Sou suspeito pra falar porque Ace Attorney foi uma franquia que joguei só no meu falecido DS e foi onde me apaixonei pelos games e pela franquia em si. Mesmo que na época eu não tenha compreendido muito as histórias por não prestar tanta atenção nisso, o que é basicamente o completo oposto da proposta de uma visual novel.
Quando peguei meu PS4 e vi que tinha a trilogia remasterizada, não pensei duas vezes antes de pegar, já que eu tinha que rejogar pra, dessa vez, ter um entendimento completo das tramas.
Phoenix Wright: Ace Attorney
Se mantém como um ótimo jogo. Ele ja sai de arrancada com diversos personagens hoje icônicos dentro da franquia, indo do próprio Phoenix, passando pela Mia, a Maya, o detetive Gumshoe e, obviamente, o que, pra mim, é o segundo protagonista e um dos meus favoritos: o Miles Edgeworth. Todos esses personagens são extremamente carismáticos e eles fazem com que tu te envolva ainda mais na história por causa das aparições, reações e histórias. Isso sem falar na enorme gama de coadjuvantes tão carismáticos quanto. Todos os casos aqui tem enredos interessantes, mesmo que alguns mais que outros, mas todos são memoráveis e muito bem escritos. O game tem uma narrativa muito bem feita, o grande destaque é o quarto caso (o último na versão original), que é um dos melhores da franquia inteira, acho que ele consegue fazer uma mistura perfeita de um tom épico com suspense, drama e comédia.
Justice for All
Esse é o mais fraco entre os três. Apesar da introdução da Franziska Von Karma, que é uma personagem tão memorável quanto os apresentados anteriormente, da Pearl, que traz uma leveza pro game, e da nova mecânica do Magatama, os casos aqui são muito abaixo dos incluídos no primeiro game. Desde o caso introdutório que usa o clichê da amnésia pra justificar a necessidade de um tutorial para o pessoal que tava pegando a franquia pela primeira vez, o segundo (que é um bom caso), que traz a maioria dos novos personagens e elementos importantes pro jogo seguinte, o terceiro caso que a gente finge que não existe e o último caso que é facilmente um dos melhores casos da franquia. Tudo nele é de se destacar: a trama, a virada pra um clima muito mais pesado e sombrio e como nesse caso em específico é mostrado um lado mais frágil e angustiado do Phoenix, devido a situação que ele se encontra. Esse último caso faz o game valer a pena.
Trials and Tribulations
Aqui é o grande triunfo e, provavelmente, o game mais bem escrito da trilogia original. T&T introduz do lado da promotoria o Godot, que carrega consigo uma dor e um rancor muito grande do Phoenix, facilmente um dos personagens mais legais da franquia. Além disso, aqui o tutorial faz muito mais sentido por esse primeiro caso ser protagonizado por uma Mia Fey em início de carreira, depois de um hiato grande entre esse e seu primeiro caso, e esse é um caso que define o fio condutor da trama principal do game. Os dois casos seguintes são interessantes, mas parecem mais filler por não envolver a principal vilã desse jogo. O terceiro caso é o primeiro caso da Mia como advogada de defesa e o primeiro do Miles como promotor. Acho legal o detalhe do Edgeworth em início de reter alguns trejeitos do Manfred Von Karma, que desde o primeiro jogo é dito que foi seu mentor. É um caso curto e rápido, mas não deixa de ser impactante pelo plot twist final e pela sua importância para aquele que eu considero o maior triunfo da trilogia original: o último caso desse jogo, que dá uma aula de narrativa e de roteiro. Pegando diversos pontos que vinham sendo mencionados e desenvolvidos desde o primeiro jogo e se amarram aqui de forma magistral. Trazendo todos os personagens de volta, todos sendo de suma importância pra trama, um clima mais pesado e elementos sobrenaturais muito bem encaixados dentro do enredo. Sem falar na grande vilã que, pra mim, é a mais desprezível não só da franquia (até aqui) como dos games como um todo.
Apesar de um segundo game mais fraco, a trilogia original de Ace Attorney se mantém como uma das mais sólidas dos games, da Capcom e dos visual novels. Personagens carismáticos e icônicos, mecânicas bem estabelecidas e gostosas de se usar, uma trilha sonora impecável, um roteiro muito bem amarrado que compensa todo o desenvolvimento ao longo dos três jogos e uma trama envolvente. Se mantém como um dos meus favoritos, ainda mais agora com a compreensão das histórias. Não tenho nenhuma objeção contra este título.
