Pelo inicio completamente desconexo e simplesmente nos dando a oportunidade de explorar a ilha sem qualquer explicação prévia, achei que seria uma baita jogão. Não foi...

Verdadeiramente aprecio a ideia de querer trabalhar temas mais sensíveis de forma totalmente abstrata e conceitual, ainda mais usando de diálogos e alusões visuais para construir e desenvolver peças para nos levar até o twist e, por fim, chocar com uma conclusão impensada. Entretanto, falha em um dos aspectos mais básicos nessa escolha: execução narrativa.

Existem diálogos soltos que prometem conectarem tudo no final da trama, mas a forma como encaminha para a conclusão é simplesmente péssima, uma vez que não é nada intuitivo e, acima de tudo, extremamente imbecil. É somente uma nova interpretação sobre a tal "Máquina de Música", que da nome ao jogo. Mas e aí, o que isso quer dizer? No que isso implica?

Vários dos temas levantados pelo autor não levaram a nada, como no caso do Roger e o culto, a existência da voz misteriosa e como o Quintin consegue dividir a consciência com a Halley em um único corpo. Certamente essa última parte é algo que pode ser visto como uma suspenção de descrença, mas como nada é explicado o suficiente, vou dizer que isso também é um problema à percê.

No mais, The Music Machine tenta ser ganancioso ao querer trabalhar temas sensíveis de forma abstrata e desconexa, mas falha miseravelmente em sua execução, caminhando toda a narrativa de maneira porca e que deixa o jogador sem entender absolutamente nada.

Reviewed on Jul 01, 2023


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