

An investigation through space and time in a retro RPG that blends different art styles.
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coralina é a prova concreta que você não precisa de muito pra fazer algo impactante. com gigantes inspirações de undertale, omori e sonny boy, esse joguinho de rpg maker conseguiu me deixar com mais medo e ansiedade do que muito jogo por aí, e esse nem é o intuito de coralina, é incrível o que o dev >BRASILEIRO< desse jogo conseguiu fazer. e tudo isso por 5 reais, é um roubo. ansioso pro segundo capítulo.
É um jogo perdido em muitos aspectos mas pra ser sincero não tem tanto problema assim, isso se fosse o tema principal da historia que muitas vezes se subverte pra ser algo muito maior do que deveria, o jogo seria extremamente melhor se fosse mais consistente em suas decisões artísticas e entendesse que o que faz ele ser bom é sua jovialidade e não uma lore extremamente complexa omori-like
Com fortes inspirações em Omori e Yummi Nikki, Coralina é um dessa leva de jogos em RPG maker que visam contar uma historia mais introspectiva.
Em estrutura é um jogo confuso, mas com o ponto de trazer a falta de controle sobre seus sentimentos e acontecimentos para Coralina, abordando temas como ansiedade, depressão, crise de identidade, posso dizer que ele até trabalha bem e faz o feijão com arroz para desenvolver os temas.
O problema fica na montagem do roteiro que se perde dentro de sua própria confusão quando troca entre personagens sem necessariamente trazer um grande ponto narrativo. O jogo claramente tá contando algo maior que ele e o jogo no fim diz que existirá uma sequencia, mas não posso mentir, eu senti que o roteiro falha em fechar esse primeiro arco para todos os personagens, mas é instigante o suficiente pra que eu espero isso sendo feito na sequencia.
Coralina tem um senso estético interessante, uma boa trilha sonora, e um narrativa confusa até pra si mesma mas ainda cativante, a curta duração faz com que a experiência seja agradável.
E quero agradecer ao Gabriel Maki (desenvolvedor por trás do título) por ter disponibilizado a key.
This review contains spoilers
"Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo." - Cora Coralina.
A caminhada de uma garota que perdeu seus amigos e nem sabe o porquê, encontra um corvo que se diz ser o Deus da Morte, um Detetive e um trabalhador, que foi designado a descobrir o motivo dos amigos de Cora serem mortos, o Corvo (mais tarde revelado como Fuu).
Nessa premissa descompromissada de mistério vagamos por um lugar chamado Limbo, onde não se sabe o que acontece ali, o que as pessoas fazem ali, ou o que é aquilo ali, mas sabemos que aquele lugar é a personificação do inferno, mais especificamente do "Inferno de Dante/Divina Comédia''. Já puxando disso, como em ''A Divina Comédia'', o primeiro lugar que exploramos, o Limbo, é o local onde as almas que não puderam escolher Cristo, mas escolheram a virtude, vivem a vida que imaginaram ter após a morte.
Encontramos um gato que busca seu amigo, encontramos um ser misterioso que se acha um grande artista, achamos uma fotografa que nos pede um sorriso, achamos um escritor, e entramos em memórias, o Corvo em sua memória no escritório, e a Cora em sua memória com o seu aniversário de amizade com seus amigos, agora mortos. Isso se estende até passarmos por uma porta que nos direciona para uma sala dos amigos do Corvo, onde conhecemos a Cometa, chefe do Corvo.
E após esse encontro, Cora tem uma visão de Cometa, e nesse momento, somos paralelamente somos jogados em seu controle, e depois de matarmos 2 pessoas sem motivo aparente, nos olhamos no espelho, ajeitamos a franja e nos perguntamos, "quem sou eu?", "o que desejo?", "qual meu propósito?".
"O que Kant diria sobre esse declínio?
Ele diria que o herói não pode ver a verdade a verdade objetiva, apenas a sua versão dela."
Ele diria que o herói não pode ver a verdade a verdade objetiva, apenas a sua versão dela."
E após essa breve concepção de sua natureza, nos direcionamos à uma sala onde conversamos com uma outra mulher chamada Amalthea e exigimos que ela entregue a pedra da alquimia que possui, com ela recusando Cometa experimentamos do combate do jogo, que a princípio não faz sentido, mas Amateia é o nome de uma lua de Júpiter e tem uma forma irregular, então o combate é todo baseado em lógica com cartas fazendo referências a essa Lua, e a Xadrez. Após vencermos Cometa dilacera o braço de Amalthea para pegar a pedra e voltamos ao controle de Cora e Corvo.
