Relic Hunters Legend

Relic Hunters Legend

released on Sep 25, 2023

Relic Hunters Legend

released on Sep 25, 2023

Fast. Fluid. Fun. An online cooperative Shooter/Looter/RPG. Gather up to 4 friends, gear up, and save the Galaxy from a terrible villain who has stolen the past!


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Num mercado dominado por jogos AAA multiplayer, é indiscutível que Relic Hunters consegue se destacar e trilhar o próprio caminho. Ele ora descomplica, ora aperfeiçoa sistemas populares: não depende de um hub para iniciar missões (tal qual Minecraft Dungeons), nem te mantém preso na campanha individual (Avengers) e nem aplica o método de “progresso pelo jogo do anfitrião” (Gotham Knights).

Ao invés disso, ele tem um sistema firme de progresso online, beneficiando ambas as partes. A lógica é simples: passado o curto prólogo, você junta-se ao lobby com um amigo, ele escolhe a missão e vocês jogam. Há distinção clara entre as poucas missões da história/single player, mas a essência do jogo é o multijogador. O que mais me surpreendeu é o fato de você permanecer junto no lobby, mesmo que cada jogador opte por progredir no single player -- ou seja, mantém-se o ciclo de progresso ainda que vocês optem por seguir missões individuais. Tudo isso contribui para um feeling ímpar da experiência em conjunto com o game.

Em demais comparações a outros jogos recentes, sei que “always-online” é um conceito polêmico. Por melhor que o jogo seja, essa ideia sempre deixou sempre com pé atrás, principalmente em termos de matchmaking. Pior ainda é ter desastres (recentes) que corroboram a má fama, vide Payday 3, Exoprimal e Redfall. Porém, Relic Hunters também soube contornar os problemas, além de aplicar uma perspectiva de RPG. A cidade principal funciona como saguão de trocas entre os jogadores aleatórios, com a organização de partida feita em um pré-lobby, após carregar cada missão. Você ainda pode optar por seguir missões públicas ou organizar partidas privadas, sem receio de “invasores” no meio da sua jogatina.

Essa segurança de gameplay é refletida ao longo das dezenas de horas de jogo. Você até pode focar no progresso da trama principal, mas a graça dele está na variedade de missões, de desafios secundários -- e, surpreendentemente, há diversos tipos de chefões e inimigos, a depender do bioma que a missão se passar. É uma mistura dos gêneros de fantasia e ficção científica de maneira despretensiosa, com bom humor. E esse tom humorado consegue ser conservado na narrativa, dando espaço para toda a estética dos desenhos animados de hoje em dia, com direito a uma cinematic genial. A atmosfera inteira gira em torno do fator de diversão (somado à trilha evidente que beira a nostalgia), até por conta da jogabilidade enxugada dos subgêneros que o jogo escolhe arriscar -- looter shooter, dual stick e RPG, em especial.


O único grande contratempo de gameplay é o fator repetitivo da lógica de jogo, única e exclusivamente quando você começa a jogar com novos personagens (Hunters). Há opção de usar bônus de XP para subir mais rápido de nível e conseguir remanejar melhor seus equipamentos, equipando níveis medianos logo de cara, porém, é inevitável ficar em um loop das missões iniciais do game. E subir de nível com cada um logo se torna crucial, visto que há missões da história com níveis crescentes, que só podem ser completadas com personagens específicos. Ao longo dos 5 Hunters jogáveis, essa camada acaba virando um baita obstáculo.

Por sorte, a dinamicidade dos níveis, a abrangência de desafios e a variedade de loot consegue guiar o fluxo das missões. Exceto por este fator, o progresso do game é uma bola de neve: quanto mais missões paralelas você jogar, mais níveis você consegue com cada personagem, os inimigos parecem mais fracos e, por consequência, matá-los é mais satisfatório. O avanço de nível tira um pouco do fator de grind em si, mas acumulá-los também pode ser um bom truque caso você opte por adiantar o progresso ao repetir certas missões. De quebra, algo pode servir como dica: a melhor coisa a se fazer é guardar equipamentos de nível baixo para usar com outros Hunters. (Isso teria me ajudado um bocado nos dois primeiros personagens desbloqueados.)

