Por muito tempo não me identifiquei como uma pessoa que gosta de jogos difíceis, ou o ponto de depositar energia numa forma de entretenimento que gere tanto desconforto e frustração imediatas. Acho que Bloodborne sozinho me fez conhecer uma parte nova da minha personalidade que eu não sabia existir, ou talvez não pudesse acreditar que existia. É lógico que qualquer pessoa que analise criticamente jogos como esse vão apontar que a graça não está na dificuldade, e sim no delicado equilíbrio de mecânicas que tornam essa dificuldade recompensadora quando finalmente superada. Bloodborne é uma máquina que ensina à você a graça de superar desafios, de "encontrar o seu valor", e é mais eficiente nisso que qualquer outro jogo "difícil" que já tenha jogado. Qualquer mídia capaz de reproduzir a mudança que esse jogo provocou em mim merece um lugar na história de sua respectiva forma de arte. Após 6 anos, é bastante óbvio que Bloodborne o fez, e sou grato por ter testemunhado isso em primeira mão, mesmo depois de muito dar pra trás...

Reviewed on Sep 13, 2021


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