Não chega a ser nada muito horrível, mas em todos os sentidos, é um jogo inacabado; tem seus momentos, mas os sistemas e até mesmo os temas que busca trabalhar, claramente não tiveram o tempo devido para serem trabalhados. Grande parte do tempo o jogo é redundante e chato, mas vez ou outra consegue se segurar por reflexões interessantes que busca trazer para a franquia, a base sólida herdada de seus antecessores, e alguns poucos inimigos que conseguem aproveitar bem o combate. A questão, é que esses elementos nunca alcançam o potencial que almejam, as novas ideias que o jogo traz para o combate, como o sistema de assassinato em cadeia, soam desbalanceadas, mal polidas e pouco controláveis, utilizando de fatores randômicos onde não se encaixam, muitas vezes eu utilizava esse tipo de coisa acidentalmente e quando percebia, no meio do meu combo, eu estava matando 3 inimigos ao meu redor sem esforço algum, o que acabava quebrando os planejamentos que eu tinha para os encontros, e constantemente me tirava dos controles de minhas ações para ver um monte de animação de finisher com QTEs desnecessários no meio. Mas além das mecânicas, uma das coisas que mais me chamou atenção no jogo, foi a discussão central do jogo. Em uma franquia marcada por violência desenfreada e um Ninja que muitas vezes parece deslocado do local e época que se passa, a ideia de questionar a reputação do protagonista e suas tradições, me chamou bastante atenção. Porém, acaba que esse ponto não consegue escapar dos problemas do jogo e essa discussão não chega a nenhuma conclusão realmente satisfatória.

Reviewed on Dec 20, 2023


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