa de fazer isso se torna exaustiva e chata ao extremo.
Mas aí sei lá, você pode lendo isso pode pensar algo do tipo: "Ah, mas você disse que é só dormir que você regenera tudo, então não deve ser tão ruim assim". E é, eu adoraria que não fosse tão ruim assim, o que me impede é o fato de que pra você se regenerar completamente você precisa ter seus status de fome e sede 100% saciados, e caso não estejam você vai se recuperar apenas a metade ou até mesmo 1/4 do que recuperaria. Só que, pô, é só manter a fome e a sede cheias então, mas aí o problema é que qualquer forma de pegar recurso, seja ele comida ou água ou até mesmo coisas aleatórias do chão TAMBÉM GASTA ENERGIA e na exata mesma quantidade que as ações de combate gastam. Então junta aquele problema que eu falei de tudo gastar energia demais ao fato do jogo praticamente te obrigar a cuidar de uma horda pra poder lidar com a sua fome de uma forma minimamente consistente, e cuidar dessa horta regando ela (que é algo diário) já consome 1/3 da energia que você vai ter pro dia, e aí junta isso ao fato de você ter que ir buscar água, o que também gasta energia e só imagina o quão problemático deve ser. Isso é honestamente a coisa que mais me tirou do jogo, tinha momento em que meu dia completo só podia ser cuidar da horta e dormir porque eu não teria energia o bastante pra nada além disso, é patético, chega a ser risível de tão ruim que é.
Mas quem me dera eu só tivesse que lidar com isso, eu tenho que lidar com os terríveis diálogos do jogo que tiram completamente a sua imersão por serem absolutamente ilógicos, como no início do jogo em que no lugar de ter uma tela de tutorial você tem um personagem aparentemente importante pro desenvolver da história que te conta sobre como funciona os menus e o sistema de energia do jogo, e ele fala isso como se ele soubesse de como é a sua visão como jogador, tipo, ele literalmente fala "Sabe aquela barra azul no canto superior da sua tela? Então, isso é sua energia", e ler isso vindo de um personagem e não de uma tela de tutorial qualquer é algo que faz total zero sentido, tipo, eu não sei explicar direito, mas é algo que quando eu li eu sai completamente do jogo, eu perdi total a imersão que o jogo tentava me fazer ter; e olha, não é como se esse jogo fosse interessante o suficiente pra conseguir, mas isso piorou minha relação com ele consideravelmente.
Tipo, eu sinto que mesmo se depois o jogo me apresente a coisa mais genial do mundo, tudo que eu passaria pra chegar lá tendo que lidar com um protagonista que tem absolutamente zero traços de personalidade e parece ser só uma casca vazia que me irrita profundamente; com um combate extremamente irritante do jogo que eu honestamente sequer tenho vontade de falar sobre porque o que eu iria falar além de "Parece que eu só tenho que ficar apertando o botão de ataque repetidas vezes pra ver a mesma animação de golpe"; com uma bagunça de gêneros e mecânicas de gameplay que tem zero sinergia uma com a outra; com um mundo que tem zero identidade própria tanto em inimigos quando no visual (e o jogo tenta muito ter isso); com um bando de diálogos sem graça e que só servem pra tirar todo o meu interesse, imersão ou capacidade de me importar com qualquer personagem do jogo e PRINCIPALMENTE com um sistema de estamina horrível e que é repetitivo a exaustão. Mesmo se o jogo se tornasse a coisa mais genial do mundo nas suas últimas duas ou três horas, ainda não valeria a pena por tudo que eu teria que passar até lá. Deadcraft é facilmente um dos piores lançamentos do ano até então (31/05), competindo seriamente pra ser o pior pela quantidade absurda de problemas e absoluta falta de qualidades que esse jogo tem (Sério, eu acho que eu não consigo apontar sequer uma coisa que tenha sido decente pra mim aqui). Honestamente ele só não conseguiu ser o pior porque entre os 53 jogos que eu joguei e foram lançados em 2022 até então Mineirinho 2 tá no meio.
2022
É razoável, só é... Simples demais, jogando uma partida inteira tudo pareceu muito repetitivo, poucas coisas mudavam de fato, suas relações não influenciam em quase nada, geralmente você se prende num ciclo de só ficar se defendendo e depois conquistando uma cidade, o quanto você espera e o tempo que passa não parece mudar em nada fora o quanto você gera, não é como se você tivesse bônus, real progresso ou até mesmo uma sensação de evolução, já que tudo é visualmente idêntico. MAAAAAAAAS, sendo Early Access eu acho que tem potencial, porque a quantidade de recursos limitadas que você tem é de longe a parte mais divertida do jogo, jogar encima disso é bacana.
