Existe um certo charme em jogos que precisam ter pressa para te passar a experiência desejada.
Esses jogos corridos que parecem querer fazer demais e não entregam metade do que parecia ser capaz, muitos deles por talvez por tentar ser grandioso demais ou por não saber por limite numa obra de arte, que precisa e sempre terá fim (isso talvez, seja o que mais defina uma obra de arte).
Viajando em jogos da quinta geração, é comum vermos jogos que caibam nessa característica, mas eles se distinguem substancialmente dos casos contemporâneos.
Existe, talvez pelo fervor da indústria do fim dos noventa ou uma incerteza orçamentária, um prestígio de jogos que são claramente cortados, mas ainda assim conseguem ser inesquecíveis e entregar uma experiência única.
Silent bomber é assim.
Controles surpreendentemente bem polidos para um jogo sem 2 analógicos e um tema com narrativa que cativa pela personalidade e que é apoiada por uma direção de arte acima da média com momentos de içagem ímpares.
Esse jogo ter saído no fim da 5a geração talvez tenha sido seu fechar de paletó, mas claramente fez um excelente uso do domínio das técnicas de se fazer jogos e entregar experiências incríveis adquiridas ao longo da geração.
Esse jogo tem cgis clássicas de ps1, tem set pieces Épicas, tem uma mecânica inovadora que carrega MUITO BEM ao longo do jogo todo, tem uma narrativa curiosa, tem um level design desafiador e inteligente e tem muito, mas muito coração.
Nesse jogo, existe a vontade de pessoas que queriam criar algo enorme. Por mais que para a indústria eles não tenham conseguido, para mim conseguiram.
Amei. JOGUEM.
Bomberman meets MGS

Reviewed on Jan 01, 2023


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