Já viu um jogo, que é cheio de problemas, irrita, mas gruda? Esse é Deadly Premonition.

A sua ação é tosca, totalmente horrível, nível alfa feito em Unity, o combate é repetitivo, mas ainda sim tem seu charme retrô e até conta com sons irônicos e convenções da geração do Playstation 1. Até brinca com a câmera, assim como Nier. As animações são porquíssimas, provavelmente porque a equipe teve pouco tempo para acabar um mundo aberto cheio de detalhes engraçados, mas ainda sim... o jogo conta com uma das experiências open-world mais imersivas que já tive?

Deadly Premonition se sente como umas férias no município de interior do seu tipo, com menos de 10,000 habitantes. Pescar, ir para o bar jogar dardos, falar com os habitantes... Isso tudo acaba criando um mundo cheio de minigames divertidos, mecânicas como fome e sono sendo aplicadas do modo correto e não chegando ao nível de irritar... Tudo acompanhado por uma história de investigação que começa bizarramente copiada de Twin Peaks, mas eventualmente evoluiu e vira algo próprio.

É um jogo que seus defeitos são muito estranhos e se transformam em qualidades. E que suas qualidades conseguem brilhar acima da repetição e das setpieces mal feitas. Obrigatório dos adventure games japoneses.

Reviewed on Apr 24, 2020


Comments