Outro ponto que se assemelha a RPG/MMOs tradicionais é a lógica de incentivar a build para diversos personagens. Ponto positivo: inventário compartilhado e progresso único da história. Ponto negativo: não existir a funcionalidade de vincular a mais de um perfil. Ou seja, existe até uma linearidade das missões e coleta equivalente de itens, mas você é limitado a somente um perfil por jogo. Como este é um game de grande foco multiplayer, acaba tornando-se um fator delicado, porque você não pode “reservar” um perfil para jogar com amigos + um para progresso próprio, por exemplo.

Ademais, os equipamentos em si são bem equilibrados, respeitando o progresso do jogador concorrente à dificuldade de derrotar os inimigos. Armas parrudas derrotam sem problemas o nível equivalente de inimigos em cada missão. E mesmo com a existência do fator elemental para ditar a vulnerabilidade dos inimigos (fogo, natureza, água, etc), ele não exagera. Certos inimigos são mais resistentes a elementos específicos, mas longe de o jogo tornar necessário você repensar cada loadout/equipamento a depender da missão. Neste ponto, o game se distancia (no melhor sentido possível) dos dual stick shooters modernos, simplificando e reforçando cada classe de armas.

E eu preciso destacar o ponto mais de toda a logística do game: a habilidade de transferir atributos e de melhorar o equipamento diretamente no seu inventário. Essa é outra maneira que Relic Hunters se isola dos demais, trazendo aspectos de RPG simples e bem aplicados. Ambas essas ações são feitos diretamente pelo menu, sem necessidade de ir a locais/pontos do mapa, nem de inundar de informações do inventário. A praticidade age em prol da quality of life do jogo.

Por fim, em termos de performance, ele roda super bem em um PC de entrada~intermediário (no meu caso, uma 1050ti + 16GB de RAM + Ryzen 5), ficando entre 60 e 90 FPS. Queda previsível a cada carregamento e/ou nova seção em cada missão, de praxe. O único engasgo constante do jogo é no imediato início das missões. A tela congela após a contagem regressiva, antes de os jogadores deixarem a nave/lobby -- não importa se você for o único da party, ou se estiver jogando com aleatórios, ou no matchmaking com amigos. Fora isso, não houve crash inesperado, nem glitches que impeçam o progresso.

Em suma, diria que o Relic Hunters não apenas se destaca em termos de mecânica de jogo e abordagem multiplayer, mas também entrega uma experiência que celebra a diversão pura e a camaradagem entre os jogadores. Ele contorna os problemas típicos de jogos always-online, combinada com mecânicas inteligentes e uma atmosfera alegre, virando uma opção notável para quem busca uma experiência cooperativa envolvente. Relic Hunters brilha como um exemplo de como os jogos multiplayer podem ser envolventes e acessíveis, mantendo a diversão no centro de sua proposta.

This is an entirely biased opinion from a kickstarter founder and a Relic Hunters fan since their first game in the franchise.

These devs are just amazing. Not only are they transparent, they actually care about the players to the point where they make cosmetics a non-premium players only.

It will be free to play on release but they actually don't prey on players like every other fucking f2p game out there and that's why I trust these devs.

The gameplay is very well thought and fun, the characters and the story are interesting and with their own missions to know them better and all of it really just feels like being a kid again.

To us grownups we can feel a bit of cringe here and there due to the game being made for all ages and therefore the script being family friendly, but please. Just look at the trailers, get a feel of the game, if you enjoyed them, you will enjoy the story presented in the game. In any case, the game will be free to play after early access is over so feel free to check it out later but I personally have been waiting for this game to come out since 2017, holding off from exploring everything in the alpha and beta so I could properly savour it along everyone on the early access.

I wanted to pour all my feelings in this review rather than talk a lot about the game because I want people to know this is a game worth caring for. I'm no expert in the genre so I cannot nerd about mechanics, game design and stats like I usually do, but once again, this is definitely a game you should care about if you're into this kind of games.