Evil Dead 2 The Videogame

(A Review é baseada na campanha da Jill, o Chris jogo depois)

As primeiras 3 horas do jogo certamente são uma das melhores experiências que tive em videogame. A atmosfera da mansão é mais opressora do que nunca. Os lampejos das tempestades que clareiam subitamente esse lugar amaldiçoado, o tique dos relógios, a ansiedade do que está pelo outro lado e o choque violento dos corpos se arremessando nas janelas, tudo alerta sobre quanto o perigo é inevitável. A ameaça dos cadáveres reanimados é visceral e a morte, por mais irônico que pareça, é assombrosamente viva, e isso é o seu maior tormento.

A ambientação e terror do início do remake é simplesmente inigualável. Pouca coisa me fez ter que pausar para recuperar meu fôlego após uma sequência de momentos tensos - e intensos que desafiavam minha coragem. Não tenho a menor dúvida de que a Mansão Spencer do remake é meu cenário favorito de um jogo de terror.

O restante do jogo no fim das contas é esperado que seja mais tranquilo, já que tanto o jogador quanto o personagem (no meu caso, a Jill) evoluem com o passar da história, e isso é um ponto muito positivo, mas dá um gosto amargo de zerar e pensar que o restante da experiência não tem tanta força de atmosfera quanto logo no início.

Mas, falando do remake em sí, há a expansão do original em praticamente tudo, e em sua grande parte, são adições bem vindas que melhoraram o jogo exponencialmente. Há coisas que eu certamente senti falta, tal como você poder ver o heliporto na biblioteca (se eu não tiver vacilado no jogo e não ter encontrado o ponto), enquanto outras mudanças que poderiam ser melhor pensadas, como a caverna, que é sim MUITO MELHOR que no original, mas ainda é um setor que, mesmo fazendo o melhor o que podiam, prossegue sendo a parte mais desinteressante do jogo, e, ao ver que a área termina retornando a cabana que provavelmente você visitará antes, faz eu pensar que essa área poderia ser removida para elaborá-la como algo mais interessante, tal como o cemitério e a cabana, áreas totalmente novas do remake muito criativas e engajantes.

Também sinto que o gunplay do remake a longo prazo não é tão gostoso de dar uma de rambo na reta final como no original - Inclusive, a partir da segunda metade esse jogo fica bem fácil, agradeço especialmente a quem distribuiu melhor os Hunters nesse remake! Talvez, pela forma que os zumbis funcionem nessa versão, ou pela lentidão da Jill eu sinto que em todo momento é, mais do que nunca, necessário pensar no seu posicionamento e que tenha menos meteção de louco, mas, de toda maneira, é um jogo que certamente tem uma abordagem muito mais metódica que no original, influenciando até na progressão de forma que a Jill acabou ganhandl quebra cabeças e uma exploração bem mais burocrática, se assemelhando ao Chris no original.

Por fim, acho a história ainda bem legal de acompanhar, mas eu senti uma certa broxada perto do final. No início dá a entender que o jogo será mais sério, mas sem perder a vibe meio camp, pena que na reta final o jogo acaba sendo só se levando muito a sério, o que não acho que combina com o charme de RE1 e nem com a franquia em geral.

Mas tudo isso são nitpicks. Resident Evil de 2002 é possivelmente meu survival horror favorito e um dos melhores jogos que já joguei. Uma experiência que provavelmente nada na franquia me proporcionará algo parecido. Um jogão e tanto!

Reviewed on Jul 14, 2023


1 Comment


10 months ago

Tá baixo