The Missing: J.J. Macfield and the Island of Memories

The Missing: J.J. Macfield and the Island of Memories

released on Oct 11, 2018

The Missing: J.J. Macfield and the Island of Memories

released on Oct 11, 2018

Why did Emily go missing? What is going on in this world? Why does she suddenly have these strange abilities? A profound story of regeneration and self-discovery. This is a title by Swery, the creator of Deadly Premonition and D4.


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“Tornar-se um artista não significa meramente aprender algo, adquirir técnicas e métodos profissionais. Na verdade, como alguém disse, para escrever bem é preciso esquecer a gramática.”

Existe um viés na comunidade gamer, que é podre. Numa mídia, nascida dentro do capitalismo, muito mais jovem que o cinema, onde seus movimentos, raros, mas existentes, não passam de 10 anos, em videogame, são ainda mais raros e curtos. Não me interesso, nesse momento, em tentar fazer uma análise histórica material disso, mas o ponto é que basta um jogo minimamente diferente, para um grupo, vim defendê-lo com unhas e dentes. Faça uma análise florida, subjetiva no sentido mais distorcido possível, em outras palavras, invente coisas que não existem no jogo. Pronto, agora você tem reviews como: esse jogo é horrível, mas é de proposito, então é bom.

As pessoas, consciente ou não, buscam, desde que o primeiro ser humano aprendeu a rasurar a parede, representar a vida como ela é, como diria Nelson Rodrigues. Portanto, o cinema, com sua capacidade de mostrar a vida em movimento, ganhou um bloqueio, por ser a arte que melhor responde esse mito; porém, numa sociedade de um capitalismo tardio ou pós-moderno, a simulação vira o ponto central: óculos de realidade aumentada, metaverso e outras porcarias tecnológicas. Nesse contexto, videogame é a simulação (quase) perfeita da vida.

Essa questão, da busca pela realidade perfeita, gerou um avanço tecnológico na mídia, que em menos de 50 anos, já tinha capacidade de emular, em quase perfeição, a vida. Não é à toa, que jogos como The Sims e SimCity, fizeram tanto sucesso. Porém, essa aceleração técnica, evidenciou ainda mais uma característica da arte: toda técnica é fruto de um tempo e contexto.

Ou seja, o jogo lançado hoje, é, tecnicamente, datado. Então, é impossível falar de jogo datado, quado o agora é velho, perante o amanhã. Por isso, ainda continua sendo propagados conceitos como ruindade proposital, afinal, um game da sexta geração, já tem uma gameplay horrível, para aqueles que moram na nona geração de videogame. Imagine o seguinte título, de um canal de YouTube pequeno, mas que tenta ser subversivo: Silent Hill 2 é um lixo e isso o faz genial.

Esse foi o ponto do esvaziamento que chegamos. Uma geração, incapaz de compreender o contexto histórico, daquilo que diz amar. O mercado, apenas capta tudo isso e dilui, homogenize tudo, sature o jogador e crie as síndromes falaciosas que o gamer sente, achando que não gosta mais de joga. É uma crise, como tudo do capitalismo.

Outra forma de diluir, é o uso das pautas minoritárias. Basta representa, apenas faça e não se importante, se é o arroz com feijão, se é ruim, se é coberto por um olhar oposto ao que defende. Basta representar. Não é à toa, que é facinho achar filmes de direita, que casualmente se finge de progressistas, por terem personagens LGBTQI+, que só existem por existir mesmo, completamente irrelevantes a obra.

No marxismo, se defende a ideia que o estado é o conciliador de classes; entregue as armas, para a classe oprimida, sentir que pode fazer algo, de migalhas de melhorias sociais e pronto, ninguém vai levantar uma arma para seu patrão explorador.

Essas migalhas, entre várias coisas, como obras criticas ao sistema capital, são a representação das minorias. Pegue as pautas, as esvazie e entregue de forma enlatada para o público geral, que ira aceitá-las calados e comemoraram, que a Disney, pela (vigésima) primeira vez, mostrou lá, no fundo da cena, dois homens se beijando.

The Missing: J.J. Macfield and the Island of Memories (2018), é tudo isso. Um esvaziamento das pautas LGBTQ+, um arroz com feijão, com momentos que deixam claro que existe um olhar masculino predominante. Life is Strange, é parecido, mas lá, temos muito mais a problemática de um gay button.

