"Waiting for something to happen?"
...
"Everything is going to be okay..."

O que falar desse game? Pouco o que falar, muito o que sentir. Alias, OMORI se trata justamente disso, sentimentos. O quão forte são as emoções e como isso pode afetar um indivíduo ou seu entorno.

Perda, medos; superação. Negação, aceitação; Culpa. Ansiedade, depressão; crises – Suicídio.

Todos esses temas sensíveis trabalhados com bastante seriedade. Definitivamente não é um game para pessoas com o coração fraco.

Saindo um pouco da filosofia do game, ele se trata de um JRPG de turno padrão, as batalhas são bem simples com o diferencial de uso de emoções como buffs/debuffs, uma mecânica muito interessante e bem aplicada diga-se de passagem.

O modelo gráfico é lindo de morrer e bastante único, simulando esboços de caneta e lápis. O trabalho com cores e a ausência dela em diferentes cenários destaca ainda mais o conceito das emoções, alternando entre a realidade de OMORI e Sunny.

A história é dividida em 3 arcos. O 1° é muito bom e confuso. O 2° tem um desenvolvimento lento mas as peças começam a se encaixar, porém a exploração começa a se tornar um tanto cansativa e você chega num ponto onde só quer finalizar logo. E quando finalmente o tão esperado 3° arco se conclui, é recompensador. O epílogo de OMORI é fantástico! Carregado de lágrimas, com uma reviravolta esmagadora, nossa como doeu...

Concluindo, iniciei o game com alguns preconceitos, achando que era apenas hype dos dito cujos "cults", mas me surpreendi com um game de altíssima qualidade e que merece sim a fama que tem.

Sim, eu tenho depressão, como adivinhou??