Nobunaga's Ambition: Sphere of Influence - Ascension

Nobunaga's Ambition: Sphere of Influence - Ascension

released on Mar 23, 2016

Nobunaga's Ambition: Sphere of Influence - Ascension

released on Mar 23, 2016

The newest release from the Historical Simulation Game landmark series, "Nobunaga's Ambition!" In this release we include "Officer Play" for the first time in the series, allowing players to advance from retainer to Castle Lord and then on to Daimyo. Experience the reality of an officer of the warring states from differing perspectives!


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Nobunaga's Ambition: Awakening
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Nobunaga no Yabou: Taishi
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Nobunaga's Ambition: Sphere of Influence
Nobunaga's Ambition: Sphere of Influence
Pokémon Conquest
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I recommend this to anyone interested in Koei's strategy games, it's a load better than their recent three kingdoms entries, and features better gameplay, choice and depth. I've tried this on the PS4 too, and i can recommend that also, plays just fine.

Em 2013 é lançado no Japão o jogo Nobunaga no Yabou: Souzou. Um ano depois, como de costume para a série, é lançado o seu pacote de expansão com melhorias, resultando no que chamamos de Nobunaga no Yabou: Souzou with power up kit. É essa a versão atualizada que veio para o ocidente com o nome Nobunaga's Ambition: Sphere of Influence em 2015. No Japão esse jogo se tornou muito popular, quase como se fosse ‘o Skyrim da série Nobunaga’s Ambition’. Ele é simples, acessível, e o tipo de jogo que dá pra qualquer um pegar e jogar a qualquer hora sem muito compromisso.

Em 2016, foi feita uma novela taiga drama no Japão, Sanada Maru, que foi feita, inclusive, através de uma parceria com o produtor da série Nobunaga’s Ambition, já que o título mais recente tinha um mapa dinâmico e interessante do Japão que foi integrado na série. Sanada Maru fez tanto sucesso que justificou requentar Sphere of Influence, resultando na criação de Ascension, ou como ficou o subtítulo no Japão: Sengoku Risshiden, que pode ser traduzido como algo do tipo ‘história de sucesso nas províncias em guerra’. Um subtítulo que na versão japonesa faz referência a outra série da Koei, Taiko Risshiden, que a ideia original era o jogador viver a figura histórica Toyotomi Hideyoshi desde que era um fazendeiro, até virar servente de daimyou, ashigaru, capitão de ashigaru, samurai, general, e por fim chanceler do imperador e o homem mais poderoso do Japão.

“Todo esse textão só para falar que Ascension é uma versão atualizada de Sphere of Influence?”, você me pergunta. Eu acredito que Ascension deve ser considerado um caso aparte, uma versão alternativa de Sphere of Influence; é uma versão rebalanceada que acrescenta algumas coisas e retira outras. Na prática, é dado um passo para frente, mas dois para trás.

O que de fato Ascension traz de novidade para a mesa é um rebalanceamento na administração de províncias, um sistema de batalha atualizado, batalhas de cerco, batalhas marítimas, muitos oficiais novos para se recrutar, artes novas de personagens, eventos históricos novos, todas as DLCs de Sphere of Influence, e as duas principais coisas que são responsáveis por vender o jogo: Officer Mode, uma espécie de modo carreira em que você começa como um oficial e cresce de posição conforme realiza vários feitos; e um novo cenário histórico, o cerco de Osaka de 1615, que é o último suspiro do sengoku jidai. A novela Sanada Maru tem como clímax essa parte da história, que consagra Sanada Yukimura como o maior samurai do Japão. Até aí aparenta ser um bom negócio, parece que Ascension veio para substituir Sphere of Influence.

Comecei meu jogo no Officer Mode, e percebi de cara que existe uma inclusão até que grande de mulheres históricas como personagens jogáveis. Resolvi jogar como uma delas e ir de Ii Naotora trabalhando para o clã Imagawa no ano de 1655 antes da fatídica batalha de Okehazama. Nesse comecinho do jogo ganhamos uma pequena terra e nela vamos fazendo várias construções para juntar dinheiro, materiais, colheita e soldados. Essa parte é até que interessante, é tipo um quebra cabeça, pois a administração do terreno envolve planejar bem onde se coloca cada construção para criar o ambiente mais eficiente possível para recolher cada uma dessas coisas. Completando pequenas missões que envolvem coletar esses recursos, vamos ganhando ponto de honra para que no final da rodada possamos enviar nossos soldados para lutar pelos Imagawa.

O sistema de combate do jogo é um grande avanço em comparação ao título anterior. É mais rápido, dinâmico, e pode trazer vantagens e desvantagens dependendo da situação em que você está: temos diversas formações diferentes, podemos escolher as unidades que queremos, e o sistema de cooldown das habilidades foi retrabalhado. Você sente como se realmente estivesse no controle, e se você perder, é por sua culpa mesmo. O sistema do título anterior deixava a desejar um pouquinho, por isso eu deixava tudo no autoresolve.

