The Quiet Man é do tipo de jogo que a ideia no papel parecia uma obra fora do normal, e de certa forma ela é. Fora de qualquer noção de uma pessoa normal, a premissa soa interessante nos primeiros minutos.

Pois a ideia de por o jogador em pé de igualdade ao personagem deficiente auditivo, inicialmente soa como uma forma de excluir o jogador do contexto geral do mundo e narrativo, e antes de começarmos o jogo é dito que irá ter legendas em momentos específicos do para que não tenha uma frustração maior ao jogador.

As legendas aparecem, sem exagero nenhum, na cena inicial e na cena final do jogo, mas por todo o jogo ela te abandona e você fica a mercê da interpretação da direção de cenas (que por vezes é genuinamente interessante) o que me fez ficar cansado do jogo nos primeiros trinta minutos.

Ao invés de ser TOTALMENTE sem som em cutscenes e o som abafado em combate, seria infinitamente mais interessante as cenas tivessem legendas quando o personagem estivesse vendo a boca de alguém, remetendo a leitura labial e liberar o som em partes que o protagonista não está em cena, e utilizar desses momentos, em partes cruciais para a historia, ao invés de forçar uma segunda jogatina com som nomeada de The Quiet Man "Anwsered", me parece fora de tom.

E digo isso levando em conta que jogar The Quiet Man é uma tortura, movimentação dura, câmera horrível dentro de combate, I.A dos inimigos é burra demais (e outras é inteligente até demais). Resumindo a opera, é um jogo quebrado, são 3 horas de um tormento que não desejo nem pro meu pior inimigo.

No mais, ainda é um jogo que eu respeito, é um jogo corajoso, ele claramente não tem medo de errar (e ele erra muito) que me desperta uma curiosidade mórbida. E devo dizer, definitivamente não vale a pena, mas com certeza foi uma das experiências mais diferentes e frustrantes que tive com videogame

Reviewed on Mar 22, 2023


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