Kuon definitivamente foi uma experiência diferente de certa forma, mas não necessariamente ótima. Por incrível que pareça, a dublagem americana não é ruim (Apenas não combina já que o jogo é totalmente japonês), os gráficos são bonitos e o jogo é muito bem polido pra um projeto que claramente não teve muito orçamento, a ideia de usar magias e principalmente summons em um survival horror com puzzles estilo Biohazard é o tipo de "diferente" que gosto de ver, funciona bem e não encontrei um único bug no jogo inteiro.
Temos três pequenas campanhas, onde jogamos com cada uma das três protagonistas, a atmosfera de terror japonês é legal, e em alguns momentos acaba sendo até meio badass como seria em um anime (Hey, esse jogo é da From Software no final das contas), principalmente na fase Kuon, onde a Seimei chega acompanhada de dois summons (Que são demônios grandes e bombados que a chamam de mestra) pra botar a ordem na casa. Kuon tem personalidade, mesmo que diferente, as vezes estranha e as vezes legal, mas acima de tudo, ter personalidade é algo que aprecio.
O problema é que, claramente todo o orçamento pequeno do jogo foi para estes pontos que citei anteriormente, pois o jogo tem pouquíssimo conteúdo, e grande parte desse conteúdo se repete em todas as fases (Yin, Yang e Kuon, as três campanhas do jogo), como por exemplo: O mapa inteiro se repete nas 3 fases, a maioria dos puzzles se repetem na fase Yin e Yang, a fase Kuon é totalmente linear sem durar nem se quer meia hora, infelizmente o fato do jogo ser tão curto não dá muito espaço pra brincar com os summons que na minha opinião são a parte mais interessante do jogo.
No fim das contas o saldo com certeza é positivo, só fico triste que uma experiência tão diferente não teve a chance de ser tão melhor.

Reviewed on Apr 11, 2022


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