Quando peguei meu PS4 e vi que tinha a trilogia remasterizada, não pensei duas vezes antes de pegar, já que eu tinha que rejogar pra, dessa vez, ter um entendimento completo das tramas.
Phoenix Wright: Ace Attorney
Se mantém como um ótimo jogo. Ele ja sai de arrancada com diversos personagens hoje icônicos dentro da franquia, indo do próprio Phoenix, passando pela Mia, a Maya, o detetive Gumshoe e, obviamente, o que, pra mim, é o segundo protagonista e um dos meus favoritos: o Miles Edgeworth. Todos esses personagens são extremamente carismáticos e eles fazem com que tu te envolva ainda mais na história por causa das aparições, reações e histórias. Isso sem falar na enorme gama de coadjuvantes tão carismáticos quanto. Todos os casos aqui tem enredos interessantes, mesmo que alguns mais que outros, mas todos são memoráveis e muito bem escritos. O game tem uma narrativa muito bem feita, o grande destaque é o quarto caso (o último na versão original), que é um dos melhores da franquia inteira, acho que ele consegue fazer uma mistura perfeita de um tom épico com suspense, drama e comédia.
Justice for All
Esse é o mais fraco entre os três. Apesar da introdução da Franziska Von Karma, que é uma personagem tão memorável quanto os apresentados anteriormente, da Pearl, que traz uma leveza pro game, e da nova mecânica do Magatama, os casos aqui são muito abaixo dos incluídos no primeiro game. Desde o caso introdutório que usa o clichê da amnésia pra justificar a necessidade de um tutorial para o pessoal que tava pegando a franquia pela primeira vez, o segundo (que é um bom caso), que traz a maioria dos novos personagens e elementos importantes pro jogo seguinte, o terceiro caso que a gente finge que não existe e o último caso que é facilmente um dos melhores casos da franquia. Tudo nele é de se destacar: a trama, a virada pra um clima muito mais pesado e sombrio e como nesse caso em específico é mostrado um lado mais frágil e angustiado do Phoenix, devido a situação que ele se encontra. Esse último caso faz o game valer a pena.
Trials and Tribulations
Aqui é o grande triunfo e, provavelmente, o game mais bem escrito da trilogia original. T&T introduz do lado da promotoria o Godot, que carrega consigo uma dor e um rancor muito grande do Phoenix, facilmente um dos personagens mais legais da franquia. Além disso, aqui o tutorial faz muito mais sentido por esse primeiro caso ser protagonizado por uma Mia Fey em início de carreira, depois de um hiato grande entre esse e seu primeiro caso, e esse é um caso que define o fio condutor da trama principal do game. Os dois casos seguintes são interessantes, mas parecem mais filler por não envolver a principal vilã desse jogo. O terceiro caso é o primeiro caso da Mia como advogada de defesa e o primeiro do Miles como promotor. Acho legal o detalhe do Edgeworth em início de reter alguns trejeitos do Manfred Von Karma, que desde o primeiro jogo é dito que foi seu mentor. É um caso curto e rápido, mas não deixa de ser impactante pelo plot twist final e pela sua importância para aquele que eu considero o maior triunfo da trilogia original: o último caso desse jogo, que dá uma aula de narrativa e de roteiro. Pegando diversos pontos que vinham sendo mencionados e desenvolvidos desde o primeiro jogo e se amarram aqui de forma magistral. Trazendo todos os personagens de volta, todos sendo de suma importância pra trama, um clima mais pesado e elementos sobrenaturais muito bem encaixados dentro do enredo. Sem falar na grande vilã que, pra mim, é a mais desprezível não só da franquia (até aqui) como dos games como um todo.
Apesar de um segundo game mais fraco, a trilogia original de Ace Attorney se mantém como uma das mais sólidas dos games, da Capcom e dos visual novels. Personagens carismáticos e icônicos, mecânicas bem estabelecidas e gostosas de se usar, uma trilha sonora impecável, um roteiro muito bem amarrado que compensa todo o desenvolvimento ao longo dos três jogos e uma trama envolvente. Se mantém como um dos meus favoritos, ainda mais agora com a compreensão das histórias. Não tenho nenhuma objeção contra este título.