Um crossover entre diversas IPs da SEGA no formato kart racing??? TOME MEU DINHEIRO!

As copas Grand Prix são bacanas mais são muito fáceis, leva em torno de 2-3 horinhas pra completar cada dificuldade. As pistas são temáticas de cada IP, com direito a trilha sonora respectiva. O que eu acho mais divertido nesse título é o modo Mission, que conta com objetivos diversos como drift, knockout, 1v1, etc.

A jogabilidade é bastante fluída mas em algumas fases parece que está on-rail. Em suma, é um jogo bem casual.

O roster não é muito grande mas conta com personagens de outras séries como Ryo do Shenmue, Amigo do Samba de Amigo, Akira do Virtua Fighter, BD Joe do Crazy Taxi, etc. Cada um tem seu próprio special move com sua musica tema.

Quem prefere Mario Kart do que Sonic & Sega All-Stars Racing só pode ser maluco. Sonic pisa muito em Mario.

Absolutamente brilhante! Everhood mescla o cartunesco com o existencial de forma absurda.

Gosto de classificar esse tipo de jogo como Mother-like pois apresenta inimigos não-convencionais, temas filosóficos, mecânicas subversivas, quebras da quarta parede, etc.

Aqui o protagonista não lida com oponentes em turnos e nem no bullet hell. Everhood inova e se inspira ao mesmo tempo em outras obras trazendo uma jogabilidade rítmica sobre fretboards de Guitar Hero com fundos que lembram as batalhas em Earthbound.

Confesso que nem todas as músicas durante as batalhas são boas, mas muitas vão ficar tocando no fundo da minha mente por semanas. Até porque algumas batalhas são bastante difíceis e requerem um certo nível de habilidade motora. Apesar disso há como diminuir a dificuldade se você é ruim como eu...

Acho injusto a comparação quase direta de Everhood com Undertale. Independente de ter uma estética parecida e uma óbvia inspiração na obra de Toby Fox, Everhood tem sim um charme único e subverte bem mais.

No aguardo para o lançamento de sua sequência!!

Mais uma obra-prima de Lucas Pope, Obra Dinn é um notório tributo ao jogo de tabuleiro Detetive.

A narrativa, baseada no livro de anotações do protagonista, é apresentada de forma anacrônica e confusa propositalmente, e cabe ao jogador montar o puzzle.

Confesso que não é um jogo pra todo mundo porque é relativamente difícil e pode causar frustração pra completá-lo, mas com certeza fica mais divertido se jogar com um grupo de amigos e um caderno para anotações e rascunhos (muito importante!!!).

Eu ainda não peguei o final bom mas ainda tenho vontade de tentar novamente em breve.

Primeiro título da série GRID já vai fazer 15 aninhos mas ainda impressiona.

Lembro a primeira vez que vi esse jogo em meados de 2010 e não sabia se era um filme ou um jogo. Obviamente já existem títulos com gráficos e físicas melhores, mas não considero esse datado de forma alguma (exceto a fumaça).

A jogabilidade é o casamento perfeito entre simulação e arcade, com diversas funções de assistência pros jogadores mais casuais. É bem bacana e ao mesmo tempo puxa pro lado realista. O drift nesse jogo é um dos melhores e mais divertidos que já vi.

A seleção de carros varia bastante e conta com veículos desde JDMs até Concept cars, tudo dependendo da categoria do evento que você entrar.

O modo carreira não é tão complexo mas conta com diversas variáveis relacionados à equipe, como branding do seu time, parceiros de pista, temporadas com ranking, eventos reais como o 24-hour of Le Mans (que dura 24 minutos reais), etc.

Em suma, é um título que ainda tem bastante a oferecer apesar da idade.

É uma pena o jogo ter sido delistado na maioria das plataformas...

Recomendo fortemente para fãs de circuito.

O Jogo definitivo de Mario 3D.

Odyssey veio pra mostrar que a receita Collectathon da Nintendo ainda é forte e divertida, e segue surpreendendo com mecânicas inovadoras.

Agora o bigodudo consegue possuir seres e alguns objetos inanimados através de um chapéu mágico, abrindo brecha pra vários puzzles e passagens em mundos que dão uma aula de level design. As fases "mundo aberto" são consideravelmente pequenas mas bastante densas com muita possibilidade de exploração e segredos escondidos. A variação entre elas dão um ar bem distinto e único, com inúmeros ambientes. Algumas delas são claras homenagens como a fase Metro Kingdom inspirada na Square Station de Sonic Adventure e a Ruined Kingdom que lembra bastante o mundo de Dark Souls.

Há bastante sequências 8-bit, servindo como um abraço quentinho aos entusiastas do eterno Famicom.

