Prey é um immersive sim muito competente, recheado de boas ideias e mecânicas divertidas, mas sendo aquele exemplo de jogo que é ótimo mas não clica muito comigo como jogador.
Falando inicialmente dos pontos positivos, ele conta com uma das propostas de jogo mais interessantes que joguei recentemente, apresentando uma história espacial com fortes elementos de ficção cientifica, formando junto com a história uma sólida fundação para o jogo, sendo contada além dos momentos expositivos por textos e por narrativa no ambiente, contando com uma história extremamente interessante e cheia de reviravoltas.

Os gráficos, apesar de bem agradáveis, não são o ponto mais forte do jogo. A direção artística e gráficos dos ambientes são muito bem feitas, assim como os equipamentos e conceito das tecnologias apresentadas no jogo. Contudo, os outros aspectos são bem falhos, como personagens que tem expressões faciais fracas e a ideia da aparência dos Typhons, apesar de ser muito condizente com toda a historia, acredito ter sido muito genérico, chegando um momento que os tornam extremamente sem graça.

Ainda continuando falando dos personagens, não chegam a ser ruins, mas na maior parte da aventura eles não são parte ativa nela. Por conta da estrutura do jogo, a maior parte dos personagens estão desde o começo mortos, então o que você conhece deles são seus conflitos passados através dos arquivos de áudio e emails, o que dá muita a vida a historia da Talos I, mesmo estando cheia de defuntos. Talvez se tivesse um pouco mais de interação com os sobreviventes, seria mais divertido ao meu gosto pessoal.
Agora, o ponto que realmente me perdeu foi um aspecto da gameplay: Ela é precisa, com armas e poderes extremamente criativos, apresentando um mapa divertido e instigante de explorar. Contudo, sinto que mesmo ele sendo um immersive sim, algumas decisões tornaram ele muito “quadrado”. Você não sente que suas decisões de gameplay são recompensadas, sentido que você tem que se adaptar as circunstâncias mesmo que elas vão totalmente ao contrário do que decidiu na construção do personagem. Por exemplo, se você criou seu personagem para uma gameplay mais voltada para entrar e sair atirando, em momento nenhum você sente que você é bom nesse aspecto. Outro ponto relacionado a isso é como você sempre está em falta de recursos, mesmo investindo recursos em habilidades que deveria contornar esses problemas.

Por fim, a trilha sonora, que é legal e interessante, mas não há nada EXTREMAMENTE marcante ou que me vejo ouvindo além do jogo, sendo uma exceção a musica do Yellow Tullip.

No fim, reitero que o jogo é ótimo e provavelmente vai ser muito mais quisto por outras pessoas, mas alguns elementos dele realmente não caíram bem com meu gosto e estilo de jogador, me impedindo de gostar mais e conclui-lo.

Reviewed on Nov 05, 2023


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