Com o tempo vamos subindo as posições do clã e passamos a controlar todo um castelo no mapa mundi, em que podemos fazer a mesma administração do terreno, mas em menor escala. O começo é um pouco difícil, você precisa pensar bem em como vai administrar a província, mas quando pega o jeito, o jogo fica bem tranquilo e dá gosto de jogar. A parte do roleplay para quem é tarado por sengoku jidai é muito interessante, já que vamos fazendo as quests, podemos fazer amizades com outros membros do clã para ganhar alguns presentes ou até aliados em batalhas, e até mesmo os clãs inimigos começam a interagir com a gente, já que diversas vezes recebemos propostas para trabalhar do lado do nosso inimigo. Quando chegamos na maior posição em que se é possível chegar dentro do clã é quando as coisas começam a ficar meio que redundantes.

Se você jogou o jogo certinho até aqui, parabéns, você tem praticamente dinheiro, colheita e materiais infinitos. Mesmo tendo menos território que o seu daimyou, pode acontecer de você ser mais forte que ele visto que a IA não é a das melhores. O sistema de administração dos castelos fica um porre quanto mais cresce o nosso território, já que além de demandar muito tempo, a esse ponto temos dinheiro quase infinito a ponto que você pode muito bem ir rushando.

Meu jogo seguiu da seguinte forma: após ajudar a conquistar a parte central do Japão, recebi a ordem de dominar os clãs do leste, e foi o que eu fiz. A IA inimiga quando tem poucos territórios, não consegue se garantir tanto, e por isso fui atropelando todo mundo e negando todo pedido de deserção ou pedido para que eu me rebelasse e criasse um clã independente. Uma coisa que percebi é que nessa versão é mais difícil de manter um vassalo feliz, o que pode resultar em uma deserção de grandes personagens, ou então todo um clã vassalo a um daimyou pode virar a casaca e abandonar o seu senhor ao ver que você é a força dominante da parada. Praticamente tornei Ii Naotora a dona do leste do Japão, e com uma determinada quantidade de terras, realizei o primeiro final do jogo em 167X que é tornar Shougun o daimyou do clã Imagawa e declarar o fim das guerras. Após isso, querendo ter a experiência completa, resolvi me rebelar e tornar o clã Ii independente, e agora eu é que comecei a guerrear contra o clã Imagawa para domínio do Japão. Foi aí que eu senti a dificuldade do jogo, pois o daimyou tinha tanta província, e com elas tantos recursos, que conseguiu administrar tudo isso melhor e me dar uma canseira.

A esse ponto a minha personagem já estava ficando velha e percebi que eu não tinha nenhum herdeiro para dar continuidade ao clã Ii. Foi aí que eu percebi a merda. Quando você joga como um homem, outros homens oferecem mulheres para que você possa se casar e ter filhos, mas quando você é uma mulher, o jogo entende que você não pode ter filhos com outra mulher, mas ao invés de te oferecer algum homem ou dar a oportunidade de você escolher um homem, o jogo não faz absolutamente nada. Foram incluídas várias mulheres nessa versão do jogo, mas em nenhum momento os desenvolvedores pensaram em como um jogador vivendo uma mulher pode dar continuidade a sua linhagem. Eu tive apenas uma alternativa que foi recrutar alguém da família Ii, no caso o Ii Naomasa, para que quando eu morresse, tivesse alguém para continuar o meu jogo. Naotora faleceu em 1684, e o restinho do jogo ficou nas mãos de Naomasa, que se tornou Shougun e baniu as guerras para dar fim ao sengoku jidai. Não era bem o final que eu queria, mas foi uma jornada bem interessante.

Após isso eu joguei o cenário novo como daimyou do clã Tokugawa. O cerco de Osaka é bem detalhado e muito interessante. Toma algumas liberdades aqui e ali, mas no geral, passa a história de um jeito divertido e dramático. A única coisa ruim é que dependendo do clã que você escolhe, o rumo das coisas não muda muito. Só esse cenário já dá pelo menos umas 2 horas para se divertir com as quests históricas.

Após isso eu tentei jogar umas partidas como daimyou fora do Officer Mode, mas confesso que não curti muito. Esse rebalanceamento na forma de cuidar das províncias é um pouco chato fora do officer mode já que você perde muito tempo nisso enquanto que Sphere of Influence era muito mais dinâmico e fácil de entender e fazer. Como o Officer Mode começa em uma escala muito pequena e vai crescendo, faz sentido, é recompensador, mas jogando como um daimyou e ter que ficar quebrando a cabeça com esse tanto de coisa logo no comecinho só me dá saudade de voltar a jogar a versão anterior do jogo.

A minha impressão é essa: o jogo, com todos os seus rebalanceamentos, foi feito pensado no Officer Mode, tanto que quando você sai dele, o sentimento é que Ascension é meio capado. É por isso que para mim, apesar de todas as coisas boas e inclusões, eu não consigo ver Ascension como a versão definitiva de Sphere of Influence. Não é um jogo ruim, pelo contrário, mas a impressão que eu tenho é que ao invés de aperfeiçoar a formula de Sphere of Influence, Ascension apenas torna as coisas mais redundantes.