Resident Evil 0 peca por conta de um problema muito grave, a ponto de que pode acabar estressando mais o jogador do que o divertindo.

A maior e principal falha que pode ser notada é a ausência do item box, que é uma ferramenta essencial in-game quando o jogo te apresenta a um inventário extremamente limitado e que facilmente fica cheio. Perdi as contas de quantas vezes precisei ficar dropando meus itens no chão porque nunca tinha espaço para carregar nada e depois tinha que fazer um backtracking desgraçado pra pegar um item que deixei lá no primeiro estágio do game, quando já estava bem avançado na história. Fora as vezes que eu tive que ficar transportando meus itens de um lugar pra outro quando mudava de cenário, pra não ter que voltar tudo caso precisasse de alguma munição ou item de cura. Cara, isso foi extremamente cansativo e contribuiu muito para a nota final que esse jogo recebeu.

Ignorando essa barreira colossal, ainda é possível notar alguns pontos positivos: câmera fixa, mira travada no alvo, trilha sonora marcante e a incrível atmosfera do survival horror; heranças da trilogia clássica.

A história não é ruim, mas se tratando de uma prequel, sinto que não acrescentou em nada ao primeiro game. Dito isso, salvam-se os personagens principais: Billy e Rebecca; são carismáticos e possuem uma química genial.

Em conclusão, Resident Evil 0 foi, para mim, uma experiência mais cansativa do que divertida. Não invalido nada do que passei porque o meu intuito com esse jogo foi conhecer a sua história, mas definitivamente não o recomendo como uma porta de entrada para futuros novos fãs; aqueles sem paciência e sem amor pela franquia devem passar longe desse game, ou correm o risco de nunca conseguirem terminá-lo.

Reviewed on Mar 21, 2023


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