Um jogo interessantíssimo que leva muita bagagem de Max Payne, porém com vampiros, lobisomens e fantoches. Mas por trás desse tiroteio massivo, esconde uma história sobre abusos, toxicidade e más escolhas.

O gameplay e combate são simples, porém são eficazes dentro da construção do jogo. Entretanto, por ele ter essa simplicidade, o jogo deveria ser bem menor. Eu terminei com umas 7 horas, e realmente me pareceu esticado, com alguns capítulos que não avançavam na história e pareciam só encher linguiça. O jogo também não possui muitos tipos de inimigos diferentes, acredito que uns 6, mas com suas variações vai pra uns 10, o que é bem curto para um jogo que tu faz basicamente a mesma coisa o tempo inteiro.

O que acaba criando esse gap grande pra mim entre ele e Max Payne, é que no jogo da Remedy, você está seguindo uma narrativa condensada, com um esqueleto pré-estabelecido. Aqui, seu personagem tem o objetivo principal, mas vão acontecendo coisas que não parecem ter muito impacto na história, acabando não te deixando tão empolgado para dar sequência e descobrir mais; com isso, sobra somente seu gameplay. Que repito, é divertido e funcional, porém acaba ficando nisso pelo seu tamanho alongado.

De qualquer forma, El Paso, Elsewhere cumpre seu papel como um shooter divertido, mas com uma temática super pesada (e bem atuada!) de sua narrativa principal.

Nota: 3,7/5.0