2022
I never played a kart racing so bad like this shit. The race last for literally 1:30 in the longest road you have in the game, 3 laps, 1:30, if you got one lucky item you insta-win cause people have no time to reach you. Talking about the itens, they're awful, too long range or too big area that make them almost impossible and just frustating to get hit by. I could spend so much time saying why I hate this game, but honestly, I don't think this shit even worth my time. Peasle, don't touch it
2022
I don't have enough patience to deal with unfair positioniting, unfair jumps and absolutely zero inert in any move the character does. Funny in the start, close to end game just turns into something unfair and frustating as fuck. "hey, let's go to Old-School", you're on 21th century games were you spend 10 mins to die in an very unfair jump and you need to redo the last 10 mins are just not welcome for me.
vai se fuder n quero ficar 20 horas farmando pra ter um deck decente e ganhar 3 duelos sem depender de sorte
1991
Bom, continuando minha jornada de escrever uma reviewzinha pra cada jogo de Sonic que eu jogar, aqui vai mais um, e dessa vez de um jogo que, apesar de achar muito, e muito melhor do que Sonic 1 para Mega, ainda tenho uns (apesar não muitos) incômodos pra pontuar.
De início, o downgrade que de ir pra um console com muito menos potencial se mostra, muito, mesmo, você já recebe um aviso de que você não vai ter loops ou momentos com umas animações fudidamente boas, mas eu, nem de longe, acho isso um problema, se eu pudesse trocar todos os loops, todos os momentos de entrar em "canos" no Sonic1G eu trocaria todos eles por um level design com muito mais personalidade como o que há nesse jogo aqui. Eu acho as fases desse jogo, geralmente tão, mas tão melhores que as fases de mega, tanto as novas, quanto as que são adaptações, acho que a única exceção pra isso é a Green Hill, que apesar de eu gostar aqui, acho a versão de mega melhor.
Aproveitando o gatilho de Green Hill, eu acho que a única coisa que ela peca é que ela parece muito, mas muito básica, não num sentido bom, você não sente muito aquela fase como algo espetacular, como sentia no Mega, e o segundo ato tem algo que me incomoda muito, que é aquela parte que você vai na caverninha, a física do Sonic dentro da água nesse jogo é muito, mas muito ruim, ele não parece só mais lento, ele parece ter uma calça jeans molhada e uma perna quebrada de tão lento que ele parece, é incomodo, te da uma agonia de "Eu quero ir mais rápido, eu quero ir mais rápido" e isso é algo que, infelizmente é muito sentido em algumas fases, não pelo jogador, mas pela forma como ela é concebida.
Por exemplo, Bridge Zone, o mesmo problema, amo o visual da fase, uma fase de ponte em Sonic é algo diferentinho e até que bem bacana, o desafio dos diversos pulos que você tem que fazer, e também as coisinhas que você tem que ir um pouco mais longe pra pegar, são coisas legais, principalmente na versão de Game Gear (E sim, eu vou falar das duas aqui, pq não tem conteúdo o suficiente pra separar), eu prefiro a forma da fase no GG, parece menos reta e um pouco mais diagonal, isso me agrada, de alguma forma faz parecer mais fluído e agradável, difícil de explicar o porque, só um feeling meu, mesmo. Mas eu tenho um problema MUITO grande com o ato 2 dessa zona, não é com o level design dela, mas sim com o fato deles terem decidido torna-la uma fase side-scroller em SONIC, apesar de ser uma fase curta (tem 1 minuto e pouco), é muito agoniante ficar naquilo de querer ir rápido mas ter o jogo te impedindo, então mesmo com o design bacana dela, isso incomoda bastante, apesar de que não estraga a fase, muito menos a zona num geral, eu ainda acho Bridge Zone super divertida e uma das melhores zonas no jogo, mas é algo que poderia ser bem melhor e que tira um pouco do jogo.
Bom, olhando pelo lado bom, a próxima é a jungle zone e deus, eu AMO essa fase, tudo nela encaixa tão bem, subir e descer pelas vinhas é visualmente super agradável, os saltos entre madeiras caindo de uma cachoeira, os lagos com piranhas, eu acho que se tivesse mais poder de hardware, eles até botariam partes onde você tem que se balançar, já que eu enxergo essa premissa em algumas plataformas voadoras que tem aqui. Enfim, o que mais me agrada nessa fase é que tudo parece se encaixar tão bem que torna ela super divertida de passar, seja indo o mais rápido possível, dando saltos exatos ou explorando um pouco essa selva pra achar uma esmeralda ou algo do tipo, é super legal. E a subida na cachoeira do ato 2 é super divertida, e desafiadora de uma forma agradável, também.