Após o final, é possível explorar as boss fights novamente de forma bem nostálgica.

Mario é Mario. Não tem como ser ruim.

2023

Indie bem curtinho sobre não esquecer suas raízes morando no exterior. Sendo um filho de imigrantes também essa me atingiu bastante.

Me lembrou muito o jogo Tet do mesmo ano, só que mais emocional. E assim como Tet, Venba também exalta a sua respectiva culinária, a indiana.

São disponibilizadas no menu após finalizar o jogo: as receitas e a trilha sonora, que por sinal, tem bastante música de qualidade.

Senti fome ao jogar esse título. Recomendo sem titubear.

A fórmula de Life Is Strange está de volta: Jovens traumatizados descobrem que têm poderes numa cidadezinha no interior dos EUA.

Tell Me Why apresenta tudo de bom que se espera da DONTNOD. Uma construção de atmosfera com música independente ao fundo? Check. Relações interpessoais complicadas? Check. Coletáveis fofinhos? Check. Final sem canon? Check!

Há todos esses elementos, porém o mais importante pra mim não marca presença. Jogos episódicos simplesmente não podem existir sem o bom e velho cliffhanger entre eles. Tell Me Why foca em apenas um mistério, e isso acaba ficando cansativo durante a narrativa.

Por outro lado, aqui tem mais puzzles do que todas as temporadas de Life Is Strange juntas. Todos baseados no livro dos Goblins que os protagonistas criaram com a mãe, acrescentando todo um fator fantasioso na história.

O jogo não me fez ficar aflito em momento algum tendo que fazer uma decisão difícil, coisa que valorizo bastante em storytellings interativos. Apesar de tudo não nego que é uma história bem escrita.

Assim que eu soube que aqui tinha dedo do grandioso Shinji Mikami tive que dar uma chance.

Hi-Fi Rush é curto e grosso. Um inovador título com elementos hack n slash rítmico que abusa de cores explosivas, cel shading, e músicas vibrantes.

O mundo ao redor do protagonista dança em sincronia com a batida da fase, ajudando o jogador a não perder o compasso e consequentemente o combo. A estética lembra bastante uma junção de Jet Set Radio e a série Borderlands. O level design por mais linear que seja, têm seus atalhos e secrets bem colocados em dutos de ar ou paredes de metal, mantendo o aspecto industrial cyberpunk a todo tempo.

As mecânicas que o jogo apresenta tornam a experiência muito gostosa de se jogar a partir do momento em que se pega o jeito. As combinações são diversas entre parries, combos no ar, especiais, etc.

Os personagens têm carisma e um design muito bem feito. Diria que é quase um desperdício um jogo tão curto pra não desenvolver mais o arco deles.

Desde o início senti que a estética do jogo é basicamente como a cultura dos quadrinhos estadunidenses são no ponto de vista dos japoneses. Explosiva, exagerada, e engraçada.

As incontáveis referências à filmes são um bônus. Jogo bom demais.


Nunca outro título me passou tanta realidade mórbida como Disco Elysium. A narrativa, os personagens, e o ambiente são tudo tão reais que causa até desconforto.

Os cenários e situações em que o protagonista é colocado demonstra o ser humano na sua forma mais íntima e sem filtros sociais, afinal de contas você está dentro da mente dele. Ao longo dos diálogos, diversas partes do cérebro do protagonista interagem e comentam suas decisões e interações. Partes químicas, lógicas, emocionais, etc.

Grande parte da narrativa é pautada de acordo com o envolvimento político do jogador, abrindo brecha pra um roleplay que depende de valores pessoais e ética. Sem papas na língua. Se você age como fascista, o jogo te chamará do que você é e ponto.

O worldbuilding, apesar de excepcional, é apresentado ao decorrer do jogo de forma preguiçosa usando o famoso clichê de protagonista que sofre de amnésia. O problema aqui mora no simples fato de você ter histórico com alcoolismo mas depois pode escolher não ter, sem nenhum tipo de consequência.

Quanto a dublagem: uma das melhores que já vi em um videogame. O Final Cut trouxe essa feature mudando a obra da água pro vinho. Foi definitivamente crucial essa escolha pra eu amar essa experiência.

Disco Elysium é uma obra sensacional que merece ser lembrada por anos. É realmente uma pena o estúdio ZA/UM ter tido conflitos internos com os autores do jogo pois nunca veremos uma sequência ou algo na mesma pegada feito pela mesma equipe. Torço pra que seu legado inspire muitos outros que estão por vir.

Uma mistura interessante de história de detetive com o que parece ser ficção científica em ambientes surrealistas. Eu tava tão investido no jogo mas infelizmente ocorreu um bug que me travou no diálogo com um personagem e não conseguia sair da tela.

