Grata surpresa que atualizaram essa coletânea com as QoL da versão de console literalmente dias depois de eu começar a jogar.
Eu ganhei um GBA SP quando era moleque e o jogo que eu escolhi foi Final Fantasy I & II: Dawn of Souls. Joguei mil vezes o 1, apenas uma vez o 2. Porque era difícil demais, confuso, eu não entendia porque eu não conseguia ficar forte, não conseguia descobrir o que fazer, você dá 3 passos e é emboscado por monstros. Esse jogo é muito estranho vindo do 1. Aí eu li alguma revista o "truque" de como ficar forte e daí em diante foram horas e horas grindando. Lembro de estar no banco de trás do carro voltando de algum lugar e só lá, treinando. Finalmente consegui terminar o jogo.
Era essa minha lembrança dele, que o sistema de evolução era complexo, que era meio cansativo por causa das altas taxas de encontro. E qual foi minha surpresa quando eu descubro que esse jogo tem um puta plot? E que eles adoram chacinar todo mundo que sequer sorri pra você? George R R Martin deve ter jogado isso aqui enquanto escrevia Game of Thrones, não é possível.
Poder desabilitar encontros aleatórios torna esse jogo uma experiência muito mais agradável, principalmente pela trilha sonora reorquestrada que é um ABSURDO, meu Deus a música tema do overworld, aquilo ali é pura arte. A verdade é que eu me diverti bastante buildando personagens dessa vez, porque como todo mundo pode fazer tudo, você realmente tem um gostinho de fazer um personagem versátil e que é bom em tudo o que faz, em contraste com outros FFs onde você tem que ir mesclando classes e ficando travado nelas. Aqui você pode só dar uma espada e um livrinho na mão de um brother e ele já vira seu paladino white mage. O personagem fica mais proficiente naquilo que ele mais faz, mas isso não impede um personagem que não tem muito intelecto de usar magias de suporte com eficiência. Tudo isso torna montar sua party realmente algo legal.
No quesito dificuldade, tem uma curva terrível onde você é muito fraco por muito tempo, principalmente em defesa, evasão e vida e o catch aqui é que upar esses atributos é "usando" eles... ou seja, apanhando. E é bem fácil morrer. No começo, no meio. Se você não "jogar certo", provavelmente o jogo todo. Provavelmente o principal motivo de frustração de todo mundo que odeia ele.
A sacada que mencionei é que você precisa usar as coisas pra upar elas. Você precisa atacar com as armas. Eliminar inimigos em 1 hit não te dá tanta experiência. Tomar pouco dano não melhora tanto sua vida. Assim como na vida real você precisa suar pra valer. Quase morrer toda luta, spammar aquela curinha, remover todos os debuffs na hora, usar umas armas mais fracas pra não eliminar os inimigos tão rápidos...
Mas aí você pega a Blood Sword. Talvez o maior erro da história da Square Enix, criar a espada mais maneira que já existiu, onde cada golpe equivale a uns 5 crimes de guerra. Derrubou o chefe final em 2 hits. Welp.
Eu ganhei um GBA SP quando era moleque e o jogo que eu escolhi foi Final Fantasy I & II: Dawn of Souls. Joguei mil vezes o 1, apenas uma vez o 2. Porque era difícil demais, confuso, eu não entendia porque eu não conseguia ficar forte, não conseguia descobrir o que fazer, você dá 3 passos e é emboscado por monstros. Esse jogo é muito estranho vindo do 1. Aí eu li alguma revista o "truque" de como ficar forte e daí em diante foram horas e horas grindando. Lembro de estar no banco de trás do carro voltando de algum lugar e só lá, treinando. Finalmente consegui terminar o jogo.
Era essa minha lembrança dele, que o sistema de evolução era complexo, que era meio cansativo por causa das altas taxas de encontro. E qual foi minha surpresa quando eu descubro que esse jogo tem um puta plot? E que eles adoram chacinar todo mundo que sequer sorri pra você? George R R Martin deve ter jogado isso aqui enquanto escrevia Game of Thrones, não é possível.
Poder desabilitar encontros aleatórios torna esse jogo uma experiência muito mais agradável, principalmente pela trilha sonora reorquestrada que é um ABSURDO, meu Deus a música tema do overworld, aquilo ali é pura arte. A verdade é que eu me diverti bastante buildando personagens dessa vez, porque como todo mundo pode fazer tudo, você realmente tem um gostinho de fazer um personagem versátil e que é bom em tudo o que faz, em contraste com outros FFs onde você tem que ir mesclando classes e ficando travado nelas. Aqui você pode só dar uma espada e um livrinho na mão de um brother e ele já vira seu paladino white mage. O personagem fica mais proficiente naquilo que ele mais faz, mas isso não impede um personagem que não tem muito intelecto de usar magias de suporte com eficiência. Tudo isso torna montar sua party realmente algo legal.
No quesito dificuldade, tem uma curva terrível onde você é muito fraco por muito tempo, principalmente em defesa, evasão e vida e o catch aqui é que upar esses atributos é "usando" eles... ou seja, apanhando. E é bem fácil morrer. No começo, no meio. Se você não "jogar certo", provavelmente o jogo todo. Provavelmente o principal motivo de frustração de todo mundo que odeia ele.
A sacada que mencionei é que você precisa usar as coisas pra upar elas. Você precisa atacar com as armas. Eliminar inimigos em 1 hit não te dá tanta experiência. Tomar pouco dano não melhora tanto sua vida. Assim como na vida real você precisa suar pra valer. Quase morrer toda luta, spammar aquela curinha, remover todos os debuffs na hora, usar umas armas mais fracas pra não eliminar os inimigos tão rápidos...
Mas aí você pega a Blood Sword. Talvez o maior erro da história da Square Enix, criar a espada mais maneira que já existiu, onde cada golpe equivale a uns 5 crimes de guerra. Derrubou o chefe final em 2 hits. Welp.
Gaimm_
3 months ago