Agora Labyrinth Zone tem uma coisa bem interessante, ela é uma fase completamente diferente em cada versão dos jogos, ambas partilham das mesmas qualidades e dos mesmos problemas, estranhamente, apesar de eu gostar do design delas, achar o fator labirinto super bem explorado, eu tenho um problema tão grande com a velocidade dessa fase, porque como eu disse mais cedo, meu deus do céu, a velocidade do Sonic embaixo d'água é terrível, ele não parece mais lento de uma forma natural e como algo submerso pareceria, ele parece mais lerdo de uma forma tão desagradável, não natural e tão absurda que tira toda a graça que essas fases poderiam ter, elas são facilmente o que eu menos gosto em ambas as versões, porque passar por elas é tão irritante, é tão irritante esperar 10 segundos pra andar uma linha reta ou 3 pra dar um pulo, é tão desgostoso e absurdo esse slow que o Sonic recebe embaixo d'água que ele é capaz de tirar COMPLETAMENTE qualquer valência que essas fases poderiam ter.
E sobre Scrap brain. eu tenho surpreendentemente pouco a falar, eu gosto do que tem no segundo ato dela, acho o primeiro ato rápido até demais, mas o terceiro ato dela, a falta de um boss e um simples labirinto é algo tão ruim pra ela, falta muito senso de urgência nessa fase, tipo, qual o perigo dela? Você tá cheio de aneis, quase não tem inimigos, não tem um timer contra você, a corrida pra chegar no Robotnik não parece crível o bastante, parece simples demais pra algo que é está literalmente um level antes da fase final. Apesar de não gostar da fase no Mega ser um ato 4 de Labyrinth Zone, até aquilo consegue ser melhor que um labirinto que você pode passar em 20 segundos e tem um tempo total de 9 minutos pra descobrir o caminho, a simplicidade dele é tão desagradável, a falta de urgência da fase é um problema tão grande pra climatização do jogo, pelo menos o ato 2 salva bastante, já que apesar de algo que eu sequer consigo considerar puzzle, e sim só um caminho um pouco mais complicado, eu até que gosto daquilo, não é algo wooow, mas é bacana, também tem a exploraçãozinha a mais que você tem que fazer pela esmeralda e pela vida da fase que torna ela um tanto mais bacana também; mas no geral, ééééé, eu não gosto de Scrap Brain aqui.
Mas pelo menos, puta que pariu, eu amo Sky Base, o primeiro ato é incrível, a tempestade junto com as armadilhas que se comunicam com o cenário como se fossem trovoadas é algo tão incrível, e além de incrível super difícil, já que a fase é cheia de armadilhas, pulos que não são os mais fáceis de se fazer, mas ela consegue fazer isso numa medida muito boa, nunca parece injusto, nunca parece culpa do jogo, geralmente o que acontece aqui costuma ser culpa sua, e é uma culpa que talvez numa primeira vez jogando você vá sentir bastante, asdoashdasi, pelo menos se for ruim em plataformers, como eu sou. Mas se tem uma coisa que me agrada aqui é como ela parece muito uma fase final, o ultimo momento antes de se enfrentar o maior perigo, diferente de uma Labyrinth Zone Act 4 como é na versão de mega, aqui é uma subida super perigosa e cheia de armas (apesar de nenhum badnik) pra base do Robotinik que passa um clima bacana.
Ainda sobre as fases, eu amo como aqui elas parecem prosseguir de uma forma muito melhor que as fases de Mega, elas parecem se ligar e é super bacana isso, de uma planice você vai pra uma ponte que se liga com uma floresta, que no final vai te jogar pra uma ruina antiga até você finalmente chegar na fábrica do seu inimigo que no final vai te levar pra uma plataforma pra subir no seu dirigivel, é algo que funciona super bem e dá um senso de progressão na aventura super legal, diferente do que é ir de uma planice pra um templo, e daí pra uma cidade (?). Ou ir de uma fábrica que vai te levar pra um lugar cheio de água e te jogar de novo pra mesma fábrica. E sim, eu to comparando com Sonic 1 pra mega pq, po, é tipo, um "porte", querendo ou não.