O fundo do mapa, desproporcionalmente grande, gera uma inferioridade a personagem. Ela se vê como menos, algo que se reflete na sua narrativa, que ao final, tenta se mostrar tocante, mas é tão profunda quanto um filme da Xuxa. Não ajuda a gameplay, ser tão piegas e desfuncional, conseguindo o feito de ser o jogo de puzzle mais insuportável do mundo, mesmo com a grande concorrência.

O que sobra pra um jogo, que faz tudo da forma mais rasa possível, sem poesia, sem sensibilidade, sem amor ao que fez, a não ser uma superficialidade temática barata? Gamer, se sustenta com qualquer jogo que seja minimamente diferente do suposto "padrão", mas não percebem que, no fundo, apenas estão ajudando a cria esse novo "padrão", ao dá voz e mérito pra jogos tão rasos e disfuncionais, que só sobrevivem pelas boas intenções pobres dela.

Uma formulação fácil e barata, pra fazer o público se interessar por um personagem e defendê-lo, é a injustiça (ou similares). Coloque um sistema de mecânica que, naturalmente debilite a personagem, faça o jogador, ao nível inconsciente, sentir pena disso e pronto: você tem um apego.
Isso é um recurso, não necessariamente é ruim ou bom. Mas a forma como tudo é evidente nesse jogo, que é fácil notar cada técnica pra tentar contar uma narrativa péssima e que de tempos em tempos, esquece completamente que contar algo e precisa recorrer às mensagens de textos, mais imbecis do mundo, só pra deixar claro que tá fazendo o básico e com um discurso moralista de consolação em cima das causas trans.

Para algumas pessoas, o final é o mais importante. Uma boa conclusão, o faz amar algo que não gostava muito, um desfecho ruim, o faz detestar algo que adorava; para mim, por outro lado, não tô preocupado nem com os finalmente e nem com a jornada. O que eu quero, é apenas uma poesia, pois ela é a consciência do mundo; você não as vera em equações tão simplórias, como essas, se você já leu uma poesia na vida, entende que nada disso faz sentido.

The Missing, como é de se esperar, se sustenta única e exclusivamente pelo seu desfecho, apostas tudo ali e se falhar, não sobra nada, já que toda a possibilidade de construir uma beleza singela nas imagens, é jogada no lixo em prol de absolutamente nada. Sequer, existe um trabalho de humanização dos personagens aqui pra tirá-los da sua condição natural, de meras simulações de pessoas; alguns, podem apontar as mensagens de textos, como sendo o momento que desenvolve a JJ, mas pontos sobre isso:

1. Elas só aparecem se você se interessar em ficar pegando aquelas porcarias de donuts, que além de serem chatas de se fazer, dão uma recompensa ridícula pelo esforço.

2. Se passar os puzzle, já é uma das piores torturas já produzidas nesse meio, dedicar, seja 1 segundo ou menos, para pegar isso, é algo que jamais estarei desposto a fazer. Primeiro, faça um jogo decente, depois tenta brincar.

3. Se a única forma que encontraram pra desenvolver as meninas, foi recorrendo ao recurso mais preguiço possível, só faz parecer que sequer tentaram. Podem até a pontar as condições de desenvolvimento do jogo, o que pra mim, é só passar pano mesmo. A quantidade de jogos, que fazem mais com menos por aí, basta lembrar que existem indies com custo quase zero.

Certa vez, li o texto da Maya Deren: Amador versus Profissional; que pairou na minha cabeça, enquanto eu jogava. Maya, defende que o amador, a qual ela define como um amante do que faz, tem uma vantagem sobre o profissional: liberdade. Faça, erre, tente, você não será demitido.

The Missing, poderia ter sido tudo isso, mas no lugar disso, é exatamente o jogo profissional que você esperaria, mas de baixo orçamento para, quem já tá cansado de jogar AAA, pode falar que é bom. E isso surge, justamente porque tirando toda essa roupagem tenebrosa de algo diferente, o jogo resolve todas suas questões da forma mais conveniente e lugar-comum do planeta. Mas como eu disse, basta parecer único pro público amar, ser bom, se torna opcional.

