Survivors of the Dawn

Survivors of the Dawn

released on Nov 06, 2023

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Survivors of the Dawn

released on Nov 06, 2023

Run-based roguelike bullet heaven where you create strategic weapon and item synergies to survive the ceaseless hordes. Remember, every step back is a step towards a whole new strategy.


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Survivors of the Dawn, o primeiro título da indieGiant, uma desenvolvedora de jogos Turca, apresenta uma mescla mecânica de Vampire Survivors e Slay the Spire, além disso a estética lembra uma mistura de Star Wars com Starcraft.

A proposta da obra é ser um bullet hell roguelike, bem parecido com Vampire Survivors, há diferenças em relação à progressão mas a ideia mecânica é basicamente a mesma, também existem mecânicas que relembram Slay the Spire. Atualmente a obra conta com 3 sobreviventes, sendo necessário desbloquear 2 destes.

O jogo propõe ao jogador sobreviver a uma investida alienígena enquanto avança até o último boss para derrotá-lo, o percurso percorrido lembra Slay the Spire com caminhos bifurcados para serem seguidos. Diferentemente do comum a obra não segue uma run direta como Vampire Survivors, ela é subdividida em salas menores, cada uma tendo um tempo de sobrevivência para se concluir que varia entre 2 e 3 minutos, já a sala do boss final tem 7 minutos de duração, logo a run completa tem entre 25-30 minutos sendo dividida em partes menores.

A história da obra é praticamente inexistente, há somente vestígios desta nos computadores amarelos encontrados ao decorrer das runs, que são os mesmos que fornecem os efeitos aleatórios. Há pouco, praticamente nada apresentado em relação a história, essa é continuamente deixada de lado.

Em relação ao itens, é disponibilizado para o jogador a escolha entre diferentes armas quando este evolui de nível, podendo ter no máximo 6 destas com uma já sendo a arma inicial, assim como também são disponibilizados passivas que tem uma máximo de 6. As armas seguem a temática futurista espacial com armas a lasers, lança mísseis, lança granadas, drones, robôs, etc, a variação é pequena e rapidamente cai em uma repetição enjoativa. O mesmo ocorre com as passivas escolhidas já que elas tem praticamente a mesma função dos atributos gerais comprados no menu de iniciar, conseguir mais gold, mais xp, aumentar o raio de obtenção de recursos, andar mais rápido, etc, a variação e especialização são necessárias nessa parte do jogo, e atualmente não estão presente nenhuma das duas.

Durante a run há mecânicas diferenciadas, como as áreas vermelhas que o jogador deve permanecer dentro delas enquanto mata um certo número de inimigos para conseguir a recompensa de gold e experiência, também existem a áreas verdes de resgate onde deve-se permanecer dentro até ela ser completa que recompensa o jogador com as passivas verdes que são acumuláveis. As áreas azuis são as lojas que tem itens a venda para o jogador comprar e melhorar seu personagem, há dois tipos dessas lojas, a mais comum delas disponibiliza passivas verdes para serem compradas enquanto a outra oferece melhorias para a arma inicial do jogador. Por último tem-se os computadores amarelos que funcionam como os pontos de interrogação do Slay The Spire, são eventos aleatórios que podem tanto beneficiar ou prejudicar o jogador. Com as 4 mecânicas diferentes é possível perceber uma variação positiva na obra, com essa mecânica é dado mais importância ao espaço e cenário do jogo, bem diferente de qualquer outro concorrente no mesmo gênero.

Em relação às semelhanças, a obra segue um padrão de qualquer bullet hell roguelike, onde no menu de iniciar fica disponível os aprimoramentos gerais para serem comprados e estes trazem uma diferença a longo prazo, já em relação às diferenças o modelo de progressão da run a torna mais suave e toda as mecânica das zonas coloridas( vermelha, verde, azul e amarela) exploram uma ideia nova neste tipo de obra: a conquista de espaço, essa se torna tão importante quanto matar e sobreviver o que acaba por criar um nova dinâmica de enfrentamento do ambiente.

Em relação a dificuldade, cada mapa conta com 3 dificuldades, sendo necessário completar uma run na dificuldade anterior para liberar a próxima. A dificuldade em si não é tão complicada, eu jogando mesmo sem nenhuma melhoria das passivas do menu de iniciar consegui conquistar uma run, o problema ocorre na progressão da dificuldade, as dificuldades dão saltos consideráveis ao invés de seguirem uma progressão mais linear, isso não é um problema, é somente um modelo que eu pessoalmente não gosto.

Os inimigos presentes no jogo ainda possuem uma variação baixa e uma IA um tanto ruim, principalmente os bosses, é algo que pode ser melhorado para uma melhor experiência. Outro fator que precisa de atenção são as diferenciações das diferentes classes do jogo, ao alternar entre elas senti pouca mudança e diferença, simplesmente alterar os atributos mostra-se pouco para fazer uma diferenciação relevante.

Esteticamente a obra é bem bonita, ela conta com um cartoon que traz uma pegada mais realista, e toda a temática de alienígenas, colônia e infestação ficaram bem evidente utilizando toda a parte estética e de design. Os cenários e efeitos especiais também estão bem bonitos, alguns podem ter uma melhora mas não deixam nada a desejar.

Concluindo, Survivors of the Dawn é uma obra que está ainda muito crua e que precisa de um maior polimento e conteúdo, os dois podem ser resolvidos com o tempo. O que está apresentado atualmente é bom e promissor, juntar diferentes mecânicas de diferentes jogos trouxe um ar inovador a obra, principalmente ao explorar a ideia de conquista de espaço. Existe expectativa de melhora em um produto que já mostra grande potencial, o futuro aguarda o que Survivors of the Dawn pode entregar.