Ah, e outra coisa que me agrada MUITO, nesse jogo é a estrutura dele, no lugar de 3 longos atos, 2 atos e uma fase que é exclusivamente um boss, simples, sim, mas muito melhor que a estrutura do mega que tornava as zonas algo longo demais, por vezes. Inclusive, falando nos boss, eu gosto de alguns deles, desgosto de outros, como eu disse antes, o "boss" de Scrap Brain é terrível, mas o boss da Jungle Zone é super divertido, acho que o maior problema com eles é que dependendo da versão que você tá jogando, eles são fáceis demais, já que, como a tela do gamegear é menor, é possível se bater no robotinik fora dos momentos que o jogo quer que você acerte ele, fora que mudaram o boss da bridge zone pra algo que é literalmente segurar o direcional pra baixo, não é um grande problema, mas admito que incomodou um pouquinho quando joguei a versão de GG, sorte que isso não acontece no Master, pelo menos.
Enfim, apesar de uns incomodos com Scrap Brain, Bridge Zone Act 2 e Labyrinth Zone, eu não consigo pensar em nada que me faça desgostar desse jogo, e o resto dele é bastante positivo, as fases parecem ter um algo a mais, os elementos delas se misturam muito bem com os cenários das mesmas, a temática delas é super bacana, e como eu disse lá encima, eu amo a progressão nelas. E apesar de não ser um jogo necessariamente rápido por conta de limitações de hardware, ele contorna isso muito bem fazendo as fases serem mais curtas, assim fazendo parecer que você tá sendo rapidinho e não numa velocidade mais lenta, como era de se esperar por conta de limitações.
No final eu sinto que esse jogo era um pouco do que Sonic 1 de Mega era pra ser, uma boa apresentação pra mecânicas de personagem, com fases visualmente interessantes em um level design que mistura ser rápido com ter que ter fazer alguns movimentos mais precisos. Sinto que no final esse era o objetivo da Sega, e honestamente, eu queria muito mesmo que esse jogo, com essas fases tivesse ido pra um hardware melhor, porque eu consigo imaginar o quão legal seria esse jogo com cipós pra se balançar na jungle zone, com uma velocidade melhor embaixo d'água e com as animações incríveis que Sonic 1 tem. Como acho que deu pra notar, eu não acho ele um jogo perfeito, mas acho super competente e muito divertido na maior parte do que ele tenta fazer. Infelizmente, e um pequeno spoiler aqui, a sequência do jogo pega tudo de bom que tem aqui e joga fora.
Dos remaster é de longe o mais buggado e cheio de problemas de performance, droppei por isso e pq tava me dando gatilho
1991
Tipo, eu já joguei Sonic 1 antes, e eu não gostava muito, e rejogando eu mantenho isso, na real, talvez eu até goste um pouco menos. Tenho muitos problemas com esse jogo, que vão desde o level design até a paleta de cores e sprites do jogo.
Pelo menos Green Hill (A primeira fase do jogo) é maravilhosa, é uma explosão de cores vibrantes e extremamente vívidas que constroem uma fase que te da gosto de passar por. É uma ótimo apresentação pra proposta do jogo, algo rápido, mas com desafios e com caminhos a se seguir. O problema é que essa proposta do jogo só é executada em 2, no máximo 3 fases se forçar um pouco. Geralmente as fases aqui são muito, muito lentas e o desafio nelas é apenas a sua paciência em seguir a tarefa extremamente chata que elas te dão, como em Marble Zone.
Marble Zone é uma fase horrível e é uma quebra absurda do que o jogo inicialmente te apresenta, ela é lenta, enjoativa e o fator monocromático do visual da fase em grande parte do tempo torna ela enjoativa e absurdamente chata de se passar. Seu desafio nela é superar o quão chato é esperar por plataformas que vão aparecer a cada 10 segundos, ou as muitas vezes que você tem que esperar em cima de um bloco que se move lentamente num caminho muito grande de lava. E nesse meio tu só tem que dar 1 pulo simples no máximo. E eu também tenho um problema com os segredos daqui, não é como Green Hill onde tudo tem um indicador, mesmo as mais escondidas, aqui TODOS os segredos ficam em paredes falsas com zero indicação e achar elas se baseia completamente em conhecimento prévio, ou sorte. O que vier primeiro.
