O design de arte e o mundo de Lake são muito bem feitos para uma produção indie, e os controles são bastante precisos. A proposta de ter uma experiência mais calma enquanto entrega cartas e conhece as pessoas da cidade, por outro lado, tem uma execução bastante mediana.

Apenas duas relações entre a protagonista e os NPCs são de fato bem desenvolvidas. Há outras duas que até despertam interesse, mas carecem de um trabalho melhor. Fora estas, há várias que você simplesmente não liga ou esquece que existem em certo ponto da história.

Além disso, a gameplay pedia por mais variedade. No início é interessante viajar pela cidade e descobrir os diferentes cenários, mas aproximadamente na metade você estará só repetindo as mesmas ações nos mesmos locais que já conhece. Não chega a ser horrível, mas enjoa.

Existem dois finais principais e um terceiro “secreto”, mas que não é difícil de encontrar – e ainda dentro desses, pequenas variações podem ocorrer. Todas as opções são interessantes pro arco da protagonista, mas a forma como são executados carece muito de clímax.

O que mais me incomodou, no entanto, foi a performance. Joguei ele no PS4 e a taxa de frames cai aleatoriamente sem razão alguma, fora a lentidão após as entregas e, o pior de tudo: crashes a todo momento – especialmente se você usufruir da opção de fast travel pelo mapa.

Se não fosse pela má otimização do jogo pro console (creio que a versão de PC não seja assim), Lake poderia ser uma experiência ok, mas tais problemas infelizmente estragam o que tinha para ser apreciado no jogo, que acabou me oferecendo uma experiência desagradável.

Reviewed on Aug 06, 2023


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