Infelizmente o jogo só tem save manual e não me apetece começar novamente do zero. Não tão cedo.

Sonic Adventure mudou completamente o rumo da franquia e é lembrado até hoje como um dos melhores da saga.

Pra mim o fator que eu mais elogio aqui é a trilha sonora. O tanto de amor que esses caras colocaram nas músicas é sacanagem. Que Deus abençoe Jun Senoue e sua banda.

De resto, sinceramente, é tudo muito tosco: a história, as cutscenes, os bugs, a câmera então nem se fala. Mas é justamente essa tosquice que me apetece no início do Sonic moderno. Não há estética final dos anos 90/começo dos anos 2000 maior que na série Adventure.

Jogo sensacional, só não é melhor que sua sequência.

Meu corpo anseia por Sonic Adventure 3. Open your heart, it's gonna be alright ~

Esse foi meu primeiro contato com a trilogia e devo admitir que me arrependo de não ter jogado antes.

Mass Effect 1 tem um dos melhores worldbuildings que já vi dentro de um jogo. É tudo tão natural e fluído que me fez ter vontade de conhecer mais e mais sobre as raças, os planetas, as tecnologias, etc.

Há um codex no jogo que é organizado como uma enciclopédia pra consultar os variados tópicos abordados no mundo, atualizado continuamente ao longo da jornada. Uma boa sacada pra quem esquece das coisas como eu.

A gameplay travada não é das melhores e já mostra sua idade, parecendo um shooter de qualidade duvidável. E tudo fica pior quando você dirige o Mako, veículo de exploração e combate de Shepard.

O fator RPG é excelente e cada escolha nos diálogos realmente importam. Algumas ações têm consequências durante a trilogia toda e isso é muito imersivo.

Gostei muito dos personagens do esquadrão, são bem escritos e te dá motivação de conhecer cada um, podendo até ter um romance com alguns deles (infelizmente em Mass Effect 1 não há romances gays).

Outro elemento narrativo que me despertou interesse foi a política do jogo. O protagonista é constantemente exposto à questões sociais complexas como racismo intergalático, genocídio, ganância corporativa, corrupção, etc. Todas as suas escolhas e intervenções (ou omissões) podem ter resultados bons ou ruins mas que não é necessariamente um karma, pois o jogo te deixa impune seja você do bem (Paragon) ou do mal (Renegade).

Sem dúvidas um jogo incrível mas que precisa de um remake urgente.

Inesperadamente bom.

The Murder of Sonic the Hedgehog é um spinoff de gênero visual novel (ideias nunca antes vistas na série) lançado como piadinha de Primeiro de Abril. O marketing do jogo foi totalmente baseado na suposta MORTE do protagonista resultando num whodunit que remete à obras de Arthur Conan Doyle e Agatha Christie.

Além das novas características, o título também apresenta as fases THINK de plataforma pra atrair os fãs da série. Achei bastante inclusivo as opções de assistência pra quem não está acostumado com a gameplay convencional de Sonic pois o jogo ironicamente também tem potencial de atrair fãs de visual novel e/ou mistério que não estão familiarizados com a série. É também uma boa introdução ao universo de Sonic.

Também há elementos point-and-click em cada cenário pra coletar pistas e entrevistar suspeitos no melhor estilo Ace Attorney.

E o melhor de tudo: além de ter muita qualidade, é gratuito!!!!

VHS Paradise é um jogo indie de terror bem curtinho que se passa numa locadora de vídeo nos anos 80.

Você está na pele de um caixa da loja e os altos índices criminais da cidade te faz temer e desconfiar de cada cliente que entra no estabelecimento, deixando um clima de suspense durante o tempo todo.

O clímax do jogo é bem construído e inesperado. A ambientação é boa e imersiva mas creio que podia ter mais referências oitentistas.

Os diálogos variados e cinco finais diferentes aumentam bastante o fator replay do título.

Ideia bem pensada que tem potencial pra se tornar um projeto maior.

Fofinho demais!! Smushi Come Home lembra muito os Plataformas 3D da era Nintendo 64.

Apesar de ser curtinho é muito gratificante explorar e ajudar os seres que vivem na floresta. O jogo não contém dificuldade alguma mas mesmo assim entrega uma sensação de conforto muito grande ao realizar as tarefas. É tudo o que um cozy game pode oferecer.

É inegável que a interação com o mundo bebeu da fonte de Breath of the Wild, podendo correr, escalar, planar com asa delta, com direito ao mesmo HUD de Zelda.

O cenário além de bem desenhado, também dá um ar crítico apresentando lixos e restos da sociedade humana nas florestas. Ou são vestígios de um pós-apocalipse? Nunca saberemos.

Queria morar nesse jogo.