As fases posteriores também são um 8/80, ou elas são melhores em level design e são absurdamente desarmoniosas em gráfico, ou são bonitinhas mas tem um level design chato, isso quando não são fases feias e com um level design horrível. Spring Yard, por exemplo, é uma fase que tem um design bacana em diversas partes, tem as opções de caminhos diferentes que te beneficiam por quão difícil elas são de se chegar, geralmente não tem lugares que te punem por ir rápido demais ou que te forçam a esperar, é legal, mas aí você vai pro visual de Spring Yard e ele é ABSURDAMENTE HORRÍVEL, o cenário roxo parece não pertencer a fase quando você olha a proposta dela, e muito menos ele combina com a super-lotação de marrom que tem nas fases, deus, TUDO é marrom e isso incomoda muito. Curiosamente, no beta de Spring Yard a fase era muito mais harmoniosa, tanto por conta dos neons em prédios ou por causa das estrelas brilhando no céu ao fundo. Isso junto ao cenário se mexendo tornava a fase muito mais agradável visualmente, e também dava uma diferenciada bacana.
Em seguida tem Labyrinth Zone e... Até gosto dela, em partes, existem momentos que eu acho lentos demais, estranhamente não pelo level design dessa vez, mas sim porque controlar o Sonic dentro d'água nesse jogo é HORRÍVEL, ele fica pesado demais, tanto pra se mover quanto pular, também tem um problema muito grande nessa fase com a quantidade coisa nela, as vezes ela parece overloaded demais, e isso causa slow downs muito frequentes que as vezes te dão um dano ou te matam de forma injusta, isso incomoda bastante. Mas tem coisinhas bem legais nela, por exemplo, ela é muito bem montada, tudo é bem sinalizado, sejam os lugares pra ativar um switch, pegar um caminho secundário ou encontrar um segredo; e tem a urgência de quanto o Sonic tá ficando sem ar, ou o visual dela. Tudo isso é bacana.
A próxima fase é uma fase que traz de volta a velocidade encontrada em Green Hill e eu até que gosto disso, acho ela uma fase divertida de passar e o visual de cidade em construção de Starlight é uma ideia que funciona muito bem pra mim, ainda assim, sinto que podia ser melhor. Eu tenho uns probleminhas com ela, uns saltos de fé que você precisa fazer e a falta de spindash aqui é algo que afeta muito. Geralmente tu não sente tanto falta dele, mas aqui é demais, tem lugares em que você precisa pegar muita velocidade e esse recurso tornaria tudo melhor
E... bom, agora que eu notei que já passei por todas as fases, aproveitar e também falar da última, e sobre ela, pra mim é facilmente a segunda melhor fase do jogo. Ela tem umas sessões de plataforma que são realmente desafiadoras de uma forma divertida e justa; tem momentos onde é necessário mais calma, só que isso feito na medida certa, não são 10 segundos a se esperar, são 2, 3, no máximo; e também não é durante a fase inteira, esses momentos onde se precisa de mais paciência são muito bem juntadas com as partes de velocidade da fase, gosto demais disso aqui, tudo parece se unir bem, não é perfeito, tem umas partes bem chatinhas de se passar, e as plataformas que abrem são muito problemáticas, alguma delas tem coisa em baixo e outras são um buraco mortal, n tem como saber qual vai ser o caso e isso incomoda. Ah, mas tem o ato 3 da Scrap Brain, ele parece desconexo e parece mais um ato de Labyrinth Zone. Ele tem nada a ver com Scrap Brain, é algo completamente desconexo e sequer é possível se pensar que tá no mesmo lugar que aquela fábrica. Acho o cinza feio demais, também.
Ah, e sobre algo que eu deixei de falar antes, quando falava sobre as fases separadamente, mas que quero falar agora sobre elas no geral, a grande maioria tem uns problemas de level design injusto absurdos.São espinhos que tão em lugares que você não tinha como saber previamente e que ao ver você não pode ter tempo de reação (Como o na Marble Zone), os locais que te esmagam inesperadamente e que tão acima do seu campo de visão em Labyrinth Zone, os saltos de fé ocasionais em Spring Yard e Starlight Zone que você não tem ideia de aonde e como vai cair. Os problemas com as plataformas que se dobram em Scrap Brain como eu disse antes, é bem decepcionante essas partes. A única fase que n tem nada é Green Hill
Ah, queria falar também sobre os bosses do jogo, adoro a grande maioria, não são fáceis demais, ao mesmo tempo não são injusto e são bem diferentes um do outro, gosto disso. Eles também conversam bem com a temática da fase geralmente, é uma interação legal demais. Mas o boss final é bem, beeeeem decepcionante, ele não parece um clímax suficiente, é simples demais e chega até a ter um ponto cego, isso é ridículo. Parece uma máquina grande, mas não um poderoso boss final que vai te ceifar vidas, parece só mais um.
