Recebe muitas glórias da mente do Neil Druckman, principalmente pela veia sentimental que o fechamento de uma jornada marcante pede. Em certos momentos ele até parece o amadurecimento completo da ideia "uncharted", seja por ser mais dinâmico em quase absolutamente tudo que envolve a gameplay (quase um protótipo de The Last Of Us 2), ou pela dedicação maior em superar uma escrita tão unilateral quanto a dos anteriores.

Mas isso fica longe de transformar esse jogo em algo imaculado. O desenrolar dos capítulos que iam e viam sem você nem sentir foram complexificados em uma série de ideias que matam completamente o pace da aventura. O alongamento das fases com mais mais mais e mais coisas para se escalar e a adição do protótipo pouquíssimo lapidado de mundo semiaberto (que viria a ser aprimorado em TLOU2, como tudo nesse jogo) são uma tentativa lixosa de aproveitar e acabar complexificando o problema hereditário de todos os uncharted. A ilha do Avery morre muito cedo na praia quando você passa umas 3 horas só escalando pedra e conversando merda, para quando chegar na cidade, ficar escalando madeira podre e falando mais merda

Dito isso, Elena+Drake+Sully fofos como nunca, alguns capítulos espetaculares (os melhores são os mais curtos) e um epílogo genial, achei fofo.

Reviewed on Jan 11, 2024


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