esse jogo me traz conflito de amor e ódio para com a estrutura geral que o criador, vulgo OMOCAT, executou durante as aproximadamente 20 horas de gameplay.

Primeiramente, a direção de arte é estupenda. Mescla muito bem o fator surreal com horror psicológico em contraste com a ambientação colorida, infantil e nostágica do tema.

Entretanto, o maior equívoco pra mim é como ele aborda a gameplay no mundo dos sonhos do omori, em que o sistema de batalha, que diga-se de passagem, é extremamente fútil e irritante quando se trata de enfrentar os npc's comuns do jogo, em que você NÃO precisa combater para avançar, é só um RPG de turno bem cansativo em que tento evitar a batalha o máximo possível, não porque a mecânica é ruim, mas é utilizada de forma fútil em que mais parece filler do que qualquer coisa.

Sobre o enredo, acho que ele executa de forma muito mais simples do que se propõe, é muito bem apresantado por conta da direção de arte, mas realmente não é tão complexo quando destrinchado e analisado de forma gferal. estabelece uma linha linear com personagens simples, mas que no começo, não possuem nenhum tipo de gatilho de simpatia ou exploração conceitual para com o jogador, o que acarreta numa imensa falta de interesse em realizar quests com O GRUPO de personagens no jogo, mas não significa que eles não sejam divertidos, somente quando é exposto ao mundo real e demonstram as sutilezas de cada personagem é aonde passei a me importar de verdade.

O elemento terror + somado à boa representação artística de um enredo simples, mas intrigante sobre isolamento, depressão e ansiedade, torna omori muito único, que, apesar dos defeitos, é uma obra muito comovente e que me identifiquei bastante e quase cheguei a me emocionar.

Reviewed on Dec 06, 2022


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