Eu amo Green Hill acho maravilhosa, e é o que me segura no jogo fora o fato de que me comprometi a jogar tudo. Só que o resto, mesmo Scrap Brain e Labyrinth que são 2 lugar do jogo pra mim, não passam de um "bacaninha". Porque mesmo que poderiam ser boas, elas se estendem muito. O terceiro ato parece desnecessário e só uma extensão, ou repetição do que você já viu, seria melhor um jogo onde as fases tem 2 atos mais longos, e um boss no final do segundo, ou também um ato 3 que fosse só o boss como é no Master System, três atos completos chega a ser demais
Mas fora das fases, outra coisa que eu adoro nesse jogo são as animações dele, elas são bem vivas e funcionam bem em sua maioria, é muito divertido ver o Sonic ficando entediado e mandando você andar quando tá parado, ou ele surpreso quando toma um hit ou tá descendo na água. Também tem a animação de corrida que funciona bem demais, ela tem um ciclo muito gostoso de ver e não parece começar a acelerar do nada, ele tá construindo a velocidade e você sente e é uma sensação muito prazerosa no jogo. A animação dele parando também é muito boa. Esse trabalho na animação ajuda muito, torna o jogo mais vivo, mais fluído e dão muita personalidade ao Sonic, mesmo que ele tenha zeros falas, torna o Sonic um personagem muito mais carismático do que o Mario na mesma época. É ótimo e contribui muito com a experiência do jogo.
Existe coisa bem feita em Sonic 1, e existe um potencial absurdo nos conceitos que eles tem pra cada fase, geralmente, existem ideias boas, o problema é que a maior parte foi muito mal executada, eu fico feliz que conseguiram melhorar bastante isso em jogos posteriores. Porque em Sonic 1, tudo que eu sinto é que se não fosse o fato de Green Hill ser uma ótima fase, e te apresentar o quanto de potencial aquilo tem pra chegar, esse seria um jogo que eu dropparia fácil fácil, simplesmente por não achar ele interessante o suficiente; eu acho um jogo medíocre, é cheio de problemas, escolhas que eu acho ruins e coisas que eu desgosto muito, desgosto das cores, do level design, desgosto de muita coisas. Em compensação tem outras coisas que eu amo elas compensam um pouco, n mt. Mas se fosse pra dar nota, seria 5
O maior problema desse jogo vem de sua estrutura, por ser um rogue like ele acaba perdendo MUITO no quanto ele te diverte, a variedade de mapas do jogo é extremamente baixa, ao ponto em que você já passou por todos mais de 5 vezes em menos de 2 horas de jogo, é muito chato. Mas outro problema da estrutura de rogue like desse jogo é que a relação entre desafio e recompensa aqui é quase nula, seu desafio é passar da fase, o problema é que a jornada pra isso é altamente punitiva e enjoativa, você pode acabar morrendo bastante, e o fato de que cada run não vai mudar NADA da anterior torna o jogo muito enjoativo, diferente de por exemplo, Hades, onde você sente que a morte muda o jogo como um todo, tanto na sua habilidade quanto nas possibilidades que você tem, aqui a morte só significa repetição, cada level é igual SEMPRE, possibilidades de alteração altamente limitadas tornam a prévia que você pode ter inútil e facilmente alcançável, os power ups variam entre "Atirar mais rápido, ter uma bala a mais, 1 a mais de HP" e alguns poucos em si mudam suas possibilidades no jogo, e quando mudam ainda é muito pouco pra valer a pena tudo isso. Mas acima disso o que não ajuda em nada é o tamanho do mapa, ele é grande demais, são 4 layers de mapa com diversas e diversas fases e dentro dessas você tem os seus desafios (Geralmente variam de 6-12 por fase), é coisa demais, e por conta da pouca quantidade de mapas e da limitadíssima variedade de gameplay, torna a jornada longa que é esse jogo algo absurdamente chato, enjoativo, e exaustivo. Mas o jogo ainda tem algumas qualidades, eu gosto da base da história do jogo, é uma trama interessante, e a gameplay base do jogo é MUITO BOA, a ideia de mexer com o tempo abre muitas possibilidades e é extremamente divertido mexer com isso, o único problema disso é que ela acaba se tornando chata depois de 1 hora e meia por conta dos problemas que eu citei anteriormente. Sinto muito potencial desperdiçado aqui, meio triste