Primeiramente, É ASSIM QUE SE FAZ UM REMAKE.

Nos últimos anos a Capcom vem dando aula de como se adapta um jogo aos tempos atuais. Resident Evil 4 consta em suas mudanças: a narrativa, mecânica, e features indispensáveis (e até exaustivas) nos triple As modernos como crafting e um mundo mais aberto.

Apesar de tudo, ainda considero o jogo como uma reimaginação do que já era perfeito, e não uma forma de atualizar a obra pra um público específico ou substituição do original.

Essa versão é tudo o que um jogo de ação e terror pode oferecer: momentos de tensão, desespero, puzzles, e vísceras. Porém algumas passagens (principalmente boss fights) me fizeram sentir num RPG devido à trilha sonora épica com pitadas de fantasia.

Seu ponto fraco em minha opinião é o peso que esse remake carrega. A versão de 2005 é meu jogo favorito de todos os tempos e foi quase impossivel não o comparar com o original. Literalmente todos os personagens perderam o carisma e personalidade que tinham nessa releitura, e era uma característica muito forte do jogo. E não estou me referindo à coisas ultrapassadas como cenas de assédio sexual em uma das personagens, piadas que hoje em dia não passariam, etc. Essas já se foram tarde.

Creio que o que me sustentou durante o jogo foi pura nostalgia. Foi muito bom ficar avançando no jogo na curiosidade pra saber qual elemento iria sofrer alterações como se eu riscasse cada item que mudaria numa checklist mental.

Na visão totalmente influenciada pelo meu eu de 11 anos, esse aqui tem meu total apoio de ser o GOTY 2023. Em outras lentes, não me impressionaria se o rotulassem como um jogo de terror genérico.

Reviewed on Apr 16, 2023


1 Comment


1 year ago

Reviews imparciais de Resident Evil 4 Remake são uma lenda urbana, bom texto amigo!