Simplesmente virou meu jogo favorito.

Ele é bastante falho tecnicamente puramente por fatores de época, os próximos jogos ainda iriam apeixomorar os sistemas introduzidos. Explorar o Tartarus se torna bastante cansativo por não ter muita variação neles, as relações com os personagens masculinos é fraca, os social links em geral não passam de ok, e os bosses são esponjas de dano chatissimos de enfrentar.

Mas esses personagens e principalmente a história e seus temas fazem tudo valer. O jogo tem uma forte temática sobre a morte, a aceitação da morte como parte fundamental da vida, a efemeridade de tudo que existe, ao mesmo tempo também sendo sobre seguir em frente, os personagens passam por conflitos e traumas que os dificultam de viver, e aí surge a busca por um propósito, um sentido em continuar e viver e lutar. Os personagens não lutam contra o mal, mas contra a apatia, as sombras são o contrário da vida, não como a morte, mas como a falta de movimento, a inatividade e a falta de propósito, o contrário da vida é a negação de agir e sentir. Atirar na própria cabeça é a aceitação da mortalidade e do medo da morte, a quebra da sua máscara, onde você decide viver sendo quem você realmente é e entendendo que você decide o que fazer com a sua vida.

E esse tipo de temática é o que mais me conquista em arte, afirmação da vida, isso é a mensagem do meu álbum favorito e meu filme favorito, era óbvio que isso ia me pegar profundamente, afinal, é basicamente a minha filosofia de vida, o milagre que a vida é, a beleza que existe em tudo mesmo nos aspectos ruins da vida, ao sofrimento como um motivador de um novo significado em continuar, a morte sendo o que faz a vida ter o valor que possui, o que nos motiva a viver o tempo em que estivermos aqui, aproveitar plenamente nosso tempo aqui, dar valor aos bons momentos, laços e paixões, que nos fortificam, nos fazem crescer e entender a beleza que existe na vida.

Reviewed on Feb 16, 2024


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