Esse é um caso interessante. Ele não chega a ser um jogo de terror mecanicamente, e sim um Walking Simulator (até porque ele é da mesma dev de Dear Esther). Isso explica o level design linear e a ausência de qualquer mecânica. Sabe oque é engraçado? É que Soma também é um pouco assim (não totalmente) mecanicamente você só anda pra frente, mas você resolve uns puzzles e se esconde de uns bixos no caminho (e se esconder no Soma tá longe de ser um deleite de game design bem feito).

Aqui no AMfP você só tem que achar pra onde ir mesmo (oque não é muito difícil).

Se esse jogo é uma proposta diferente, porque a galera não gosta mt dele? Bom, nesse texto eu pareço estar sendo imparcial com o jogo e bem justo, mas a verdade é q eu achei o jogo bem ruinzinho. Mesmo que você coloque isso na sua cabeça, é difícil tirar o gosto amargo da boca depois de ir pra um puta jogo interessante como o Dark Descent e ir pra esse jogo de andar pra frente (oque por si só não é um defeito).

Porém, o maior problema desse jogo é que ele parece bem incompleto (o que faz sentido, porque originalmente esse jogo ia ser um mod), e nisso, a maior qualidade do jogo, que deveria ser a história e a temática, se perde num "level design preguiçoso" e num "terror inexistente", coisas que um walking simulator nem precisa, mas está gravado na memória do jogador pelo Dark Descent. No fim, a pessoa que joga e não se importa de pesquisar sobre o jogo, acha uma experiência chata.

Por ser um jogo meio rushado, a história sofre muito. Ela tem uns momentos e temas bem interessantes, mas é desfocada, críptica até demais e quando vc finalmente começa a entender, o jogo acaba. Se o jogo tivesse um maior tempo de duração, uma história melhor desenvolvida (e um outro nome?) ele seria quase tão aclamado quanto Soma, como um jogo que mergulha na mentalidade distorcida de um homem que não tem mais nada à amar.

Reviewed on Mar 08, 2024


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