Não sei se é justo avaliar alguns pontos desse jogo mais de 30 anos após o seu lançamento, mas vou pontuar as minhas impressões assim mesmo.

Primeiro aspecto a se elogiar logo ao entrar no jogo: a beleza artística e gráfica. Visto nos dias de hoje ainda é muito bonito e para os padrões da época é bem acima da média, é realmente de encher os olhos.

Pra quem está jogando atualmente vai ter como primeira dificuldade localizar-se dentro do jogo. Os desenvolvedores fizeram um mapa que não tem os nomes das áreas, necessitando assim do mapa físico (sim, descobri depois que o jogo original pra SNES vinha acompanhado de um mapa impresso com todos os nomes dos locais). Portanto, se um NPC direcioná-lo pra algum lugar, procure o mapa na internet, simples.

Passadas as primeiras horas, o jogo deixa a impressão de ser muito divertido, e de fato o é. A sua jogabilidade é bem fluida, traz novidades com certa frequência, as dungeons tem um certo equilíbrio entre duração e dificuldade. Pois bem, essas impressões ficaram na primeira parte do jogo, principalmente no Light World, pois passada essa etapa, entramos no Dark World e é aqui que a meu ver os problemas se agravam.

Naturalmente, espera-se de qualquer jogo um aumento em seu nível de dificuldade e complexidade, e nesse Zelda não é diferente. Algumas dungeons no Dark World passam a requerer itens específicos para progressão, mas o jogo não é muito claro sobre como obtê-los e não existe um questlog que registra o diálogo com um npc. As coisas ficam mais complicadas, caso você passe alguns dias sem tocar no jogo.

Alguns outros problemas são constatados conforme se progride no jogo. Toda morte fora de uma dungeon, leva o personagem para um ponto inicial no mapa, dentro da dungeon, o jogador retorna para a sua entrada e parte de seu HP é reestabelecido, menos o MP e os itens consumíveis, como flecha e bomba. Após morrer algumas vezes, o jogador será obrigado a sair da dungeon e reestabelecer o MP e os itens usados. O defeito aqui não é o desafio, e sim a burocracia de todo o processo, a experiência torna-se bem tediosa e irritante.

As lutas contra chefes em Link to The Past oscilam entre boas, ruins ou fáceis demais. Essa experiência pode variar bastante, aliás, já que ao não seguir um detonado, o jogador irá enfrentar os chefes com uma arma a mais ou a menos.

Resumidamente, Zelda a Link to The Past é um jogo legal em alguns momentos, irritante em outros por falhas no game design, bastante criativo como um todo. A minha experiência é bem mista, jamais diria que é um jogo perfeito que mereça uma nota máxima aqui, mas não é ruim e nem abaixo da média.

Reviewed on Dec 29, 2022


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