3 reviews liked by parreao


Um dos favoritos da época, eu tentei tanto terminar esse jogo quando criança mas era simplesmente impossível. E ainda é hoje em dia de certa forma.

Primeiro queria elogiar o que mais me chamou atenção que é os detalhes dos personagens. Todos tem modelos, tamanhos e movesets completamente únicos, até a animação da roupa e cabelos deles é extremamente detalhada e é tudo tão bem feitinho. Da até dó de morfar, os rangers são todos idênticos, só muda a cor e a arma quando está com a barra de energia cheia. Um pouco decepcionado com isso vindo dos personagens super únicos. Os inimigos também variam de só recolors para uns robôs extremamente genéricos e sem graça. A maioria dos chefes também são meio sem graça. Os cenários são bonitos mas nada muito surpreendente também.

Mecanicamente o jogo é um beat'em up com plataformer arcade padrão da época, cheio de inimigos e armadilhas posicionadas pra te matar dos jeitos mais irritantes possíveis. As primeiras fases são previsíveis e fáceis de se adaptar, mas como de costume pro gênero conforme você avança a coisa vai lentamente saindo de controle e o jogo vira um inferno bem rápido. Eu nunca tinha passado da quinta fase quando criança e rejogando eu rapidamente lembrei porque. Boss fights são num geral interessantes mas como sempre o desafio real é chegar neles sem gastar todas as suas vidas na fase.

A experiência é divertida mas frustrante. Meti um cheat code quando a coisa começou a apertar e fui até o fim pra finalmente ver os créditos que eu esperei uns 25 anos pra poder ver.

Esse é meu terceiro jogo da minha lista de jogos da minha infância que é baseado num filme e esse aqui me tira um pouco do sério. Que porra é a história desse jogo, eles tinham um filme inteiro pra seguir e só tiraram tudo do cu. Nada nem faz sentido lol.

Daggerfall: A maior prova de que o tempo leva tudo embora

Esses dias eu tava jogando umas partidas de Lol e de repente me veio uma enorme vontade em explorar RPGs antigos, e o primeiro que apareceu na minha cabeça foram os Elder Scrolls da era 2D, até pensei em começar pelo Arena, mas como vi que o jogo tava bem mais datado optei pelo Daggerfall já que com o Mod do Unity ele fica com um jeitinhos mais moderno e agradável pra se jogar (Não tente jogar a versão de DOS desse jogo pelo bem da sua vida.)

Enfim, tava la eu piriripompom animado começando minha primeira aventura em um RPG Old School, apesar de eu ja ter jogado Diablo 1 eu nunca dei tanta atenção pra esses RPGs da época de matusalém, então po eu tava hypadao e não vou mentir pra você não, me diverti MUITO nas primeiras horas desse jogo e a musiquinha das vilas e cidade dele ficou até na minha cabeça.

Só que o inferno começou quando eu entrei em uma dungeon.. com esse jogo eu descobri DEFINITIVAMENTE que eu não gosto de Dungeon Crawler, pelo amor de deus, é labirinto demais e chega até a dar uma certa dor de cabeça enquanto você caminha repetidamente pelo mesmo lugar em busca do objetivo da sua quest.

Até tem uns trambiques que você pode habilitar pra facilitar sua caminhada nas dungeons como por exemplo a opção ''Smaller Dungeons'' que como diz o nome, deixa elas mais curtinhas e fáceis de serem terminadas, e essa opção ajuda bastante.. o problema é que ela não funciona nas dungeons de quest principal que são ENORMES e complicadíssimas, papo de tu passar ai 8 horas do seu dia tentando terminar uma simples dungeon.

Pra mim esse é o maior problema do jogo, o seu resto eu gostei de tudo, ambientação é um tanto fraquinha mas pra um jogo de 96 até que da pro gasto, seus efeitos sonoros e trilha sonora são PICAS e fica muito na cabeça, as missões secundárias são mais ou menos mas da pra tirar umas coisas boas dali.

Enfim, vou engavetar esse aqui mas vou ser sincero que foi uma experiência maneira de se ter e me ensinou bastante sobre meu gosto pessoal a respeito de generos especificos. Relaxa Daggerfall, isso não é um adeus, é um até logo, um dia eu ainda vou resolver meu assunto com você.

Dark

2013

DARK é um jogo de stealth em que nenhum dos aspectos do gênero foi bem executado.

O level design se resume a seguir um caminho, esperar que os inimigos virem as costas, matá-los e seguir em frente. Com os poderes de vampiro, é possível escolher melhor quem matar e evitar certos conflitos, mas as fases raramente são feitas com isso em mente, no máximo é possível cortar um caminho mais longo que poderia ser percorrido caminhando. Só 3 dos 9 poderes vampirísticos realmente são úteis, dois sendo habilidades básicas da maioria dos outros jogos de stealth (distrair com sons e matar à distância silenciosamente) e o outro sendo um teletransporte básico sem muita distância e que faz bastante barulho.
A IA é burra, os guardas são a encarnação do estereótipo de inimigos de stealth: eles olham pra um canto por 10 segundos, caminham lentamente para outra posição e passam mais 10 segundos olhando pra lá. Além disso, é extremamente inconsistente, nunca é claro quando eu estou em cover, eles podem me encontrar se estiver escondido atrás de certos objetos, mas não se eu tiver atrás de vidro ou uma cerquinha.
Não é muito melhor por parte do protagonista, que se move em 8 eixos, é lento e apenas toma cobertura umas 60% das vezes que você clica.

Nem é um jogo interessante de jogar, é apenas chato, as fases são semelhantes e não há incentivo para explorá-las, a variedade dos inimigos é uma piada e a inconsistência na forma como os personagens se comportam na gameplay tornam um jogo que, segundo o relógio in-game, dura 3 horas em algo que demora o dobro.