Agora estamos em um trem, não sabemos onde vamos, mas sabemos que nosso destino será aquilo que mais desejamos, enquanto o trem está lotado com “Espectros” que se direcionam a fabricas pois tudo que sabem é trabalhar, achamos um vagão bagunçado e com coisas relacionadas a Karl Marx, um dos pais do Socialismo, o que remete ao vagão anterior onde os “Espectros” se direcionavam a fabricas para trabalhar até caírem no chão. Após ligarmos o gerador, temos uma interação no cinema, com uma personagem que não sabemos se é o Vincent, ou se é a Cometa, sabemos que essa pessoa é a personificação do próprio criador, sendo colocado ao lado de Cora, onde desorientada ela faz perguntas do que está acontecendo, e ele mesmo afirma que ele não é Deus, e sim a Consciência, o que ele sabe é o que a Cora faz, ou deixa de fazer.
Após essa conversa buscamos mais respostas com a pessoa da Televisão, onde mais uma vez somos lembrados das “Camadas” de o “Inferno de Dante”, e sobre a concepção de quem é Vincent.
E por fim, chegamos ao ato final do jogo, Cora acorda com o Corvo em um quarto, e quando saímos, nos deparamos com o objetivo de Cora, o trem chegou ao seu destino, e vemos a Faculdade de Cora, mas diferente, está obscura, deturpada, a presença de Cora atrapalha a existência daquele local, algo a incomoda, Corvo agora nos revelado como Fuu, nos avisa de que algo pode acontecer, e depois de toda essa jornada, nos reencontramos com Cometa, e ela consegue persuadir Cora a segui-la e a acompanha-la para a próxima camada do Inferno. Fuu puxado por Amalthea a segue, e assim, o primeiro capitulo de Coralina chega ao seu fim...
Mas, antes de terminar vale dizer algumas outras coisas pouco relacionadas a história, o trabalho artístico desse jogo é MAGNIFICO, 10 artistas deram uma identidade visual insuperável para esse jogo, arrisco dizer que é um dos jogos mais lindos visualmente e abstratamente que já joguei, cada momento é especial, os closes nos personagens sempre são muito bonitos e trabalham com o sentimento que o jogo quer te passar, a pixel-art é fantástica, os cenários são belíssimos e com muita coisa que ajuda a compreender o sentimento de dor, perda e confusão que o jogo quer passar. A musica auxilia muito no visual, e na atmosfera trabalhada, um serviço ótimo realizado por 2 pessoas.
Mas antes de me esquecer, as referencias desse jogo são fabulosas, não só são easter eggs legais de se encontrar no jogo, como complementam e ajudam na narrativa do jogo. Mesmo coisas simples, como Radiohead, My Bloody Valentine auxiliam na musica, referencia ao Death the Kid no chapéu do Corvo, relacionando que ele é um Deus da Morte, entre muitas outras coisas, que deixam o jogo completo de uma maneira especial!!
E é isso, Coralina sem duvida nenhuma é o jogo que até agora mais me surpreendeu no ano, e provavelmente vai me surpreender mais ainda, não tenho conhecimento o suficiente para detalha-lo melhor, o jogo tem muita coisa impactante e importante que desconheço, mas eu tenho certeza de que com uma certa dedicação ao estudo, o jogo vai ficar ainda melhor!
Venha a parte dois!!!
I am stunned to come across one certain reference. iykyk
Como um imenso fã de jogos de RPG Maker e de projetos independentes, Coralina simplesmente caiu como uma luva, assim como outros títulos que usam a mesma engine, o jogo possui uma gameplay simples, mas não deixa a desejar em NENHUMA outra área, visto que é um jogo incrivelmente criativo e com uma história que, por mais que só tenhamos um capítulo disponível, passa por meio deste, de forma bastante tênue uma mensagem importante e de forma interpretativa, tudo com um fantástico estilo visual, que mescla diversos tipos de estilos artísticos tudo isso amarrado com uma ainda melhor trilha sonora que, por apenas R$5, com certeza é uma ótima pedida, definitivamente um passo certíssimo pro cenário de jogos indies brasileiro
(E o jogo me ganhou demais pelo fato de ter referências a My Bloody Valentine e Radiohead)