i don't really enjoy cars, i don't think i understand them. i don't get the excitement, i don't get the aesthetics, i can find beauty in a car design, but i don't get a rush out of it. simply put, i'm not a part of its culture

i am, however, gonna dig any car that has "DRUAGA" written in big bold letters on top of it's paint an immense amount. i'm sure this game is better for people who actually do like these machines, but i was genuinely content playing it. listen, Namco was king once. way before Atlus could start to even concede it's proven true red and black combo. this here is elegant, provocative and powerful, masterclass in design, really, in every way. nothing else was doing it like videogames were and much less like Namco was.

i honestly love how this game controls, i love how there's only two (three technically) different locations with tons of variations on how they're raced, i love the soundtrack, i love picking colors for my car, love the duel system, love the obnoxious DJ, i especially love driving at night it feels like everything to me. winning feels good, this game will make you tense and it will also make you relaxed because believe it or not there is enough time to appreciate the scenery.

i don't like cars but maybe if i had ridge racer v during my formative years i would have played racing games other than mario kart. or at the very least more ridge racer

Reviewed on May 10, 2024


3 Comments


6 days ago

eu tinha uma review escrita sobre esse jogo por aqui que falava mais ou menos da mesma coisa. sobre como dirigir nunca necessariamente foi um apelo pra mim e como sou praticamente um "analfabeto de carro". mas nessa época eu tava jogando muito jogo de corrida, e acho que a melhor coisa que eu percebi sobre mim naquele tempo foi minha facilidade de ficar impressionado com o jeito que as coisas são apresentadas pra mim nos menores movimentos mesmo quando um gênero segue uma espécie de "fórmula" ou tá enraizado em algum lugar fora do meu repertório. sobre como jogos nunca vão falhar em ser humanos independente do formato que adotem. outrun é um dos meus jogos favoritos por que eu amo a impressão do horizonte interminável, amo como a estrada nunca toma mais espaço na tela do que o céu, a "direção" como uma atividade praticamente espiritual, de devoção e libertação. amo como ridge racer 4 consegue retratar o esporte como um lugar onde todas as histórias do mundo acontecem num mesmo instante, como todas as forças atuando na pista são forças que atuam numa história fora dela, como dirigir é deixar as curvas transformarem sua vida e a vida transformar sua forma de ver as curvas, e como o jogo de certa forma soa até como uma tentativa de "eternizar" esses sentimentos diante da possibilidade de que um dia aquilo tudo acabe, ou não seja mais daquela forma

e o que eu amo sobre ridge racer 5 tá até de certa forma ligado com esse último comentário por que enquanto a última corrida do 4 é no reveillon da virada do milênio (inclusive terminando com um feliz ano novo) o 5 é o primeiro ridge racer pós anos 2000 e o retrato da cultura da corrida é muito diferente. é uma cidade morta reservada pra clinicamente dependentes da corrida, as partidas quase nunca esperam o momento mais "bonito" do dia pra acontecer, é um jogo sobre qual motor grita mais alto, sobre ego, onde a IA é muito mais agressiva do que nos outros. e mesmo assim ainda é um jogo sobre você, sobre seu carro, sobre as paisagens e sobre poder correr, nunca só sobre acumular troféus.

6 days ago

@totolecc adorei, queria ler seu texto agora que terminei esse jogo mas respeito toda vontade de deletar nossas palavras na internet, acho um direito importante de se preservar

quero jogar os outros ridge racers, mas quanto a corrida final do V eu achei incrível, o jogo inteiro te pede conhecimento intimo da cidade e suas curvas perigosas e difíceis e ai no final te joga numa pista oval onde o unico oponente é vc e os outros, a pista te libera das garras dela e diz ou vc aprendeu a ultrapassar os outros e ser consistente ou não, prove isso por 10 laps seguidos. acho lindo ser num aeroporto também, lugar de encontros e despedidas, é de uma sensibilidade que pouco time tem

6 days ago

@Mewtsukki eu... também... tinha uma review... sobre as últimas corridas do 5 e do 4... e eu falava mais ou menos sobre isso. a última corrida do 4 é inacreditável igual. ela acontece no reveillon como eu falei, numa despedida do ano pra um ano novo, e diferente do 5 o 4 tem uma visual novel pra cada marca que você escolhe representar no grand prix contando um drama envolvendo a equipe e seu manager, quase sempre tendo como tema fantasmas do passado. e pra mim a graça dessa última corrida além da parte simbólica da virada do ano como uma libertação disso tudo é que o jogo te faz sentir que sua equipe também foi importante pra conquista. ela não exige domínio de drift, de curvas, é acelerar o carro que eles prepararam pra ti e acreditar... inacreditável