Minha filosofia de design para meus jogos é de "jogo vivo" e Daniel Mullins é um dos diretores que conseguem fazer isso.
Apesar de, em alguns momentos, a metalinguagem ser exacerbada, previsível e cômica (principalmente se você conhece obras dele). Em Pony Island, mais uma vez, ele utiliza os formatos da lingaugem de game para aplicar uma metalinguagem em sua gameplay, tema, narrativa e game design,.
Esse jogo aplica conceitos de programação em seus puzzles, além de dialogar diretamente com uma temática forte em desenvolvimento de jogo e UX que é: "Você não é o jogador de seu jogo".
Usar essas premissas e se apoiar na ousadia de quem joga para contar uma história é, no mínimo, ousado. Esse jogo acredita no seu potencial caótico e dialoga sobre a falta do domínio do autor perante sua obra.
Esse jogo é sobre gamedev.
É sobre entender que uma obra nunca fica pronta, que a obra é viva e que você não tem controle nenhum sobre quem vai jogá-la.
E, claro, sobre pony.

Reviewed on Oct 23, 2022


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