Um jogo no estilo de plataforma cinematográfica muito competente, com um folclore interessante. O ápice da trilha sonora é uma versão épica e satânica de 'In the Hall of the Mountain King' de Edvard Grieg, que se encaixa perfeitamente com o jogo e toda a sua mitologia. A ideia de uma criança fofa e vulnerável enfrentando ou fugindo de um mundo cruel e implacável é um recurso sempre muito envolvente. Isso me deixa ainda mais aflito pelas reviravoltas na história, por isso eu digo, façam mais!

Sinceramente, acho que talvez não precisasse ter um combate tão direto e presente dentro do jogo. Como eu disse, parte da graça é a criança ser indefesa contra certas criaturas, mas ainda assim, existem certas batalhas que me fazem gostar dessa mecânica.

O jogo é muito bonito, apesar de às vezes ter algumas animações que deixam o Bramble (o menino controlado no jogo) um pouco travado ou antinatural. Não sei explicar muito bem, mas parece que ele está com as roupas de baixo lambrecadas, se é que você me entende.

Eu vi que teve bastante gente comparando esse jogo com Little Nightmares, mas para mim, essa comparação não faz tanto sentido, visto que a partir de um certo ponto, Bramble tem essa mecânica de combate bem presente. Agora, pegando aquilo que é semelhante entre ambos, eu acho que o pessoal que acha esse jogo melhor precisa revisitar a franquia dos pesadelinhos. É só comparar as trilhas sonoras, o peso da atmosfera de cada um, o design de personagens e as animações. Entre os gnomos de cada jogo, eu não sei quais eu prefiro, ambos são daoras.

Entretanto, Bramble é bom do jeito dele, apostando em um folclore não muito explorado e em uma narradora com uma voz charmosa.

Reviewed on Nov 18, 2023


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