Infinite Guitars é um jogo que me deixaria muito triste se eu não pudesse completar ele, iniciei minha jornada no jogo desde que ele entrou day one no GamePass, lá pra 30 de março, e me diverti mesmo com problemas como loop na música, bugs e coisa menores que eu nem me lembro mais porque algo maior aconteceu, na batalha contra a Maria lá pro capítulo 5 o jogo crashava, eu tentei todas as coisas e nada ia, fui no twitter e mandei o problema pro criador que disse que isso era com o pessoal do port, esperei 2 meses, abri o jogo, e vi que ainda não tinham consertado, dai abri ontem e KRL CONSERTARAM? NEM FUDENDO
E continuei minha aventura, já não lembrava de muita coisa exceto que já tinha derrotado aqueles malucos e fui em frente, o jogo continuava com bugs como a renderização das batalhas que me colocava em softlock, minigames de ritmo bugados e isso era constante, mas minha persistência foi maior e finalmente dei cabo nele
A reta final é sofrível, você passa pelo loop de ir em 3 dungeons idênticas e a cada dungeon tem o que seria a conclusão do arco dos personagens, a esse ponto tudo perdeu a graça, no máximo ainda é divertido mandar solinhos de guitarras, algo que eu não me cansei em nenhum momento no jogo
Chegando no final, não sem sofrer bugs, eu não consigo mais achar a associação com o prólogo, o texto me parece confuso e já veio o que deveria ser a conclusão seguida dos créditos
Eu não julgo a parte da história, até porque me interessei e genuinamente pretendo pegar algum dia ou ver vídeo de youtube, mas é uma pena que a experiência que até se manteve sólida até o capítulo 5 foi destruída pela reta final enfadonha e cheia de bugs
A arte é boa, tem personalidade e originalidade, as animações feitas a mão são bem bacanas e tem uma muito especial e goofy no capítulo 12, o design dos personagens, inimigos e mobs são bem bacanas, a arte geral de todo o setting é bacana
O som é bom pra krl, é um acerto louvável em um indie, principalmente de ritmo, a diversidade sonora é algo muito bom e consistente na qualidade, mas a Infinite e a Jazz é goat
A gameplay é uma mistura que pessoalmente me agrada, você tem o combate por turno, o minigame de ritmo e ainda pode desviar dos ataques dos inimigos, tudo bem básico sem muito brilho ou complexidade, o moveset é bem repetitivo, as notas no minigame são básicas e o máximo de variedade é diminuir o atk ou def do inimigo ou aumentar o seu
Ainda tem mecânicas como desviar no momento certo pra ganhar energia, ou atacar normalmente pra ganhar energia, usar sua vida pra usar um especial acompanhado do solo de guitarra e poder extender o solo ao oferecer mais da sua vida(sua vida recupera quando você acerta a nota) e dar um dano massivo baseado em algum fator aleatório que determina a fraqueza do inimigo, além de suas escolhas na história aumentarem ou diminuirem o atk/def
Infinite Guitars é potencial desperdiçado, mas ainda é bom que ele exista, se ele fosse bom ou fosse ruim poucos jogariam, e o que tivemos é a prova de que o dev futuramente pode fazer uma experiência melhor e com mais impacto, mas é inegável que há talento e alma na obra
"Mesmo com todo o sofrimento que você deixou para trás. As memórias que eu fiz em Isla são mais bonitas que qualquer paraíso que você me prometeu.
A promessa de campos verdes exuberantes, céus limpos sem fim e vida sem limites é superada por calores escaldantes, terras desmoronando e sons ensurdecedores de metais esmagando metais. Eu escolheria a felicidade que eu senti com todos ao meu lado ao invés de suas mentiras vazias"

Reviewed on Sep 29, 2023


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