Sinceramente, eu teria vergonha, de assinar esse jogo com meu nome. Para algo assim ser aprovado e lançado, ou deve haver muita ignorância no seu próprio trabalho, ou falta de qualquer opção, pois nada justifica o resultado final.


Tem seus momentos e até ressoou comigo, mas no geral foi uma experiência divisiva

"o Swery é o boas intenções pouco estudo"

- Lenz, 2024

While the game is can be janky to control sometimes like when grabbing things or turning cranks the story makes up for it by being a very well told story about finding yourself and keeping focus on the people who care about you. The ending especially is very well done and left me on the verge of tears when the last scene played out. My only complaint story wise is that JJ's VA isnt super good in the role for most of the game although she gets better in the last bit of the game as she is able to be more expressive. Highly recommend though you might want to wait for a sale as it is quite short.

Gameplay razoável com alguns bons momentos, porém o ponto principal aqui é a história. Swery mitou honestamente.


I wanted to get a clean 130 games beaten this year, and I figured this one would fit the bill very nicely. I bought this game years ago on sale, but just never got around to playing it. I'd heard it was great, but a pretty heavy game narratively, and I was just never quite in the mood for that kind of thing when I had my Switch hooked up. It took me about 5 hours to play through the English version of the game, and then I spent another 1.5 hours going through and getting all of the collectibles I missed.

The Missing is the story of J.J. and her best friend Emily. They take a trip to the Island of Memories on a vacation, but then their first night there, J.J. suddenly blacks out and wakes up to find Emily gone. She takes her stuffed animal F.K. with her as she runs to search for her missing friend, running from a weird monster here and there, only to be struck by lightning in a field and die. However, after a tortured revival process, she's able to regrow her skin and get back up and keep going. So begins J.J.'s quest to find her save her lost friend.

It's a little bit of a spoiler to say so, but The Missing's story is a pretty raw narrative about the difficulties of being transgender. As the story slowly unfurls through text messages you get from F.K. in the present as well as ones from the past from J.J.'s friends and family, you slowly learn more and more about the people her and Emily are. They lay the metaphor on pretty thick, but they also aren't afraid to elevate it up from sub-text to just plain text when they need to. It's a heavy story, but it knows to keep a good balance of tone with the friendly and funny dialogue of the text messages alternating with the more serious ones appropriately. It definitely isn't a story for the squeamish, given all the body horror in it, but for anyone looking to perhaps understand their trans friends and family a little better, The Missing is a pretty good step in that direction, and it's one of my favorite stories I've played this year. (It's also made by Swery, of Deadly Premonition, and it makes a lot more sense after playing this why so many of my friends were SO upset with how virulently transphobic Deadly Premonition 2 was given that The Missing predates it by over a year).

The gameplay of The Missing is a puzzle platformer where you as J.J. run, jump, and dismember yourself to get over and through obstacles in your way and solve environmental puzzles. Now this isn't a clean or funny game about it, really. You can't' just pull off body parts like it's a silly zombie game. If you need to throw an object, like an arm, at a box to make it fall down, you need to get J.J. mutilated by taking damage to do it. Getting dismembered to just a head, getting your neck broken to flip gravity 180 degrees, being set on fire, and then healing back to normal at the push of a button are all puzzle elements you'll need to get the hang of to get through The Missing. It's a really well put together puzzle platformer, although while I do appreciate what they do narratively, I do kinda wish that the dismembering or instant healing animations were a little faster so the gameplay loop could be a little quicker.

The presentation is really beautiful. The game isn't 2D, it's 2.5D, but everything in the graphics still has this pencil-drawn and painted style to it that I loved. The soundtrack is also excellent, underscoring the action excellently. It especially knows how to use a vocal track well, and that in particular is what had me crying near the start and crying a lot more near the end ^^;


Verdict: Highly Recommended. I figured I'd be ending 2021 (the video game part of it anyhow) with a bang with The Missing, and damn if I wasn't right. This is easily one of my favorite games I've played all year. It captures the experience of me and so many of my friends and loved ones so well, it's also easily just one of my new favorite games of this/last generation. If you don't mind a game with a heavy story, this is absolutely a game you should not miss out on.