Esse jogo parece uma mistura de Skyrim com Monster Hunter. Skyrim pelo cenário de RPG de fantasia medieval, “semi open world”, com passagem de tempo e cidadezinhas para visitar (numa escala muito menor do que Skyrim); Monster Hunter principalmente pelo combate.

A exploração do mapa e especialmente das dungeons, embora tenha algumas burocracias inconvenientes, é divertidíssima; o combate, apesar de ocasionalmente ser meio arrastado, é ótimo; e as interações e combos de ataques que podem ser feitos com os outros membros da sua party (pawns) nas lutas são incríveis. O jogador tem muita agência, e tudo isso possibilita um gameplay emergente. O elemento online assíncrono dele é incrível e diferente de tudo que já vi.

Para bem e para mal, ele tem muitas esquisitices típicas dos jogos japoneses herdadas de toda a história de videogames dessa região, com uma roupagem típica de jogo do final da primeira década dos anos 2000: gráficos bem feios, personagens humanos horríveis que são a própria prole de Satanás e um filtro meio cinza, meio marrom na imagem, dentre outras coisas. Afinal de contas, é um jogo originalmente lançado para PS3/360.

A versão Dark Arisen é a definitiva: inclui todas as atualizações de conteúdo para o jogo base e uma expansão de história enorme e estupidamente difícil, que eu recomendo jogar após zerar o jogo e com os pawns de maior nível que conseguir contratar.

Embora eu tenha achado a lore desse universo interessante, a história não me cativou e não tive apego nenhum a qualquer personagem supostamente importante para a narrativa. Eu só me importava com os pawns da minha party, o que já é suficiente (apesar de serem meio burrinhos e às vezes falarem demais).

Apesar dos problemas, é um jogo muito interessante e que vale muito a pena ser jogado.

Reviewed on Jan 06, 2024


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